Econ - Alguns Textos Interessantes de João Sobre a Crise e Recuperação I
Alguns Textos Interessantes de João Sobre a Crise e Recuperação:
288 - O primeiro texto é de 2009. Perspectivas do capitalismo na actual crise económica. A solução seria aumentar o consumo das famílias? Diz que esses marxistas estão meio keynesianos. Nos Estados Unidos, entre 1950 e 1985 os consumidores pouparam em média 9% dos seus rendimentos líquidos, mas nos últimos vinte anos esta taxa declinou até chegar praticamente a zero no início de 2008. Ao mesmo tempo, as dívidas resultantes do consumo e das hipotecas, que em 1990 representavam 77% dos rendimentos líquidos, chegaram a 127% em 2008.
289 - Lembra aos marxistas que a baixa da taxa de lucro é uma tendência e não algo que sempre acontece, por mais que sempre aconteça o crescimento do número de máquinas e processos de mecanização: o acréscimo em volume das matérias-primas, das máquinas e das instalações é muitíssimo maior do que o seu aumento em valor, porque elas são extraídas, fabricadas ou construídas de maneira cada vez mais produtiva. (...) Por outro lado, cada hora de trabalho passa a valer mais, não só porque os engenheiros de produção estudam as maneiras de intensificar o esforço humano mas igualmente porque são aumentadas as qualificações dos trabalhadores. Para empregar os conceitos de Marx, uma hora de trabalho complexo, isto é, mais intensivo e mais qualificado, vale várias horas de trabalho simples, residindo aqui o motor de toda a produtividade.
290 - A taxa de exploração se aumenta reduzindo o valor das mercadorias produzidas a partir do aumento por “hora” da quantidade produzida. Assim, um mesmo nível salarial compra mais mercadorias enquanto a exploração pode crescer junto também, basta dividir em alguma proporção os ganhos decorrentes desse aumento de produtividade.
291 - O declínio do sistema de produção fordista, encetado na sequência da crise económica de 1974 e completado hoje, abriu uma nova era, assente na exploração crescente da componente intelectual do trabalho. Trata-se de uma fonte de acumulação de que ainda não conhecemos os limites. E como entretanto se expandiram a subcontratação e a terceirização, instaurou-se uma nova maneira de articular a exploração dos mais qualificados com a dos menos qualificados, conferindo ao capitalismo uma enorme plasticidade.
292 - Afirma que os EUA estão investindo menos que as grandes potências em infraestrutura e que o incentivo governamental às ciências e matemática precisa aumentar. Obama, assumindo “agora”, estaria atento a isso.
(continua...)
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