Econ - Austríacos Atacam Grande Depressão de 29 I

 

Austríacos Atacam Grande Depressão de 29:

367 - Visão dominante sobre a crise não culpa qualquer “intervencionismo estatal” de Hoover pela crise, como faz Rothbard. Quem são os autores “dominantes”? Milton Friedman e Anna Schwartz em sua obra clássica “Uma História Monetária dos Estados Unidos, 1867-1960”, também publicada em 1963. (...) foi o colapso da oferta monetária - devido à negligência do Fed - que transformou o que seria uma "recessão corriqueira" em uma Grande Depressão. Defendem os dois.

368 - Um tal de Ohanian chegou para desenterrar a tese de Rothbard: ... sustenta que a política hooveriana de estimular salários e encorajar a partilha das mesmas funções entre os funcionários de uma mesma empresa "foi especificamente o evento mais importante na precipitação da Grande Depressão" e resultou em "uma significativa distorção do mercado de trabalho".

369 - Fim de 1931: como havia ocorrido uma significativa deflação de preços durante esses dois anos, os salários reais na verdade aumentaram 10% durante esse mesmo período, ao passo que o Produto Interno Bruto (PIB) havia caído 27%. Em contraste, durante os anos 1920-1921, um período em que também houve uma severa deflação, "alguns salários da indústria haviam caído 30%. O PIB, por sua vez, havia caído apenas 4%". (Os salários nominais de 29 a 31 caíram, mas os reais cresceram). (...) "A Depressão representou a primeira vez na história dos EUA que os salários não caíram durante um período de significativa deflação".

370 - Já em relação às hoje convencionais explicações para a Grande Depressão, tais como falências bancárias em larga escala e a severa contração da oferta monetária, Ohanian mostra que esses dois eventos ainda não haviam ocorrido em escala significativa até meados de 1931, dois anos após a implementação das políticas trabalhistas de Hoover, iniciadas já em 1929.

371 - A Grande Depressão que rapidamente suplantou e distorceu o benigno processo de ajuste recessivo da economia americana não foi de modo algum causado pela deflação monetária, mas pelas rigidezes salariais impostas pelo governo, as quais obviamente poderiam ser temporariamente contornadas pela redução furtiva dos salários reais via expansão monetária.

372 - Essa análise também fornece uma teoria que explica por que os baixos gastos nominais - ao que alguns economistas se referem como 'demanda agregada insuficiente' - geraram tamanha depressão nos anos 1930, porém não tiveram o mesmo efeito no início dos anos 1920, que foi um período de semelhante deflação e contração monetária, porém um em que as empresas reduziram consideravelmente os salários nominais.

373 - Na de 20-21, após a primeira guerra, havia inflação e desajustes, afirma. Queda forte da produção. Harding respondeu cortando gastos e cortando impostos para todos. A dívida americana se reduziu durante a década. (...) A taxa de desemprego - que havia sido de 1.4% em 1919, 5,2% em 1920 e 11,7% em 1921% - caiu para 6,7% em 1922 e 2,4% em 1923. Tudo isso concomitante a um aumento nos juros.

(continua...)

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