Anarquistas - Textos Diversos XLV

 

Puydt - Panarquia:

921 - Texto de 1860. Seriam vários governos sem ninguém precisa se mudar. Simplesmente se submeteria/filiaria a algum deles. Os demais não poderiam dar qualquer ordem. Pretende, assim, defender a livre competição no terreno governamental. E cada um faz seu contrato com quem quiser.

922 - Diz que houve um tempo em que ninguém imaginou duas religiões se dando bem em um mesmo país, mas o progresso humano tornou isso possível. Acredita que o mesmo poderia ocorrer com os governos.

923 - Afirma que os contratos poderiam ter duração mínima de um ano. Isso não arruinaria os planejamentos financeiros de cada governo.

 

Razões Pelas Quais o Estado Precisa do Terrorismo:

924 - EUA primeiro apoiaram o Iraque e o Talibã contra o Irã e a URSS. Hoje, declaram que eles são os seus piores inimigos. Ou seja: o Estado age de modo terrorista, sempre que lhe convém.

925 - Todo Estado necessita de um inimigo interno e no exterior, para melhor controlar seus trabalhadores e justificar os cortes sociais e a exploração intensificada.

926 - Ademais, são aprovadas leis mais duras e de vigilância. Orçamentos militares são ampliados.

 

Rogerio Nascimento - Anarquia nas Humanidades:

927 - Professor de Antropologia.

928 - Proudhon foi o primeiro a utllizar o termo anarquia, segundo o texto. Criticava até o comunismo (“sistema de Luxemburgo”, dizia), por prever um Estado. Sua crítica ao capitalismo focava principalmente a questão financeira, digamos.

929 – Os pontos centrais de Proudhon: “o federalismo na política, o mutualismo na economia e o ideo-realismo como forma de escapar ao que denominava de “ideomania”.”

930 – Coloca que o positivismo, abraçado por boa parte da burguesia, pretendia abalar os dogmas e, consequentemente, o poder da igreja, colocando a razão e a observação científica como guias da nova sociedade.

931 - Warren, um anarcoindividualista, de certa forma, “exerceu papel fundamental na criação, junto com cerca de 800 pessoas, de uma comunidade chamada “New Harmony”, no estado de Indiana, nos idos de 1825”. Após dois anos de conflitos internos, concluiu que “o valor das mercadorias não poderia ultrapassar os custos de sua produção, estabelecendo o tempo individual de produção de cada mercadoria como critério básico da atribuição de seu valor. Nesta direção criou um “Armazém Eqüitativo”, para a realização destas transações”. (o texto não relata no que deu essa segunda experiência)

932 - Proudhon pretendia equilibrar as relações indivíduo-sociedade, afirma. A sociedade/coletividade é mais que mera soma de seus indivíduos (como querem os liberais), mas não é tudo que importa (como querem os “jacobinos”).

933 - … Assim, em Proudhon, o “capitalista retribui apenas o trabalho individual, ao passo em que se apropria da parte coletiva do processo produtivo, que cabe ao trabalhador”. É como se apenas somasse os “esforços individuais”. No seu livro mais famoso, o francês afirmou que a propriedade era um roubo. “Este roubo foi o que chamou de “mais-valia” e também “erro de conta”, uma vez o trabalhador individual não receber sua parte no trabalho coletivo do qual participou.”

934 - O Banco do Povo, além de crédito sem custo, faria funcionar o “a cada um segundo sua produção”.

935 - Quanto às associações, o produtor seria livre para entrar ou sair da associação e formar outras novas.

936 - Bakunin, embora concordasse com Proudhon em diversos aspectos, não gostava da ideia de “propriedade-posse” (individual sobre o que fosse de fato produto do próprio trabalho). Ou seja, era pela coletivização da propriedade. E abolição da herança, claro.

937 - A rejeição mesmo do salariato só vem com os anarcocomunistas. Idem para o mercado de trocas, não ser que estas se dessem de forma direta e a partir das necessidades, mas sem o “equivalente universal” (dinheiro).

938 - Kropotkin x darwinistas sociais: A seleção natural demarca a luta entre as espécies como fator próprio deste processo evolutivo. De outro lado, dentro de todas as espécies a solidariedade e a cooperação se apresenta como prática recorrente e, mais ainda, como o fator de progresso. Assim, dentro da espécie humana, esta dimensão da sociabilidade animal (a cooperação) tomou maiores proporções , sendo inadequado o enfoque centrado na idéia de conflito ou luta para o estudo das questões sociais.

939 - Anarquismo e educação: “O ponto de partida de uma educação deste pensamento como deste tipo de educação é a iconoclastia, onde nada deve ser poupado de crítica e de verificação rigorosa”. Por isso mesmo, eram perseguidas pelo Estado e pela Igreja, que não aceitava a razão como base do ensino. Prova foi o assassinato de Ferrer y Guardia em 1909.

940 - (Obs: o rodapé 3 tem inúmeras indicações de livros libertários que parecem ser interessantes)

 

Ronald Wright - A Civilização é Um Esquema de Pirâmide:

941 - Já fichei em “dados…”

 

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