Econ - Textos Variados XXXVII


A Crítica de Bukharin a Economia Política do Rentista:

7 - Bukhárin: A economia política do rentista: crítica da economia marginalista, publicada no ano de 1919.

8 - Criticava os protecionistas e os austríacos: Ele explicava que a escola histórica por basear-se no protecionismo rejeitava as abstrações e formulações de leis universais, opondo-se aos economistas clássicos, como David Ricardo e Adam Smith, e só tendo por legítimas monografias de caráter empírico. Mas, a escola marginalista austríaca se situava num nível mais alto de abstração teórica, pela utilização de formulações matemáticas. Resultando disto, seu caráter a-histórico e a sua preferência por elaborar leis universais sem basear-se na realidade concreta das diferentes épocas históricas. (Não sei se os austríacos eram bem “fórmulas matemáticas”.)

9 - (O texto passa por uma série de considerações que me parecem complexas de forma bem superficial. Não sei se por não terem mais importância prática atual ou por ser um texto raso ou panorâmico mesmo. Pelo menos em alguns pontos).

10 - Escola a-histórica austríaca: Tal teoria era ministrada no curso de Economia da Universidade de Viena por Böhm-Bawerk, Karl Menger e Wieser, no qual, Bukhárin participou como ouvinte.

11 - Ele percebeu e parece ter chamado de “refeudalização” o seguinte processo de surgimento de uma parcela das classes burguesas voltadas às finanças passou a viver de aplicações financeiras, sobretudo, em letras do tesouro nacional dos países, sem vínculo direto com a produção social material das sociedades em que viviam.

12 - Para Bukharin, o rentista tenderia a um individualismo crescente. Medo do proletariado e das catástrofes sociais. A partir disso, inferiu que as teses da escola austríaca e da marginalista tinham por base comum o subjetivismo e o individualismo do sujeito econômico, e que elas pouco se diferiam das teorias, baseadas na análise da utilidade e do valor de uso dos bens, dos pensadores do século XIX, como Adam Smith.

13 - (Enfim, parece que o texto não desenvolve a divergência de Bukharin, acho. Só relata).


(...)


A Teia da Dívida:

49 - Propõe retornar ao governo o monopólio da criação de dinheiro. O "Federal" Reserve não é realmente federal. É uma corporação privada possuída por um consórcio de bancos multinacionais muito grandes.

50 - O Federal Reserve, que cria moeda, não é, então, o governo. Só empresta ao mesmo.

51 - (não estou gostando do texto. Só lança hipóteses. Não detalha, desenvolve, nem exemplifica nada. Por isso que não estou anotando muita coisa).

52 - Faz algumas previsões erradas. “Juros se tornarão maiores do que os contribuintes podem pagar e haverá colapso do dólar”. Realidade: juros zero por mais de uma década praticamente.

 

Ação Humana de Mises, Sua História, Oskar Lange Etc:

53 - Texto do “austríaco” Israel Kirzner. Afirma que em 1930 essa escola tinha prestígio. Para jovens intelectuais dos EUA que visitassem as universidades européias da época, um convite para apresentar seu trabalho num seminário da Universidade de Viena era uma realização profissional de imenso valor

54 - Afirma que Keynes, Sraffa e a matematização da economia ofuscaram os austríacos. Considerava-se que eles tinham sido derrotados por Keynes (nas questões macroeconômicas), por Frank Knight (na teoria do capital), e por Oskar Lange e Abba Lerner (na possibilidade de um planejamento econômico socialista eficiente), e que não tinham conseguido acompanhar os fascinantes desenvolvimentos na teoria do bem-estar social, na econometria e na economia matemática.

55 - Afirma que Mises e Hayek trabalhavam na “vingança” entre 30 e os anos 40. Afirma que, em 30, ambos achavam que diferiam pouco dos “neoclássicos”: A aceitação acrítica pelos economistas da tese de Lange-Lerner — de que os socialistas podem planejar com eficiência ao modelar seu plano segundo condições de equilíbrio geral (que, como os teóricos mainstream postularam, governavam os sistemas do mercado competitivo) — ensinou a Mises e a Hayek que seu próprio entendimento de como os mercados funcionavam diferia fundamentalmente do entendimento de seus colegas neoclássicos.

56 - A “revolução” que estaria no “Ação Humana” em 1949: Creio que aquilo que o debate do cálculo econômico socialista ensinou a Mises foi que, para promover a compreensão daquilo que o sistema de mercado realiza, é necessário trocar a ênfase na exposição de padrões atingíveis de equilíbrio de mercado pela ênfase no caráter dos processos que levam ao equilíbrio.

57 - Seria, assim, uma competição dinâmica (e não perfeita). (...) Ao concentrar-se no processo empreendedorístico que ocorre nos mercados desimpedidos por obstáculos governamentais à entrada competitiva, Mises ofereceu muito mais do que uma reinterpretação da teoria tradicional dos preços.

58 - Além disso, a crescente sofisticação da economia matemática, e suas aplicações na elaboração do ambicioso empreendimento teórito Walrasiano de equilíbrio geral, combinaram-se para fazer com que as idéias de Mises parecessem antiquadas, elementares, e até primitivas. Como hoje se sabe, aquelas foram décadas (...) em que a teoria econômica mainstream perdeu quase completamente o empreendedor de vista.

59 - Todo um drama sobre o Ação Humana… : Que essa obra tenha sido ignorada por décadas e só depois tenha recebido reconhecimento (ainda que modesto) é algo que aumenta o drama intelectual desse episódio do desenvolvimento do pensamento econômico do século XX. A especulação a respeito da futura influência que essa grande obra ainda exercerá apenas aumenta a excitação provocada pelo drama.

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