Comunitarismo ou Liberalismo I

 

Como Funciona o Capital Financeiro (PSTU):

517 - Texto ok, mas sem novidades.

 

Comunitarismo ou Liberalismo:

518 - Na verdade é claramente um texto da pasta de Filosofia, mas acabou caindo aqui. Há muito divergência nas próprias correntes. Kant, por exemplo, é um liberal que vê o Estado com uma função moral, já Hobbes discorda e só enxerga a função pragmática de garantir a paz.

519 - (...) se tornou um lugar comum afirmar que os Liberais defendem a prioridade do "justo sobre o bem" (posição deontológica) e que os Comunitaristas defendem a prioridade do "bem sobre o justo" (posição teleológica).

520 - Em Habermas, o racional é a comunicação justa e simétrica. A “situação ideal de diálogo”. (...) se são respeitados os requesitos da comunicação justa, os resultados racionais resultarão por acréscimo e a validade dos mesmos está garantida.

521 - Rawls: Da "posição originária" nascem os três princípios da justiça: liberdade, igualdade de oportunidades e princípio da diferença (à luz do qual as desigualdades só serão justificadas, quando e na medida em que propiciam a melhoria da situação dos mais desfavorecidos).

522 - Não deixa de ter certo sentido essa crítica aos liberais: Charles Taylor e MacIntyre são alguns dos filósofos a apontar que os teóricos liberais se apoiam numa antropologia fraca, apresentado o ser humano como um ser desencarnado, um sujeito sem raízes, descomprometido, mas capaz de escolher soberanamente os fins e os valores que orientam a sua existência. Esta concepção é, segundo eles, irrealista porque a liberdade e a identidade do homem não são características ontológicas inatas à pessoa. (...)

523 - (Li que na filosofia de Taylor o Estado pode ser benéfico ao impor limites, mas que isso não significa conservadorismo… Sei não. Deve ser por falas assim: “o laicismo contra uma igreja hegemônica ainda é pertinente”. Ele parece moderado. Fala em democracia e tolerância ao menos).

524 - Para os comunitaristas: Pelo contrário, aquilo que dá sentido à existência, são os conteúdos substanciais (daí o comunitarismo defender uma ética perfeccionista) que tecem a história própria de cada um. Estes conteúdos já estão inscritos na cultura, precedem o indivíduo, por isso ele é pré-determinado na forma de definir a sua identidade e exercer a sua liberdade. A uma antropologia descritiva corresponde uma antropologia normativa: os fins que orientam a nossa existência não são produto duma escolha arbitrária e soberana mas o produto duma auto-interpretação contextualizada da nossa situação num horizonte sociocultural que nos precede.

(continua...)

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