Filosofia - Textos Diversos XLVII

 

Lilia Trajano - Durkheim:

156 - O princípio da causalidade nos fenômenos sociais: não como uma necessidade racional, mas unicamente como um postulado empírico, produto de uma indução legítima.

157 - Definir a coisa sob a qual se estuda é o papel um do sociólogo. É fato social, toda a maneira de fazer suscetível de exercer sobre os indivíduos  uma coerção exterior que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo uma existência própria, independente das suas manifestações individuais. É o objeto da sociologia, pois nem todos os fatos são sociais.

158 -  Mostramos que um fato social só pode ser explicado por outro fato social, como disse a pouco sobre a questão da guerra, e simultaneamente mostramos como este tipo de explicação é  possível, situando no meio social interno o motor principal da evolução colectiva.

159 - Durkheim deduz uma ideia que conservou durante toda a vida e que se encontra assim no centro de toda a sua sociologia, a ideia que pretende que o indivíduo nasce da sociedade e não a sociedade dos indivíduos.

160 - Trata da necessidade prévia de eliminar as pré-noções e preconceitos. Durkheim foi muito influenciado pelo positivismo de Comte.

161 - Pregava uma espécie de integração do indivíduo pela coletividade. O elemento mediador de tudo isso seria a corporação e os grupos profissionais.

 

Luiz Hermenegildo - Arte e Educação (Adorno):

162 - Entendi nada.

 

Lukács - As Bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem:

163 - O positivismo considera questões ontológicas algo não-científico.

164 - Por isso que a história, feita pelos homens, dá merda: O processo global da sociedade é um processo causal, que possui suas próprias normatividades, mas não é jamais objetivamente dirigido para a realização de finalidades. Mesmo quando alguns homens ou grupos de homens conseguem realizar suas finalidades, os resultados produzem, via de regra, algo que é inteiramente diverso daquilo que se havia pretendido. (Basta pensar no modo pelo qual o desenvolvimento das forças produtivas, na Antiguidade, destruiu as bases da sociedade; ou no modo pelo qual, num determinado estágio do capitalismo, esse mesmo desenvolvimento provocou crises econômicas periódicas etc.) Essa discrepância interior entre as posições teleológicas e os seus efeitos causais aumenta com o crescimento das sociedades, com a intensificação da participação sócio-humana em tais sociedades.

165 - Cita três grandes tendências. A diminuição do tempo de trabalho socialmente necessário à reprodução dos homens. Os momentos de socialização crescendo sobre os limites naturais. E a internacionalização, sobretudo econômica, da humanidade.

166 - Não sei se isso é correto, mas enfim: Nos inícios, o escravagismo constitui um progresso em relação ao canibalismo; hoje, a generalização da alienação dos homens é um sintoma do fato de que o desenvolvimento econômico está para revolucionar a relação do homem com o trabalho.

167 - Marx fala do período inicial da autêntica história da humanidade como de um “reino da liberdade”, o qual porém “só pode florescer sobre a base do reino da necessidade” (isto é, da reprodução econômico-social da humanidade, das tendências objetivas de desenvolvimento à qual nos referimos anteriormente). (...) só quando a humanidade tiver superado qualquer caráter coercitivo em sua própria autoprodução, só então terá sido aberto 0 caminho social da atividade humana como fim autônomo.

168 - O resto do texto eu não entendi muito bem.

 

Lukács - Neopositivismo (Para uma Ontologia do Ser social):

169 - Parece um capítulo do livro.

170 -  É digno de nota que Mannheim, que procurava uma força no mundo democrático que se contrapusesse à influência fascista sobre as massas, assinalasse a afinidade metodológica entre a teoria behaviorista e a práxis fascista.

171 - … A outra possibilidade intelectual consiste em absolutizar de algum modo o meio homogêneo da matemática, de encará-la como a chave última e definitiva de decifração dos fenômenos. É isto o que sucede com o neopositivismo;

172 - Tanto o positivismo como o neopositivismo afirmam buscar a neutralidade.

173 - O neopositivismo, em particular, recolhe na lógica matemática sua “linguagem” e amplia em muito o terreno neutro de Mach-Avenarius, conferindo-lhe uma aparência de objetividade sem, contudo, romper com o ponto de partida idealista-subjetivo do antigo positivismo – as sensações, os “elementos”.

174 - Interessante reflexão: … o sistema ptolomaico que, mesmo após ter se mostrado cientificamente falso, funcionou por longo tempo de maneira quase impecável para finalidades práticas (navegação, calendário etc.).

175 - Lukács defende que o universal é uma categoria objetiva da realidade existente em si. Não é mero produto da consciência.

176 - Unidade das ciências:  O neopositivismo, como vimos, deseja resolver esta questão pela exclusão de toda ontologia, pela simples unidade da “linguagem” científica, e pelo seu tipo de manipulação logicista.

177 - Peguei muito pouco do lado prático das polêmicas aqui.

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