Econ - Austríacos Atacam Grande Depressão de 29 III

 (continuação...)

384 - Já o AAA era uma política de estabilização de preços agrícolas, garantindo comprar a oferta. Ambas as siglas duraram pouco. Um ou dois anos ao que entendi. Os "nove velhos" da Suprema Corte, por decisão unânime, declaram ilegais a NRA em 1935 e o AAA em 1936. A Corte afirmou que o poder legislativo federal havia sido inconstitucionalmente delegado e os direitos dos estados, violados. Afirma que isso causou leve recuperação da economia dos EUA.

385 - A forma como ele descreve a nova medida federal em reação a isso demonstra como o texto é uma palhaçada de confiabilidade extremamente duvidosa: Não apenas a lei obrigava os empregadores a lidar e a barganhar com os sindicatos escolhidos para ser representantes dos empregados, como também decisões posteriores do Conselho tornaram ilegal resistir às exigências dos líderes sindicais. (Claro, aí os sindicatos exigiram toda a parcela de lucro não-reinvestido). Diz que 1936 foi o inferno feito pelos sindicatos e que “a produtividade da mão-de-obra declinou e os salários foram forçados para cima.”.

386 - (Assusta também como o texto não faz evolução clara dos dados e porcentagens em várias partes)

387 - Mais um “absurdo” que o texto identifica: o Decreto dos Salários e das Horas - ou Decreto das Práticas Justas de Trabalho - em 1938. A lei aumentou o salário mínimo e reduziu a jornada semanal de trabalho em etapas: para 44, 42 e finalmente 40 horas. A lei impôs também um adicional de 50% para todo o trabalho acima das 40 horas semanais e regulou outras condições trabalhistas.

388 - A expansão monetária ocorrida entre 1934 e 1941 atingiu proporções estonteantes. O ouro monetário da Europa, fugindo das nuvens negras das reviravoltas políticas daquele continente, buscou refúgio nos EUA, impulsionando as reservas bancárias americanas a níveis inauditos. As reservas subiram de $2,9 bilhões em janeiro de 1934 para $14,4 bilhões em janeiro de 1941. E com esse aumento das reservas, as taxas de juros declinaram para níveis fantasticamente baixos. Os títulos comerciais frequentemente rendiam menos de 1%, e os aceites bancários estavam entre 0,125% e 0,25%. As Letras do Tesouro caíram para 0,1% e os Bônus do Tesouro, para 2%. Os empréstimos resgatáveis a qualquer momento estavam fixados em 1% e os empréstimos para os clientes prime estavam em 1,5%. O mercado financeiro estava inundado e as taxas de juros dificilmente poderiam diminuir.

389 - Afirma que, mesmo assim, diante do caos, a iniciativa privada deu um jeito de se recuperar...

390 - Também atribui à inflação a diminuição dos custos da mão-de-obra e recuperação. Não apresenta dados, pra variar. Coisa que ao menos o texto anterior fazia.

391 - O próximo texto culpa mais ou menos os mesmos fatores, mais uma vez sem muita demonstração: distribuição arbitrária de terras, (...), ampla regulação de títulos privados, (...), o salário mínimo, seguro-desemprego nacional, Previdência Social e pagamentos assistencialistas, produção e venda de energia elétrica pelo governo federal, papel-moeda de curso forçado… (...) taxava processadores de commodities agrícolas

392 - FDR e o Ouro: Ele nacionalizou o estoque monetário de ouro, proibiu sua posse privada (exceto para jóias, para uso científico e industrial, e para pagamentos externos), e anulou todos os contratos - públicos ou privados, antigos ou futuros - que demandavam pagamento em ouro.

393 - A desvalorização provocada por FDR levou a retaliações por parte dos outros países, sufocando ainda mais o comércio internacional, intensificando a depressão nas economias ao redor do mundo.

394 - Afirma que mesmo parte dos empresários se entusiasmaram com o início do NRA, por essas razões: Grandes empresários controlavam a criação e a execução dos documentos. Eles geralmente almejavam suprimir a concorrência. Figurando proeminentemente nesse empenho estavam quesitos como preços mínimos aceitáveis, conluio de preços oligopolísticos, padronização de produtos e serviços, e notificação antecipada de intenção de se alterar preços. Tendo ganho o comprometimento do governo em pacificar a concorrência, os magnatas simplesmente se puseram a desfrutar de um sossego lucrativo.

395 - O último texto traz dados para contestar o sucesso das políticas de FDR: as estatísticas do U.S. Census Bureau mostram que a taxa oficial de desemprego ainda era de 17,2 por cento em 1939, não obstante os sete anos de "salvação econômica". Afirma também que a produção tinha baixado. (...) O PIB per capita era menor em 1939 do que em 1929 ($847 vs. $857), bem como os gastos pessoais em consumo ($67,6 bilhões vs. $78,9 bilhões), tudo de acordo com os dados do Census Bureau.

396 - O texto diz: Ohanian crê, pela teoria neoclássica, que os choques monetários deveriam ter levado a uma recuperação do emprego já em 1936, o que não ocorreu. A base monetária aumentou mais de 100 por cento entre 1933 e 1939. Afirma que o desemprego permaneceu devido à legislação trabalhista.

397 - Austríacos afirmam que a expansão monetária fez foi ajudar a manter preservados os maus investimentos.

398 - Torna a criticar as leis trabalhistas: leis do NIRA (National Industrial Recovery Act) que estabeleceram salários mínimos similares tanto para os trabalhadores pouco qualificados como para os de alta qualificação; os empregadores que receberam ordens de negociar coletivamente com os sindicatos, aos quais foram dados uma miríade de vantagens legislativas nos processos de acordos trabalhistas, todos reforçados pela recém criada NLRB (National Labor Relations Board). Todas estas políticas encareceram a mão-de-obra. Conseqüentemente, como a lei econômica da demanda já nos ensinou, o inevitável resultado só poderia ser o aumento do desemprego.

399 - A diferença salarial entre trabalhadores sindicalizados e não-sindicalizados, que era de 5 por cento em 1933, foi para 23 por cento em 1940.

400 - (Interessante que eles nunca entram no período pós-39, sendo que FDR foi até 1945.)

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