Filosofia - Textos Diversos LVI

 

Nietzsche - Aforismos Sobre as Mulheres:

337 - Alguns machistas, outros nem tanto: Uma doença masculina. - Para a doença masculina do autodesprezo o remédio mais seguro é ser amado por uma mulher inteligente. (...) O casamento como uma longa conversa. - ao iniciar um casamento, o homem deve se colocar a seguinte pergunta: você acredita que gostaria de conversar com está mulher até na velhice? Tudo mais no casamento é transitório, mas a maior parte de tempo é dedicada à conversa.

 

Nietzsche - Aforismos Sobre o Gênio:

338 - O gênio artístico quer proporcionar alegria, mas, se tiver num nível muito alto, provavelmente lhe faltarão os que a desfrutem. (...) Enfim, para compensar essa privação ele tem mais prazer em criar do que o restante dos homens em todas as outras espécies de atividade.

339 - Chamar alguém de gênio envolve não sentir inveja ruim. Chamar alguém de ”divino” significa dizer: “aqui não precisamos competir”.

340 - Critica nossa postura sobre os gênios: Porque pensamos bem de nós, mas no entanto não esperamos de nós que possamos alguma vez fazer o esboço de uma pintura de Rafael ou uma cena tal como a de um drama de Shakespeare, persuadimo-nos de que a faculdade pra isso é maravilhosa acima de todas as medidas, um raríssimo acaso, ou, se ainda temos sentimento religioso, uma graça do alto. Assim, nossa vaidade, nosso amor-próprio, propiciam o culto do gênio: pois sempre quando ele é pensado bem longe de nós, como um miraculum, ele não fere…

 

Nietzsche - Crítica à Razão Universal de Kant:

341 - Nietzsche revoltado com a razão e defendendo os sentidos: A “razão” é a causa de falsificarmos o testemunho dos sentidos. O mundo aparente é, nele, o verdadeiro. Até onde os sentidos indicam o vir-a-ser, o desvanecer, a mudança, eles não mentem… (...) Os motivos que fizeram com que se designasse “este” mundo como aparente fundamentam muito mais sua realidade. – Um outro tipo de realidade é absolutamente indemonstrável.

342 - As características que foram dadas ao “Ser verdadeiro” das coisas são características do não-Ser, do Nada. Construiu-se o “mundo verdadeiro” a partir da contradição com o mundo efetivo: de fato, o mundo verdadeiro é um mundo aparente, à medida que não passa de uma ilusão ótica de ordem moral. (...) Cindir o mundo em um “verdadeiro” e um “aparente”, seja do modo cristão, seja do modo kantiano (um cristão pérfido no fim das contas) é apenas uma sugestão da décadence: um sintoma de vida que decai...

 

Nildo Viana - Sartre e o Marxismo:

343 - Já li e já fichei na pasta “Nildo Viana”.

 

O Manual de Epicteto:

344 - Epiteto ou Epicteto foi um filósofo grego estoico que viveu a maior parte de sua vida em Roma, como escravo a serviço de Epafrodito, o cruel secretário de Nero que, segundo a tradição, uma vez lhe quebrou uma perna. Apesar de sua condição, conseguiu assistir as preleções do famoso estoico Caio Musônio Rufo. (Wikipedia). Deve ser por isso que estou achando sua filosofia meio conformista.

345 - Quem quiser coisas tipo “evitar a morte” será um eterno miserável.

346 - A ideia de se conformar com o que não tem jeito é boa. Ocorre que, pela preguiça do “espírito”, podemos ser levados muito facilmente a crer que algo “é da vida” ou “não tem jeito”. Logo… Enfim, os próprios exemplos que ele dá… Vários não são bons.

347 - Se qualquer um confiasse o seu corpo ao primeiro homem que encontrar, você ficaria indignado, mas ainda assim você confia a sua mente ao primeiro transeunte casual e permite com que ela fique perturbada e confusa, se ele vier a lhe agredir verbalmente; você não se envergonha disso?

