Direitistas - Textos Diversos XXI

 

Manifesto Integralista da Guanabara:

        184 - Nunca li tanta besteira junta. Algumas coisas me parecem inclusive bem contraditórias, no mau sentido do termo.

 

Marcello Tostes - Liberalismo Clássico, Uma Crítica:

185 - Coloca que tanto direita (Bush) quanto a esquerda (“FHC”...) querem criar fundos estatais para todos os problemas na sociedade. No caso de Bush, cita a proposta de reservar fundos para cursos de bom matrimônio e para ajudar pobres a continuarem juntos…

186 - Seria um processo contínuo de centralização do poder. Tocqueville disse em 1839: Não faz ainda cem anos que, na maioria das nações européias, encontravam-se particulares ou corpos quase independentes que administravam a justiça, recrutavam e treinavam soldados, recebiam impostos e muitas vezes até faziam ou comentavam a lei

187 - Coloca os ciclos econômicos como algo causado artificialmente pelo crédito abundante: O posterior empréstimo desses recursos e a queda da taxa de juro abaixo do nível que prevaleceria caso o crédito adicional não tivesse sido criado ex nihilo deflagram um boom inicial e, em seguida, uma depressão na qual os investimentos equivocados da fase anterior são liquidados.

188 - Sobre o Estado não ser legítimo, os “libertarians” da vida parecem não considerar a Constituição como um contrato válido ou legítimo. Até concordo, mas não há motivo para não estender tal objeção aos contratos supostamente livres do capitalismo.

189 - Afirma que quando o Estado está instituindo um salário mínimo, acaba retirando dos menos qualificados entre os trabalhadores para dar aos mais qualificados entre os trabalhadores (salário maior às custas de empregos de alguns do primeiro grupo). Às coisas ficam num estado sub-ótimo, pois o capitalista em tese está pagando mais do que seria a alocação ideal de dinheiro.

190 - Coloca que a democracia implica necessariamente injustiça e crescimento das ações estatais: Os "bem sucedidos" na carreira política dentro do moderno Estado democrático chegam ao poder precisamente pela "venda" aos eleitores do único "serviço" que, em última análise, o Estado pode prestar: assegurar que conjuntos específicos de indivíduos obtenham ganhos à custa de outros conjuntos específicos de indivíduos.

191 - Problemas do “Estado Mínimo” na democracia: Não "fazer alguma coisa" leva ao fracasso, e para "fazer alguma coisa" é necessário financiamento.

192 - No caso da dívida pública, por exemplo, a combinação de propriedade pública, entrada livre no aparato estatal e eleições periódicas significa que os administradores do aparato estatal não são pessoalmente responsáveis pelo pagamento do principal e do juro aos credores. A dívida é "pública". Conseqüentemente, deve ser paga pelo "público" por meio da expropriação dos "contribuintes" do futuro. Semelhantemente, a inflação, isto é, o aumento dos meios de pagamento por meio da criação ex nihilo de moeda pelo Estado e pelos bancos privados sob tutela estatal, aumenta o poder de consumo dos administradores temporários do aparato estatal. As conseqüências de longo prazo das políticas inflacionárias - a desvalorização do poder de compra da moeda e a deflagração dos ciclos econômicos - são de pouco ou nenhum interesse para os controladores temporários do Estado, para os quais a moderação no consumo do capital disponível simplesmente não traz nenhuma vantagem.

193 - Ademais, a democracia se orienta, para o autor, sempre para o presente e ao gasto. Nunca para o futuro e a poupança.

194 - Neste ponto, o contra-argumento tradicional é o de que a vida em sociedade seria impossível sem que houvesse punição àqueles que quebram suas regras fundamentais (ou seja, sem que haja segurança e justiça). Ora, não há nada mais correto do que esta observação, porém não é possível deduzir dela que os serviços de segurança e justiça devam ser produzidos por uma entidade monopolista financiada de forma compulsória. Pelo contrário, a única coisa que pode ser deduzida deste fato inegável é que, dada a demanda por segurança e justiça, o surgimento de indivíduos e empresas especializadas nas áreas de segurança e arbitragem de conflitos para prover estes serviços em troca de pagamento voluntário é tão certo quanto o fornecimento de quaisquer outros bens e serviços.

 

Miguel Gustavo Lopes Kfouri - O Erro dos Liberais Clássicos:

196 - Afirma, sem transcrever trechos nem nada, que o que Hobbes tinha em mente ao propor o contrato social - Leviatã - era um acordo entre o rei e todos os proprietários da sua época a fim de proteger a propriedade. Que se Hobbes visse o que virou o “Estado moderno” jamais daria chancela.

197 - Acredito que ninguém, em sua sã consciência, assinaria um contrato desses. No entanto, qualquer cidadão que habite numa das repúblicas democráticas contemporâneas vive sob o jugo desse "contrato social", que já foi assinado por todos nós. Entretanto, em nenhum momento de nossas vidas apareceu alguém para nos perguntar se concordávamos ou não com ele e se queríamos assiná-lo. Simplesmente somos obrigados a aceitar todos os ônus que ele nos impôs e impõe. Essa é uma das conseqüências mais nefastas da democracia, onde o que conta é somente a vontade das maiorias, não as vontades individuais ou minoritárias. Diante disso, é de se indagar: e onde fica o direito à liberdade, que a constituição democrática diz assegurar a todos?

198 - Revoltado: E o que é pior: a democracia, ao longo da história, sempre foi a precursora do socialismo.

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