Anarquistas - Textos Diversos XLIV (Proudhon)
Proudhon - Manifesto Eleitoral do Povo - BPI:
902 - Texto de 1848, defendendo uma candidatura e alguns princípios.
903 - Grande parte dele já foi lida e fichada anteriormente, um pouco mais acima.
904 - Manifesta-se contrariamente a impostos progressivos, imposto sobre herança e outras limitações à propriedade. A única limitação é a usura.
905 - Mais: “Nós não queremos o imposto sobre os objetos de luxo porque isto seria aniquilar as indústrias de luxo; porque os produtos de luxo são a própria expressão do progresso; porque, sob o império do trabalho e com a subordinação do capital, o luxo deve ser acessível a todos os cidadãos, sem exceção. Por que, após haver encorajado a propriedade, nós puniríamos de seu gozo os proprietários? Nós somos socialistas, nós não somos invejosos.”
906 - Nós não queremos a expropriação pelo Estado das minas, canais e estradas de ferro: sempre é a monarquia, sempre o salariado. Nós queremos que as minas, os canais e as estradas de ferro sejam entregues às associações operárias, organizadas democraticamente, trabalhando sob a fiscalização do Estado, nas condições estabelecidas pelo Estado, e sob a sua própria responsabilidade.
907 - Propõe que o exército trabalhe em obras públicas.
Proudhon - O Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia - BPI:
908 - São trechos extraídos do “A Propriedade é um roubo”. O escrito, que tem o mesmo título do livro “Filosofia da Miséria”, não tem nada com o livro, mas sim, poderia ser sua breve introdução. Pelo menos assim isolados, não me disseram nada.
Proudhon - Princípio Da Associação - BPI:
909 - Ao que entendi, é o terceiro estudo do “Idéia Geral da Revolução no Século Dezenove”.
910 - Coloca que medidas que são mais produtivas costumam surgir naturalmente, sem depender de legislador ou pensador anterior. Como exemplo disso, dá o surgimento da ideia de troca que enriqueceu os comerciantes na história.
911 - A força coletiva total de uma indústria é maior que a soma da força individual de cada trabalhador separadamente. É um valor criado pela união. (Marx iria repetir isso no “O Capital”).
912 - Esses dois exemplos mais a competição, propriedade, etc., formariam o conjunto das chamadas “forças produtivas”. Seria a “Associação” uma dessas forças revolucionárias? Proudhon crê que não. Mais. Diz que pode ser maléfica já que coloca algumas amarras no trabalhador. A evidência maior seria o fato de a mesma não surgir “naturalmente”: Nunca, exceto apesar de si mesmo, e porque não pode proceder de outra forma, os homens se associam.
913 - E o que Proudhon está aqui entendendo por “associação”? associação, necessariamente implica obrigação, responsabilidade comum, fusão de direitos e deveres em relação a terceiros. Nivela todas as desigualdade. O fraco e o forte. O antigo e o recém-chegados. A ideia pode ser resumida na máxima de Louis Blanc: “De cada de acordo com sua capacidade. Para cada de acordo com suas necessidades”. Ele que usou pela primeira vez. 1839. Assim, conclui Proudhon, que a característica principal da “associação” é a união compulsória (o que ele defende é apenas a união voluntária).
914 - Associação formada sem nenhuma consideração econômica externa, ou um interesse dominante, associação feita por si só, como num ato de devoção, um laço familiar, como se assim fosse, é um ato de pura religião, um laço sobrenatural, sem valor real, um mito.
915 - Critica Fourier e Saint Simon com a seguinte provocação: “deixem os Utópicos acordarem de deus êxtases sentimentais”.
916 - O que Proudhon acha possível, mas que é bem diferente, é que vingue o princípio da reciprocidade: “De fato, como as necessidades de consumo são fixadas, se os produtores e consumidores entrarem em relações diretas, se eles se associarem entre si e se derem crédito, é claro que não haverá mais razão alguma para o aumento e queda de preços, a dissimulada e arbitrária depreciação que a especulação força o trabalho e a produção a se submeterem.”
917 - … Como usavam o “preço de custo”, tinha muito a ver com diversas medidas defendidas por Proudhon: “Gradual e pacífica abolição do capital; Criação do crédito gratuito; Garantia e recompensa justa do trabalho; Emancipação das classes baixas.” Porém, o filósofo acreditava que não tinham como se generalizar.
918 - Critica o fato de Louis Blanc ter invertido o lema da Revolução Francesa. “Igualdade! Eu sempre pensei que ela fosse um fruto natural da Liberdade, a qual não possui necessidade de teoria nem de restrições.” Defende também que a igualdade surge da devida organização das forças econômicas.
919 - Proudhon pergunta a Blanc: “Quem determinará a capacidade? Quem será o juiz das capacidades? Você diz que minha capacidade é 100: eu mantenho que é apenas 90. Você diz que minhas necessidades são 90: eu afirmo que são 100. (...) que garantia a sociedade terá de que o membro trabalhará de acordo com sua capacidade e que garantia o membro terá de que a associação irá recompensá-lo de acordo com suas necessidades?”
920 - Amaldiçoa Louis Blanc por ele ter introjetado fórmula tão absurda nas cabeças dos trabalhadores...
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