Econ - Artigo Interessante Sobre o Supercrash Japonês e o Nikkei I

 

Artigo Interessante Sobre o Supercrash Japonês e o Nikkei:

339 - Japão estava muito mal no imediato pós-guerra. Os EUA tinham inclusive desmontado os zaibatsus. As coisas começaram a mudar nos anos 50:



340 - Desde 1991, a economia estagnou (acho que o texto é de 1996) e a produção industrial chegou a cair 12% em 1992. Um setor que havia resistindo inclusive ao Acordo de Plaza (1985), com a valorização do Iene.

341 - As taxas de juros reais dos EUA mantiveram-se elevadas durante praticamente toda a década de 80. A consequência disso foi a alta valorização do dólar em relação às demais moedas fortes. Chegou a valer 80% mais que cinco anos antes nesse tipo de comparação. Isso no auge de 1985. O déficit na balança comercial explodiu. O Japão foi, até recentemente, o principal beneficiário direto dos déficits comerciais norte-americanos. Entre 1982 e 1986, o desequilíbrio do comércio bilateral aumentou de 18 bilhões de dólares para 51 bilhões! Assim, tomaram dos EUA o posto de principais credores líquidos do mundo.

342 - Reagan, graças à diminuição de impostos, elevou o déficit fiscal de 1 para 5% do PIB em 1981.

343 - Os EUA queriam que o Japão permitisse maior internacionalização do Iene, a fim de elevar sua demanda, valorizando a moeda.

344 - Os mercados de capitais no Japão eram severamente controlados, coloca.

345 - O setor privado, como as seguradoras, passou a aumentar ativos em moeda estrangeira em meados dos anos 80, em particular: títulos da dívida pública dos EUA.

346 - Plaza desestabilizou as coisas. Veio a endaka: iene forte. Se valorizou quase 100% frente ao dólar. A ideia era um pouco menos. A economia sentiu o golpe com a compressão da taxa de lucro das exportadoras e a política monetária tipicamente contracionista foi pra o outro extremo:



347 - Queriam criar condições para que a demanda interna crescesse a fim de compensar a perda do impulso exportador. Isso até aconteceu. O consumo privado e os investimentos cresceram, especialmente no setor de habitação. Assim, no segundo semestre de 1987 tudo parecia superado. Nem mesmo a crise financeira de 87 dos EUA neste período afetou o ânimo dos agentes econômicos japoneses.

(continua...)

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