Anarquistas - Textos Diversos XLII
Noam Chomsky - As Oito Questões Sobre Anarquismo - BPI:
862 - Não irei tentar tratar disso aqui, exceto dizer que eu tendo a concordar com o importante escritor anarco-sindicalista e ativista Rudolf Rocker, que as idéias liberais clássicas foram destruídas na turba do capitalismo industrial, e nunca se recuperaram (estou me referindo ao Rocker dos anos 30; décadas depois ele modificou seu pensamento).
863 - Chomsky diz que não é o anarquista quem tem que dar proposta. São os poderosos de cada época que têm que demonstrar racionalmente a legitimidade da sua dominação e autoridade (de suas instituições), o que nunca fazem.
864 - Expandir a jaula (parece que tirou esse termo de visita ao MST): Às vezes, necessita-se até defender a jaula contra os piores predadores do lado de fora: a defesa do poder ilegítimo do Estado contra a tirania privada predatória dos Estados Unidos.
865 - Crê que o “como a sociedade deve funcionar” tem que ser respondido na prática/experiência, por mais que tenha algumas ideias e suposições, as quais não quis compartilhar conosco.
Noam Chomsky - Ótima Entrevista Sobre o Cenário Atual:
866 - Já li e fichei em “dados…”
O Que é Trabalho Socialmente Útil:
867 - É útil para o capital.
868 - Interessante que esse curto texto me fez pensar que boa parte das nossas atividades, quase todas as afetivas e comunitárias, por exemplo, não são “úteis”: se uma pessoa tem aptidões e deseja produzir coisas para si mesma e/ou satisfazer as necessidades de outras pessoas, sem intenção de vender ou trocar o produto de sua atividade, então o que esta pessoa faz não é considerado socialmente útil. Esta pessoa corre o risco de não conseguir sobreviver porque o que ela faz não é útil para o capital – isto é: não há exploração, nem lucros para serem acumulados.
869 - Quanto ao resto do texto, não sei de onde ele tirou a divisão maluca 94%/6%.
O Que Querem os Anarquistas:
870 - É um pequeno panfleto de propaganda.
Os Operários Não Querem Mais Trabalhar:
871 - Texto de 1970. Otimista quanto ao cenário da época na Itália. Afirmou que as lutas deixaram de ter como base reivindicação por melhorias, que no fundo eram um motor da produtividade, e passaram a negar totalmente o trabalho. (Verdade? Faltou dados que comprovassem).
872 - Mencionou que PCI e sindicatos, dia após dia, perderam forças para o movimento revolucionário .
Paulo Afonso - Tecnologia - Capitalismo x Anarquismo - BPI:
873 - Na anarquia, continuará havendo incentivo ao melhoramento tecnológico. O incentivo virá da necessidade de tornar o trabalho melhor e mais fácil e possibilitar a redução de horas dispensadas.
Poema - Espero Pelo Dia:
874 - Poesia de Francisco Trindade.
Polêmica Entre Malatesta e Makhno em Torno da Plataforma - BPI:
875 - Ao que parece, começou em 1927. Eu já tinha lido (e fichei alguns textos acima) a opinião escrita de Malatesta a respeito da “União”, mas aqui tem a resposta de Makhno e duas réplicas de Malatesta. Rodapé: “Nestor Makhno (1889-1934), revolucionário e organizador do exército guerrilheiro na Ucrânia (1918-1921), venceu o exército branco mas foi derrotado pelo exército vermelho de Trotsky. Conseguiu escapar e passou o resto de sua vida em Paris. Foi um dos autores da "Plataforma".”
876 - Engraçado que Makhno começa dizendo que tem a impressão de que Malatesta não compreendeu o porquê do militante russo defender tanto a responsabilidade coletiva… Pois bem, isso sempre me lembra as queixas de militantes - não apenas as feministas - de que “não entendeu o que eu quis dizer” costuma ser arrogância.
877 - Malatesta só aceita dirigir um movimento revolucionário pelo conselho e exemplo, daí sua divergência. O que o outro companheiro fará ou não, é uma questão interna dele.
878 - Malatesta: “Devemos - de todas as maneiras possíveis e de acordo com as circunstâncias e oportunidades locais - promover a associação dos trabalhadores, as cooperativas, os grupos voluntários, para evitar o aparecimento de novos poderes autoritários, novos governos, opondo-nos a eles com violência se necessário, mas acima de tudo tornando-os inúteis. E onde não houver consenso suficiente entre as pessoas e não pudermos evitar o restabelecimento do Estado, com suas instituições autoritárias e seus órgãos violentos, devemos nos recusar tomar parte ou reconhecê-lo, rebelando-nos contra suas imposições e exigindo total autonomia para nós e todas as minorias dissidentes.”
PP - O Embrião de Um Exército Anarquista, A História dos Comitês de Defesa da CNT:
879 - Já li/fichei em “dados…”.
.
Comentários
Postar um comentário