Filosofia - Textos Diversos LXIII - Possibilidade da Dialética Marxiana na Sociedade Póscapitalista
Possibilidade da
Dialética Marxiana na Sociedade Póscapitalista:
439 - Os historiadores do pensamento grego
consideram Heráclito de Éfeso, o iniciador da dialética, diversamente de
Aristóteles, para quem a dialética teria sido criada por Zenão de Elea.
440 - Em Heráclito, já
era o mundo se movimentando pela reação entre contrários. Chega a citar a
guerra.
441 - a dialética
platoniana vai para o metafísico porque advém de investigar o mundo
inteligível, o das ideias: Considerando
que o plano sensível, com sua natureza mutável, carece de objetividade e só nos
proporciona a opinião das coisas, a proposta platônica será a de evidenciar as
contradições das aparências e suscitar a necessidade da dialética como
"ato superador das aparências. (...) A dialética ascendente é entendida
"no sentido de que a alma deve subir até alcançar a contemplação das
Idéias"; quanto à dialética descendente, entende-se que o conhecimento que
é buscado além das contradições do plano sensível e por via da reminiscência, é
o conhecimento da idéia que é o fundamento do sensível. Não é, assim, a
ideia que desce, e sim a alma.
442 - A negatividade é o ponto fundamental da
dialética hegeliana. (...) Este
momento da contradição é a raiz de todo o movimento e de toda vida", e,
"todas as coisas são em si mesmas contraditórias".
443 - Hegel estende o processo dialético a toda a
realidade por entender que a realidade finita tende à infinitude,
"justamente porque o finito em si mesmo não é, e enquanto não-ser,
torna-se redutível ao ser, à Idéia absoluta", isto é, à verdade total. Assim,
o processo de alcance da verdade somente poderá se consumar pela via dialética.
E na medida em que Hegel intenta à superação da finitude pela infinitude, sua
dialética assume um caráter nitidamente metafísico. Melhor dizendo, Hegel radicaliza
a interpretação metafísica da dialética já evidenciada por Platão.
444 - Tem um trecho de
Marx vinculando comunismo ao humanismo por meio da dialético, ao que a autora
comenta: Pode-se constatar a partir mesmo
desta afirmação que a dialética em Marx, está profundamente vinculada ao seu
humanismo.
445 - Afirma que Marx e
Engels se inspiraram na natureza (o segundo sim, mas Marx também?): Ora, se a própria realidade é em si mesma
dialética, isto é, se o real é em si mesmo contraditório, ou seja, inclui em
sua própria estrutura a negação, nenhuma de suas formas pode apresentar um
caráter definitivo. Portanto, para apreender essa realidade necessariamente,
ter-se-ia que utilizar não um método metafísico, que comprometeria a unidade do
real, mas um método que apresentasse o seu mesmo caráter, ou seja, um método
dialético.
446 - O homem, em Marx, é
um ser natural que precisa satisfazer suas necessidades mediante transformação
da natureza.
447 - A luta de classes desde o surgimento da
escravatura conferiu às relações de produção uma natureza contraditória, e é
justamente este caráter dialético, a força motriz da história das sociedades
onde o modo de produção é de propriedade privada.
448 - O ser social
determina a consciência (Marx).
449 - Despolitizar as
massas e “cientificizar” a técnica. Assim
é que segundo Habermas, "desde a última Quarta parte do século XIX; nos
países capitalistas mais avançados, duas tendências de desenvolvimento podem
ser notadas: 1. um acréscimo da atividade intervencionista do Estado, que deve
garantir a estabilidade do sistema e 2. uma crescente interdependência entre a
pesquisa e a técnica, que transformou a ciência na principal força
produtiva" concorda então com Marcuse que a técnica e a ciência legitimam
o poder das sociedades industrializadas. “
450 - Para Habermas, a ciência e a técnica transformam-se na
nova ideologia na medida em que os cidadãos são excluídos da participação
democrática, seja quanto à discussão moral do sistema, seja quanto às questões
consideradas técnicas. A massa assim se despolitiza e fica à mercê da
propaganda do desenvolvimento científico e técnico feita pela Estado.
451 - Afirma que a
sociedade “pós-capitalista” conseguiu a lealdade das massas com esse discurso.
452 - A tarefa da Teoria Crítica da Sociedade
então será resgatar a moral universal tradicional fundamentando-a na mesma
estrutura da linguagem humana que substituirá a religião enquanto último
fundamento da integração social dos homens. (Sério?! “Grande” dialética da
razão!...)
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