Econ - Agenor Castoldi - Texto X (Último)
Agenor Castoldi - Texto 10 - Crescimento Econômico:
253 - O segundo choque do petróleo, o excepcional crescimento das taxas internacionais de juros (conseqüência da conjugação de política fiscal frouxa com política monetária rígida nos Estados Unidos) e a moratória do México (1982) obrigaram o Brasil a promover significativos ajustes em seu balanço de pagamentos. Além da desvalorização cambial de 1983, as políticas fiscal e monetária foram conduzidas no sentido de contrair o nível de demanda agregada.
254 - Collor 92: E mesmo a gestão Marcílio Marques Moreira, ao elevar as taxas de juros para evitar as pressões inflacionárias derivadas da devolução dos ativos bloqueados, levou à nova retração do PIB em 1992 (– 0,5%).
255 - Coloca que a poupança pública era de 5% anos anos 70 e agora é despoupança pública, ou seja, menos 5%. Superávit virou déficit. Isso ao mesmo tempo em que a taxa de investimento caiu. (...) E é importante destacar que a poupança pública tornou-se negativa, apesar do substancial aumento da carga tributária. (...) considerando as três formas de poupança, chega-se a 17% do PIB, taxa essa suficiente para garantir um crescimento reduzido do produto, isto é, cerca de 3,0% ao ano. (Não sei de que ano ele está falando. 1998? Cita uns anos meio aleatórios no texto).
256 - Evolução da poupança privada interna: O controle do processo inflacionário, a maior confiabilidade no sistema financeiro, a maior diversidade de produtos financeiros e, principalmente, o crescimento dos fundos de pensão parecem explicar esse comportamento.
257 - Como se pode observar pela tabela 1, o Brasil utilizou-se da poupança externa de forma significativa nas décadas de 70 e 90. Enquanto, nos anos 70, essa poupança entrou no país sob a forma de empréstimos externos, nos anos 90, verificou-se um papel significativo do investimento direto, favorecido pela expansão dos investimentos das empresas multinacionais e pelo programa brasileiro de privatização.
258 - Spread de Juros em relação aos “top”: Melhorar a posição na classificação das empresas de rating exige consistência de política macroeconômica, mas por período mais longo. Embora o país não possa mais evitar os “estragos” do passado, como as moratórias externas (1982 e 1987), a melhora do rating Brasil passa, necessariamente, pela adoção de uma política fiscal que garanta, de forma mais permanente, déficits públicos nominais inferiores a 3% do PIB, estabilização da dívida interna com porcentagem do PIB e a manutenção do déficit em conta corrente inferior aos 4,3% registrados em 1998 (e que precipitaram a crise) e com menor volatilidade, ao contrário do observado nos últimos anos.
259 - Furtado afirmou, em texto de 1999, que a balança externa negativa foi boa para o consumidor e isso produziu dividendos políticos (PEC da reeleição e a reeleição, por exemplo). Porém, para o crescimento sustentável, afirmou que não foi. (...) Isso significou a opção consciente pelo endividamento externo na estratégia de combate à inflação.
260 - Ainda Furtado sobre suas próprias teses: A diversidade estava em ver a inflação, primeiramente, não como fenômeno monetário, na linha do FMI, mas prioritariamente como uma luta pela distribuição da renda.
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