Econ - Alceu Garcia - A Escola Austríaca e a Refutação Cabal do Socialismo (...continuação...)

 (continuação...)

272 - A conseqüente acumulação de capital investido per capita em grau maior do que o aumento demográfico da força de trabalho torna o trabalho cada vez mais escasso em relação ao capital – e os salários reais cada vez mais altos. Nem toda “rápida” (mais que o impulso demográfico) acumulação de capital gera aumento de produtividade. Diversos exemplos históricos que o digam. Há limites para o crescimento de capital. Sem contar os inúmeros exemplos históricos de estagnação dos salários reais mesmo nesse cenário.

273 - Afirma que capitalista é todo aquele que poupa mais do que consome (engraçada essa definição. Por ela haverá algumas prestadoras de serviço domésticos capitalistas). Já o... empresário é todo aquele que vislumbra um desequilíbrio entre a valoração corrente de custos e preços futuros de um produto qualquer, e nele uma oportunidade de oferecer aos consumidores coisas que eles valoram mais do que o seu custo de produção. (Sim, é só isso que é um empresário… Um bom vendedor… Não é alguém que se organiza com uma obsessão monstruosa para baixar custos de produção até não poder mais… Nada. Ele só quer vender um produto. Também não depende do Estado para nada… Direito de propriedade mesmo deve ser algo super natural e que todo mundo respeita e se entende sobre. Nem precisou de nada escroto historicamente para se impor...)

274 - Coloca que as trocas levam em conta fatores meramente subjetivos. Trocam-se valores desiguais. (Claro. Certíssimo. Se eu achar um diamante na rua que não serve pra nada pra mim eu vou trocar por uma guitarra só, pois essa sim vale mais pra mim. Sim. Vou. Enfim, talvez essas coisas possam ser verdade para sociedades sem mercado, mas havendo este… E, que eu saiba, Marx estudava o valor no sistema capitalista, de produção generalizada de mercadorias)

275 - Chega ao ponto de escrever uma bobagem dessa: Marx nunca compreendeu – ou não quis compreender - que o empresário é um preposto dos consumidores e que são estes quem determinam indiretamente o nível de remuneração dos fatores de produção – salários inclusos. (Salários incluídos? É o consumidor quem decide indiretamente o NÍVEL salarial do produtor… É ele quem determina a produtividade, por exemplo? As inovações tecnológicas que reduzem o tempo socialmente necessário à produção de uma mercadoria?! Pensei que era o “espírito animal” do capitalista. E como eram malvados os consumidores do Século XIX fazendo indiretamente os coitados dos capitalistas terem que explorar dezoito horas de trabalho em uma cidade inglesa e pagar miséria a criança de dedo pequeno útil à fábrica.)

276 - Mises e a não-existência de preços no “socialismo”: A escassez relativa dos fatores de produção e seus usos alternativos fica oculta e o planejador central inexoravelmente é levado a agir às cegas. (...) não se pode discernir entre os vários tipos de combinação de fatores aquele que é o mais econômico. (...) A URSS podia usar o sistema de preços do mundo capitalista como referência e copiar seus métodos de produção, e um florescente e gigantesco mercado negro supria até certo ponto as monumentais falhas do planejamento estatal.

277 - Nos anos 30 alguns economistas socialistas (Oskar Lange, Abba Lerner) formularam a teoria do "socialismo de mercado", baseada nas idéias do economista do séc. 19 Léon Walras, que concebeu um método de equações matemáticas capazes de permitir a compreensão do estado geral de equilíbrio de uma economia. (...) Tudo o que se fazia necessário, pois, era outorgar certa autonomia aos gerentes das unidades produtivas de modo que igualassem o preço do produto ao custo marginal para que o comunismo funcionasse tão bem como o capitalismo. Muitos economistas liberais eminentes, como Joseph Schumpeter e Frank Knight, aceitaram a validade dessa solução e se convenceram de que não havia obstáculos econômicos ao socialismo. (...) Hayek argumentou que o conhecimento é disperso na sociedade e a sua utilização racional é levada a efeito por cada indivíduo traçando seus próprios planos segundo circunstâncias personalíssimas e intransferíveis. O mercado coordena esses planos espontâneamente, sobretudo por intermédio do sistema de preços, de forma muito mais racional e útil do que um planejamento central poderia esperar fazer.

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Alex Callinicos - Introdução ao Capital de Karl Marx:

278 - Esse eu já li e fichei em 2010, junto ao texto de Gorender. Só que o título que dei ao de Callinicos foi: “Para Ler o Capital”, de Alex Callinicos”. (ver o fichamento lá).

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