Econ - Textos Variados XXXIII (CCE)

 

Fernanda - O Mito da Convergência, Países Desenvolvidos Chutando a Escada:

153 - Não ficou claro se tem paridade de poder de compra nessa história:



154 - Segundo Chang (2004), as políticas e instituições tão recomendadas hoje aos países em desenvolvimento não foram de fato empregadas pelos países desenvolvidos quando estavam em processo de catching up.

155 - Texto cheio de hipóteses não-desenvolvidas.

 

Isabela Nogueira - A Centralidade do Investimento Para a Teoria Macroeconômica:

156 - Isabela afirma que poupança - lucros retidos e afins - não é sempre novo investimento ou reinvestimento. O agente pode, por exemplo, aplicar os recursos no mercado financeiro caso os retornos sejam mais vantajosos.

157 - Nem todo investimento é em inovação tecnológica ou mesmo criação de novo capital. Alguns, geralmente mais baratos, são meras retomadas de capacidade instalada. Estoque ocioso de capital colocado novamente em movimento.

158 - Os ciclos econômicos e as flutuações no investimento, na renda, e no estoque de capital – Dado que os capitalistas não podem decidir o que ganham, mas podem decidir o que gastam em investimento ou em consumo, logo são seus gastos que determinam sua renda, e não o contrário. Pelo princípio da demanda efetiva, a renda não é dada, mas é o total dos gastos que a determina. Conforme resume Possas, “a formulação mais simples é a seguinte: numa dada economia mercantil (…), em toda transação de compra e venda existe apenas uma decisão autônoma: a de gastar. Em conseqüência, todo gasto determina uma receita de igual magnitude. Por agregação, o total do gasto em um dado período contábil é sempre igual e determina o total da receita”.

159 - A característica dinâmica do modelo de Kalecki mostrou-se fundamental no desenvolvimento de sua teoria dos ciclos, em especial ao apontar a defasagem de tempo entre as decisões de investir, o investimento enquanto gasto e o aumento do estoque de capital.

160 - Mas, afinal, por que ocorrem flutuações bem comportadas? Como o ciclo explosivo não é padrão geral das flutuações econômicas, porque o “teto” dificilmente é atingido havendo capacidade ociosa e desemprego mesmo nos períodos de auge, e como dificilmente os coeficientes da equação do ciclo não são tais que provoquem ciclos com flutuações regulares, o padrão mais corriqueiro é de ciclos amortecidos sujeitos a perturbações aleatórias (...). É o investimento que, com suas oscilações, gera os ciclos econômicos e as crises periódicas. Nesse sentido, assim como para Keynes, também para Kalecki o sistema econômico, se deixado a suas forças puramente endógenas, não é capaz de crescimento contínuo, mas está inevitavelmente fadado a flutuações periódicas.

 

Isabela Nogueira - Distribuição de Renda e Salário Mínimo no Brasil:

161 - Tomando-se como referência o patamar de dezembro de 1994, o SM apresentou aumento real de 29,5% no primeiro governo FHC (1995-1998), de 10,0% no segundo e de 36,5% no primeiro governo Lula. Apesar da evolução positiva nos últimos 12 anos, a recuperação do valor real do SM ainda o posiciona abaixo da média dos anos 70 e a cerca de um terço do valor real na virada dos anos 50 para os 60.

162 - Economistas defendem que o valor real do salário mínimo pare de aumentar (2007), pois já tirou da extrema pobreza quem tinha que tirar. Aumentos adicionais não afetariam quem ficou lá na extrema-pobreza. Seria mais interessante gastar mais em políticas sociais focalizadas em vez de continuar esse aumento (acho que aqui ele sugere implicitamente utilizar os recursos advindos da economia com a previdência ou talvez de aumento da arrecadação de impostos sobre lucros).

163 - O que está acontecendo, afirma Sabóia, é que o salário mínimo tem se tornado menos “mínimo”: Ademais, o SM tem alterado sua posição na escala dos décimos de distribuição de renda: enquanto em 1996 ele se situava no segundo décimo da distribuição individual de renda, em 2005 ocupava a posição no terceiro décimo[4].

164 - Isabela defende a política de valorização pelos efeitos supostos na queda da desigualdade em relação aos estratos (décimos, que sejam) superiores.

165 - João Sabóia comenta embaixo: Terminei no início do ano mais um artigo sobre a relação entre o salário mínimo e a melhoria da distribuição de renda. Trabalhei nesse artigo apenas com os rendimentos do trabalho. Perplexidade entre 1995 e 2006 (ao que entendi): Na última década, o salário mínimo (SM) passou por um período de forte crescimento, ao mesmo tempo em que a remuneração média do trabalho sofreu queda. Foi verificado que o SM manteve sua representatividade enquanto referência mínima legal no período, sem que houvesse queda da parcela de pessoas ocupadas recebendo 1 SM. Apesar disso, houve aumento do percentual de trabalhadores abaixo do SM, usualmente pertencentes ao setor informal da economia.

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