Anarquistas - Textos Diversos XLIII (Proudhon)
Proudhon - Advento da Liberdade - BPI:
880 - Considera que o homem só quer prestar serviços por satisfação, e não por ordem, e que essa intenção, em verdade nobre, é reprimida atualmente.
881 - Para Proudhon, o homem se liberta quando descobre “que seu verdadeiro chefe e seu rei é a verdade demonstrada; que a política é uma ciência, não uma astúcia; e que a função do legislador se limita, em ultima análise, à busca metódica da verdade”.
882 - A política é a ciência de liberdade: o governo do homem pelo homem, sob qualquer nome que se disfarce, é opressão.
Proudhon - Correspondência Proudhon – A.M. Villiaumè e Trecho do Programa Revolucionário de 1848:
883 - Cartas de 1856. Proudhon explica que diverge de diversos socialistas na área econômica. Por essas coisas que ele se proclamava socialista e ao mesmo tempo um “defensor da família e do lar, e adversário do comunismo”! Negar a propriedade era algo instrumental à abolição da miséria e emancipação do proletariado, seu verdadeiro fim, digamos. Ademais, dizer que a mesma é um roubo era mera conclusão, explicou Proudhon.
884 - Não é, portanto, que fosse contrário à propriedade sempre. Chegou a afirmar: Liberdade então, nada mais, nada menos. Laissez faire, laissez passer, no sentido mais amplo e literal; consequentemente a propriedade, assim que surja legitimamente dessa liberdade, é meu princípio.
885 - Quem é que não percebe que a organização mutualista de troca, de circulação, de crédito, de compra e venda, o fim dos impostos e tarifas de qualquer natureza que coloca fardos na produção e banimentos aos bens, irresistivelmente levam os produtores, cada um seguindo sua especialidade, em direção a uma centralização análoga a do Estado, mas na qual nenhum obedecem, ninguém é dependente, e todos são livres e soberanos?
Proudhon - Curtas:
886 - È igual ao anterior, só que em pdf.
Proudhon - Estudo de Mutualismo - BPI:
887 - O autor da tradução (acho) afirma que Proudhon até 1848 era mais socialista (defensor de certo tipo descentralizado de governo) que anarquista.
888 - No texto, Proudhon fala em três grupamentos sociais: os capitalistas/proprietários; os trabalhadores (sempre explorados, seja por meio da escravidão, servidão ou assalariamento); e os homens de talento, que agem como parasitas. Antes sacerdotes, depois clérigos e, agora, funcionários públicos… Apesar de tudo isso, diz que a sociedade se divide em duas classes. Os que trabalham e nada possuem e os que não trabalham e tudo ganham, digamos assim.
889 - O socialismo, para Proudhon, é fazer com que qualquer pessoa seja as três coisas ao mesmo tempo. Seria a única maneira de ser livre, de acabar com a opressão e exploração.
890 - Para Proudhon, tudo era uma questão de acabar com a usura organizando o crédito… Dizia que confiscar a usura de nada adiantava. Fala de associações operárias que já estavam colocando a ideia dele em prática (Paris e Lyon). O anarquista francês se diz, portanto, mero intérprete de um movimento real.
891 - E depois? Depois seria “só” ir vencendo pouco a pouco a competição capitalista… Recuperando o capital alienado...
892 - Diz que não quer crédito estatal. Estado para dar crédito tem que criar imposto. Ele toma e finge que dá.
Proudhon - Idéia Geral - Introdução (Caps 5 e 6) - BPI:
893 - Parte bem pequena. Introdução dos referidos capítulos. Qualquer dia na vida leio o livro.
894 - Defendeu que a ideia de governo estava oposta, mesmo na própria tradição política, à idéia de contrato, o único laço moral que seres livres e iguais podem aceitar.
895 - Sua ideia de revolução era, sobretudo: “fazer desaparecer o sistema político ou governamental no sistema econômico, reduzindo, simplificando, descentralizando e suprimindo, uma após a outra, todas as engrenagens dessa grande máquina, que é chamada de Governo ou Estado”.
896 - Defende que o povo deseja uma revolução pacífica, mas “de verdade”, digamos. Um rompimento real, mas que pareça mera evolução da antiga.
897 - Para defender sua ideia de “contrato”, usa muito Rousseau: “Ninguém deveria obedecer a uma lei a qual não consentiu”. Mesmo a lei da maioria não é legítima, para Proudhon. O sistema dos contratos substituiria o sistema das leis.
898 - Seria um contrato renovável sempre. Daria até pra chamar de “governo” nesse caso. O nome não importa. Importa é que seria justo assim, defende Proudhon.
Proudhon - Justiça, Administração e Polícia:
899 - Texto de 1851. Parece que também é um trecho do livro acima citado. Começa dizendo que a justiça surgiu pela imposição da força e não da consciência. Cita a justiça “exclusivista” (digamos) feudal.
900 - Que pacto fizestes com esses homens, para que vos arrogueis o direito de torná-los responsáveis por seus crimes, pelo grilhão, pelo sangue, pelo ferrete? Lá onde não há convenção, não pode haver, no foro exterior, nem crime nem delito. (...) Exijo o compromisso textual e recíproco, assinado por suas mãos, que pronuncia sua decadência: só encontro as prescrições cominatórias e unilaterais de um pretenso legislador, que não pode ter autoridade a seus olhos senão pela assistência do carrasco.
901 - Quando será possível haver justiça? Proudhon traz novamente a questão do contrato em substituição à lei. Um real pacto social. “quando cada cidadão tiver aderido ao pacto social; quando, nessa convenção solene, os direitos as obrigações e as atribuições de cada um tiverem sido definidos, as garantias intercambiadas e a sanção subscrita.” Até amigos farão a arbitragem… Serão os árbitros.
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