Filosofia - Textos Diversos XLVI
Karl Korsch - Marxismo e Filosofia:
138 - Texto parece ser da década de 1924.
139 -
Se o social-democrata Wels condenou as ideias do "professor Korsch"
como uma heresia "comunista" e o comunista Zinoviev, como uma heresia
"revisionista", a diferença foi só na terminologia.
140 - (Metade do texto já e não disse a
que veio)
141 - Acusa Lênin de transformar o debate
filosófico em mera justificativa para o plano da ação: E o ponto de vista "filosófico" de Lenine aparece, assim, no
fundo, apenas como uma forma especial, particularmente disfarçada, da posição
que já foi tratada, sob outro aspecto, na primeira edição de Marxismo e
Filosofia e cujo defeito fundamental o jovem Marx caracterizou com todo o rigor
ao pronunciar-se contra o "partido político prático que imagina que pode
suprimir (praticamente) a filosofia sem a realizar (teoricamente)". Ao
tomar posição sobre as questões filosóficas apenas em função dos seus motivos e
consequências extra-filosóficos e não, ao mesmo tempo, também em função do seu
conteúdo teórico-filosófico, ele comete o mesmo erro que, nas palavras de Marx,
cometeu então o "partido político prático na Alemanha" ao acreditar
que realizava a "negação de toda a filosofia" (em Lenine: de toda a
filosofia idealista!) que, com razão, reclamava, "virando as costas à
filosofia e murmurando, de cara voltada, algumas frases mal-humoradas e banais
sobre ela.
142 - Acusações pesadas: Ele concebe efectivamente a transição da
dialéctica idealista de Hegel para o materialismo dialéctico de Marx e Engels
como uma simples substituição da concepção idealista que está na base deste
método dialéctico em Hegel por uma outra concepção filosófica já não
"idealista", mas "materialista"; e não parece suspeitar de
que com semelhante inversão materialista da filosofia idealista de Hegel só se
poderia produzir, no melhor dos casos, uma modificação terminologia, que
consistiria em chamar ao Absoluto já não "Espirito", mas
"Matéria". Mas este materialismo de Lenine representa, na realidade,
algo ainda muito pior. Ele não só anula a última inversão materialista da
dialéctica idealista de Hegel realizada por Marx e Engels como faz voltar toda
a discussão entre materialismo e idealismo a um nível de desenvolvimento
histórico anterior que a filosofia idealista alemã de Kant a Hegel tinha
superado.
143 - Afirma que Kant e Hegel baniram o
“Absoluto” do “ser” e Marx completou o serviço, banindo o “Absoluto” também da
ideia. (entendi não).
144 -
Em contraste com isso, Lenine
volta agora às oposições absolutas entre "pensamento e ser",
"espírito" e "matéria", já superadas dialecticamente por
Hegel e que, nos séculos XVII e XVIII, tinham sido objecto da disputa
filosófica e, em parte, ainda religiosa entre as duas tendências do Iluminismo.
145 - Para
uma concepção dialéctica, método e conteúdo são inseparáveis e, segundo uma
conhecida expressão de Marx, "a forma não tem valor se não é a forma do
seu conteúdo"
146 - Traz Chifrine, que considerava
Kautsky o guardião do marxismo ortodoxo e criticava o revisionismo do marxismo
russo. Que ironia!
147 - A ditadura proletária que Korsch
defende como transição: Em primeiro
lugar, ela é uma ditadura do proletariado e não uma ditadura sobre o
proletariado. Em segundo lugar, é uma ditadura da classe e não do partido ou da
direcção do partido. Em terceiro lugar, e acima de tudo, é uma ditadura
revolucionária, um simples elemento do processo de radical transformação social
que, com a supressão das classes e dos antagonismos entre elas, cria as
condições prévias para o "deperecimento do estado" e, ao mesmo tempo,
para o fim de toda a coacção ideológica. Torná-la supérflua.
La Banquise - Por um mundo sem moral:
148 - O
Ocidente não maltrata a sexualidade porque se esquece dela mas sim porque não
pensa em mais nada a não ser nela. Sexualiza tudo. O mais grave não foi o
judeo-cristianismo ter reprimido o sexo, foi tê-lo recalcado - ou seja, em vez
de o reprimir organizou-o.
149 - (Metade do texto já e muito pouca
análise concreta para o meu gosto)
150 - Coloca que as paixões continuariam
gerando crimes mesmo no comunismo. Afinal, ainda haverá jogos de sedução, por
exemplo.
151 - Parece defender a quase total
ausência de punição porém. Mesmo a expulsão do infrator. Não entendi 100%.
152 - Polícias, tribunais e códigos como
conhecemos devem desaparecer. As livres
organizações, associações e sovietes de operários e de camponeses, devem elas
próprias estabelecer tais ou tais formas de justiça. Essa justiça não deve ser
exercida por funcionários especializados, mas sim por responsáveis que sejam da
confiança da população local, em acordo com ela e afastando totalmente as
sanções previstas pelo passado. Da mesma forma, a autodefesa popular deve
fundar-se sobre a livre organização, sem ser do domínio de milicianos
especializados. A organização oficial, pelo Estado, da justiça e da defesa não
só não atinge os seus objectivos como trai toda a justiça e defesa verdadeiras.
153 - Mudanças
com a revolução comunista: Isto significa, em primeiro lugar, que apenas se
serve da quantidade de violência estritamente necessária para atingir os seus
fins, não por moralismo ou por não-violência mas porque toda a violência
supérflua se autonomiza e se transforma no seu próprio fim. Isto significa,
além disso, que a sua arma é em primeiro lugar e antes de tudo a da
transformação das relações sociais e da produção das condições de existência.
As pilhagens espontâneas deixarão de ser uma mudança maciça de proprietários,
uma simples justaposição de apropriações privadas se se constituir uma
comunidade de luta entre os saqueadores e os produtores.
154 - As
regras que os seres humanos dariam a si mesmos (de uma forma que não podemos
prever) no comunismo proviriam da sociabilidade comunista. Não constituirão uma
moral na medida em que não têm pretensões a uma ilusória universalidade no
tempo e no espaço.
Laurence Bonjour - Problemas da Indução:
155 - O que entendi não me disse nada de
novo. E o que não entendi… Aí é que não me disse mesmo.
Comentários
Postar um comentário