Econ - Textos Variados XL
Bastiat - O Pequeno Arsenal do Defensor do Livre-Comércio:
401 - Texto de 1845. Discussão bem superficial. Gostei desse raciocínio - e alguns outros que os liberais nunca fazem quando é contra si: Suponha que alguém lhe diga: "Mesmo concedendo que o sistema protecionista seja injusto, tudo foi organizado com base nele: o capital foi investido, direitos foram adquiridos; o sistema não pode ser mudado sem sofrimento." Responda: "Toda injustiça é lucrativa para alguém (exceto, talvez, a restrição, a qual no longo prazo não beneficia ninguém); expressar alarme quanto ao deslocamento que um fim à injustiça causa à pessoa que está lucrando com ela é o mesmo que dizer que uma injustiça, somente porque existiu por um momento, deva perdurar para sempre."
Belluzzo e Conceição - Capital Financeiro e Empresa Multinacional (Antigo):
402 - Ensaio escrito em 1980.
403 - A presença deste duplo movimento analítico na obra de Hilferding levou alguns autores, Sweezy entre eles, a confundir o caráter morfológico particular do cartel alemão, no que se refere à fusão de interesses entre o capital bancário e o capital industrial, sob a hegemonia do primeiro, com a questão mais geral e central do papel do capital financeiro no processo de monopolização.
404 - O capital financeiro traz lógica diferente e a análise de Keynes sobre a expansão das bolsas de valores é um exemplo disso no entender dos autores. “Quando estão ausentes os mercados de valores, não há sentido em tentar reavaliar com freqüência um investimento com o qual estamos comprometidos. Mas a bolsa reavalia muitos investimentos todos os dias e estas reavaliações dão freqüentes oportunidades aos indivíduos (ainda que não à comunidade em seu conjunto) para revisar seus compromissos (…). [As] reavaliações diárias das bolsas de valores, ainda que sejam feitas com o objetivo principal de facilitar a transferência entre os indivíduos de investimentos passados, exercem inevitavelmente influência decisiva sobre a taxa de investimentos correntes; porque não tem sentido criar uma nova empresa incorrendo em um gasto maior que aquele com que se pode comprar outra igual já existente (…).” Mais instabilidade e insegurança financeira no investimento, digamos.
405 - Na verdade, o que distingue esta forma de capital financeiro das que a precederam historicamente é o caráter universal e permanente dos processos especulativos e de criação contábil de capital fictício, práticas ocasionais e “anormais” na etapa anterior do “capitalismo disperso.
406 - Não se trata mais de calcular os patrimônios (ativos mais tangíveis como máquinas e prédios) e chegar ao valor. … É aqui, neste último elemento (ativos não-tangíveis) que reside a elasticidade do capital, comumente utilizada pela “classe financeira” para ampliar a capitalização para além dos limites da capacidade “real” de valorização.
407 - E, à medida que o crédito vai se tornando a força vital dos negócios modernos, a classe que controla o crédito vai se tornando cada vez mais poderosa, tomando para si – como seus lucros – uma proporção cada vez maior do produto da indústria. (Odeio texto de economia sem dados, mesmo quando não duvido da afirmação).
408 - (A meu ver o texto levanta muitas teses/hipóteses e conceitos amplos sem desenvolver)
409 - Desta forma, as taxas de juros internas passam a ser uma espécie de preço sombra das taxas do mercado internacional, fixadas pelos principais eurobancos, deixando de refletir as condições de crédito interno. (Sim, não só dos “eurobancos”, mas eu devo concluir algo a partir disso?)
410 - No fim, faz conclusões que não se confirmaram quarenta anos depois. Muito pelo contrário. Ademais, nada narrado me parece ser “contra o capitalismo”. Muitas discordâncias com esse texto.
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