Libertários - Textos Diversos XII
Especial Futebol e Política - Torcidas:
182 - É incorreto afirmar que há torcidas completamente racistas, mesmo que a maioria dos seus torcedores compartilhem com esse tipo de sentimento; por outro lado, há torcidas onde são completamente intoleráveis expressões do racismo, e isso acontece não por causa da ação político-conscientizadora das torcidas organizadas, mas pela composição étnico-racial dos torcedores em geral.
183 - Bem ou mal, muita torcida organizada tenta poder influenciar ou ter controle sobre algo que lhes parecem essencial em suas vidas - seu time de futebol.
184 - Por outro lado, mas ainda na Itália, existe uma politização de esquerda, por vezes organizadas diretamente para combater o racismo e o fascismo, chegando a formar organizações comunistas, como é o caso da torcida do Livorno, que leva bandeiras com imagens de Che Guevara e Antonio Gramsci, além de cantar “Bandiera Rossa” e preencher as arquibancadas com cânticos revolucionários e bandeiras vermelhas.
185 - Gaviões da Fiel, nascida em 1969, tem certa tradição de esquerda desde a luta contra ditadura. Faixas pela anistia em 1979, por exemplo. Além de conseguirem a saída do presidente/ditador do clube. Cita ainda o breve período em que a Gaviões apoiou o MST.
186 - Cita a torcida do Ferroviário e seu lema do “nem guerra entre as torcidas, nem paz entre as classes”.
187 - Relata mudanças dos cânticos sobre violência - como o “vou dar porrada, eu vou…”. Tudo para fugir da perseguição do MP.
Felipe Côrrea (PP) - Balanço Crítico Acerca da Ação Global dos Povos no Brasil I e II:
222 - Já fichei em “dados…”.
Graça Druck - Algumas Considerações Teóricas Sobre o Trabalho na Sociedade Capitalista:
223 - Deve ser de 2008.
224 - Trabalho em sentido filosófico: “capacidade que todo homem tem de transformar a natureza, de transformar a sua própria vida, de criar, de pensar, de refletir, de produzir”. É a busca para satisfazer as necessidades de sobrevivência.
225 - Além do sentido filosófico, o trabalho é histórico, logo, assume diversas formas. A forma predominante atualmente é o trabalho assalariado, forma histórica da sociedade capitalista.
226 - O primeiro momento da alienação é o estranhamento. Separar o produtor de seus meios de trabalho. No segundo momento, o homem é separado do produto do seu trabalho. Aqui, não produzem mais de acordo com as suas necessidades, com a sua vontade, com seus objetivos, mas de acordo com o objetivo dos homens que se apropriaram de seu trabalho a fim de acumularem riquezas. O último momento de alienação seria não se sentir mais capaz de produzir. Consequentemente, não se vêem mais como sujeitos de sua própria história.
227 - Força de trabalho não é trabalho, mas o potencial de trabalho. É isso que o capitalista compra.
228 - Mercadoria é o que é produzido para troca. Logo, nem todo produto é mercadoria. Não deixa de ser trabalho, porém. A questão é que produz valor “de uso” só, não o “de troca”.
229 - No feudalismo é bem claro quantos dias o trabalhador trabalha para ele mesmo e quantos dias trabalha para outra pessoa. No capitalismo, é nebuloso.
230 - Lucro e Mais-valia: É exatamente esse tempo excedente não pago pelo capitalista que está valorizando a mercadoria, que transforma o dinheiro investido pelos capitalistas em capital.
(...)
Henri Lefebvre - Da Teoria das Crises À Teoria das Catástrofes:
258 - Texto de 1978. Coloca que as insurreições e revoluções fracassadas (cita Kronstadt, por exemplo) resultaram na perda dos melhores elementos humanos e que isso é uma das causas da estagnação revolucionária.
259 - (A meu ver, até aqui, pág. “6”, fala de milhares de assuntos sem se fixar em um, sem desenvolver os porquês de cada pretensiosa afirmação)
260 - Defende tal teoria - com a qual tenho dificuldade em concordar: a crise e a guerra estimulam as forças produtivas, destruindo-as; retoma-se a acumulação com as suas contradições. Seriam equivalentes por eliminarem, cada uma a seu modo, os excedentes.
261 - Divide as crises em três (seguindo Marx): conjuntural (cíclica e de mera purgação do capitalismo…); estrutural (alcança até as superestruturas e reestruturam modos de produção) e revolucionária (quando um salto qualitativo se torna inevitável). O último caso se apresentou na Rússia czarista, em 1917; quase se deu em 1968 na França, em Portugal um pouco mais tarde, no Chile. A invenção de novas relações e de um novo modo de produção sempre fracassaram. A crise de 1929-33 passou do conjuntural ao estrutural conduzindo ao poder o fascismo e não a revolução proletária.
262 - Socialistas em 78: “Eles dependem do mercado mundial (ou antes dos mercados mundiais, tanto o de bens de consumo como o das técnicas de produção), o que legitima a sua derrota, a do seu “socialismo”.”
263 - (texto pouco claro em boa parte das passagens. Talvez demande alguma leitura prévia de obras do autor... ou talvez seja apenas meio ruim mesmo)
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