348 - Critica, chamando de criança, quem deseja ser algo que achou bonito, porque vai mudar de opinião a cada capricho bobo. Trata-se de pensar imediatamente em todas as várias consequências ruins desse algo que se quer ser, pesá-las com sinceridade, para aí sim decidir.

349 - Ele pregava moderação e comedimento em absolutamente tudo! Não é necessário na maioria das vezes ir até os jogos (entretenimento); mas se você em algum ocasião deve ir, mostre que a sua primeira preocupação é para com você mesmo; ou seja, deseje que apenas venha a acontecer aquilo que acontece, e que vença aquela que deve vencer, porque assim você não irá sofrer qualquer tipo de angústia. Mas controle qualquer impulso para o aplauso, ou ridículo ou ao entusiasmo prolongado. E quando você for embora, não fale muito sobre o que ocorreu ali, exceto naquilo que permite o seu aperfeiçoamento (no controle dessas qualidades). Porque falar muito sobre isto ( e qualquer assunto) implica que o espetáculo excitou a sua imaginação.

350 - Ri (eu) de vários conselhos, como o de que não é pra se irritar se alguém lhe expulsar de casa ou algo assim. Tipo este, que é até muito sensato: Na sua conversação evite menções freqüentes e desproporcionadas das suas próprias atividades e aventuras; porque as outras pessoas não tem o mesmo prazer em ouvir as coisas que lhe aconteceram na mesma medida que você obtêm ao contá-las.

351 - Não julgar para além dos meros fatos. Não valorar: Se um homem se lava rapidamente, não diga que ele se lava mal, mas que ele se lava rapidamente.

352 - Discordei de várias coisas. Porém, é engraçado como várias coisas que os filósofos de hoje e vendedores de auto-ajuda dizem, Epiteto já dizia há dois mil anos e de graça.


O Materialismo Histórico Dialético e a Educação:

353 - A novidade de Heráclito em relação à dialética da consenso de Sócrates e Platão: Não é a concórdia que conduz ao diálogo, mas a divergência, isto é, a exacerbação do conflito. (...) todas as coisas fluem e se alteram sempre, disse ele; mesmo na mais imóvel existe um invisível fluxo e movimento.

354 -  Desde então já se afirmava que a lógica dialética é uma possibilidade de compreensão da realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação (Konder, 1981), em contraposição à lógica formal, estática, que não aceita a contradição e o conflito.

355 - Hegel tratou da elaboração da dialética como método, desenvolvendo o princípio da contraditoriedade afirmando que uma coisa é e não é ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Esta é a oposição radical ao dualismo dicotômico sujeito-objeto e ao princípio da identidade. Por isso Hegel preconiza o princípio da contradição, da totalidade e da historicidade.

356 - Marx segundo a autora: a lógica formal não consegue explicar as contradições e amarra o pensamento impedindo-lhe o movimento necessário para a compreensão das coisas. Eu daria o exemplo de que o capitalismo pode ser conservador ou revolucionário (no início) a depender das circusntâncias.

357 - Marx não sistematizou o método, mas dá para vê-lo aplicado no “O Capital”.

358 - Partir do empírico, e por meios de abstrações, chegar ao concreto. Este último é a compreensão aprofundado do que há de essencial no objeto, já que este é a síntese de múltiplas determinações e, portanto, o concreto pensado.

359 - O empírico é o real aparente e o concreto é o real pensado. São as abstrações, reflexões do pensamento, que diferenciam um do outro.

360 - Aqui, percebe-se que a lógica dialética do Método não descarta a lógica formal, mas lança mão dela como instrumento de construção e reflexão para a elaboração do pensamento pleno, concreto. Desta forma, a lógica formal é um momento da lógica dialética; o importante é usá-la sem esgotar nela e por ela a interpretação da realidade.

361 - Saviani: parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto.

362 - Isto significa dizer que a análise do fenômeno educacional em estudo pode ser empreendida quando conseguimos descobrir sua mais simples manifestação para que, ao nos debruçarmos sobre ela, elaborando abstrações, possamos compreender plenamente o fenômeno observado.

363 - A educação pode ter como preocupação fundamental o trabalho em sua forma mais ampla. E o método deve permitir leituras amplas da realidade.

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