Filosofia - Textos Diversos LXXII - Superinteressante - A Chave de Tudo (Teorias do Tudo)

 

Superinteressante - A Chave de Tudo (Teorias do Tudo):

549 - Ótima introdução: Pitágoras dizia que era a harmonia musical. Platão acreditava nos sólidos perfeitos. Newton e Einstein, no espaço, no movimento e na energia. Os físicos de hoje, em – o nome é este mesmo – supercordas. Desde que o mundo é mundo, os cientistas sonham com o dia em que toda a realidade caberá numa formulação simples e elegante, com o momento em que tudo o que existe, existiu ou existirá poderá ser entendido e explicado por uma espécie de teoria de tudo: completa, imune a contradições e paradoxos e, acima de qualquer suspeita, real.

550 - Afirma que as concepções de Pitágoras, que graças à harmonia musical pôde pensar em propor que “tudo era número”, não são tão diferentes assim que as da Física do Século XXI e sua teoria das supercordas. Influenciou Platão

551 - Platão dá vida própria às ideias geométricas e da matemática. Já existiam lá no mundo das ideias antes dos homens. A gente vai lá pescar. E os “sólidos perfeitos” compunham os quatro elementos do planeta. O dodecaedro representava o quinto elemento, ou quintessência, por ser o único que não poderia ser gerado a partir de triângulos (o triângulo era uma espécie de partícula fundamental para Platão).

552 - O experimentos contraditórios mostravam defeitos na maior candidata de todos os tempos à teoria do tudo: a mecânica newtoniana. Veio a revolução de Einstein e o sonho acabou. A mecânica newtoniana estabelecia que as velocidades de dois corpos em movimento em relação a um observador devem ser somadas. Se algo em movimento emite luz, então a velocidade da luz emitida deveria ser somada à velocidade do movimento em relação ao observador parado. Só que isso não correspondia às conclusões derivadas das teorias desenvolvidas para a eletricidade. Albert Einstein resolveu esse paradoxo por meio da teoria da relatividade restrita, em que ele postulava que a velocidade da luz era constante e não poderia ser somada a outras velocidades. Nada poderia ser acelerado acima da velocidade da luz.

553 - Einstein teve de modificar completamente as teorias sobre a gravitação. Ele postulou que o universo que todos conhecemos com três dimensões – em que todos os objetos têm comprimento, largura e altura – é, na verdade, a manifestação concreta de um outro universo, o real, em que existe uma quarta dimensão: o tempo. Nesse universo de quatro dimensões, chamado espaço-tempo, toda matéria causa uma deformação, ou uma espécie de curvatura. A força gravitacional seria, de acordo com Einstein, a manifestação de todas as curvaturas geradas pela matéria. (...) Quando foi possível medir experimentalmente o desvio de um raio de luz no céu de um eclipse, supostamente causado pela curvatura do espaço-tempo gerada pela massa do Sol, Einstein se tornou uma celebridade mundial. A física de Newton não passava de um caso especial de uma teoria mais abrangente para explicar todas as coisas: a teoria da relatividade geral de Albert Einstein.

554 - A parte da mecânica quântica (que revoltava Einstein) é meio difícil de entender. Entendo parcialmente. Vem da dificuldade de explicar o comportamento dos fótons. Einstein e Bohr discutiram quem tava errado.

555 - O observador, ou a simples existência de um observador, interferia e alterava o resultado do experimento. O conhecimento sobre um dado da natureza poderia modificar a própria natureza. Era isso que Einstein não conseguia aceitar. Bohr e seus seguidores acreditavam que o presente só é capaz de nos dar conhecimento sobre diferentes futuros possíveis. Tudo o que podemos fazer, diziam eles, é calcular probabilidades. Mais que isso, Bohr ainda afirmava que não é necessariamente verdade que todas as coisas tenham propriedades como velocidade, posição, tamanho ou massa com valores definidos em todos os momentos. Einstein, com sua célebre frase “não acredito que Deus jogue dados com o universo”, era contrário às duas posições.  Ele tinha uma postura ao mesmo tempo realista (tudo pode ser medido) e determinista (tudo pode ser previsto teoricamente). Bohr era a um só tempo antideterminista e anti-realista.

556 - Einstein queria saber todos os porquês e Bohr se contentava com os “o que”. Einstein morreu sem conseguir formular uma teoria do campo unificado, uma teoria do tudo.

557 - Descobertas da física do fim do século passado deram mais razão aos defensores da mecânica quântica. … o modelo-padrão e a teoria quântica de campos são perfeitamente compatíveis com a teoria da relatividade restrita de Einstein, aquela que postula que nada pode ultrapassar a velocidade da luz.

558 - A teoria das supercordas é a esperança de unificar as quatro forças do universo. Só falta algo que integre a gravitacional às outras três. Um site que pesquisei explica, não sei se com razão, o seguinte: Ambas são fantasticamente bem em descrever e prever suas respectivas escalas (relatividade geral para coisas que podemos ver, mecânica quântica para o mundo subatômico), mas ambas são inúteis quando combinadas para tentar descrever tudo . Isso, é claro, significa que ambas as teorias estão incompletas e, até certo ponto, erradas. O que a teoria das cordas, e outros conceitos como ela, tentam fazer é explicar tudo em apenas uma única teoria primordial.

559 - Li Sobre as teorias das cordas em sites e é bem interessante. Só não é falseável rs, ao que parece. Então sequer pode ser considerada científica. Prevê mais seis ou sete dimensões além das nossas quatro, nas quais existiriam essas cordas indetectáveis. A vibração das cordas nessas seis dimensões seria responsável pelas propriedades quânticas, como a dualidade onda-partícula.

560 - Tegmark parece crer em universos matemáticos. Mundo das ideias. Radicalizou Platão. “As condições para a vida especificarão as equações que governam nosso universo e nos dirão por que nenhuma outra lei é válida ou aplicável”, diz Tegmark. Nosso universo não passaria de uma caixinha dentro de todas as possíveis teorias matemáticas, mas uma caixinha que foi capaz de gerar estruturas autoconscientes (nós). Todas as demais caixinhas também corresponderiam a realidades físicas. Além de as idéias habitarem um mundo independente, como queria Platão, nós não passaríamos de fruto das idéias, assim como a tradição oriental diz que o mundo não passa de um sonho de Buda.

561 - “Não fomos nós que criamos a matemática, foi a matemática que nos criou.”

562 - Há quem defenda também que a nuvem de probabilidades da mecânica quântica signifique, na verdade, multiversos. É um pessoal de Budapeste. Neumann.

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