Econ - Textos Variados XLVIII
Economia da Informação (Stiglitz, Tem a Ver):
219 - O novo paradigma das tecnologias da informação é visto como baseado em um conjunto interligado de inovações em computação eletrônica, engenharia de software, sistemas de controle, circuitos integrados e telecomunicações (LASTRES & FERRAZ, 1999), que reduziram drasticamente os custos de armazenamento, processamento, comunicação e disseminação de informação (FREEMAN & SOETE, 1994).
220 - Metade do texto já e são quinze páginas que mais pareceram quase um “gerador de lero-lero”. Talvez em 2000 fosse interessante, por captar tendências que agora já são generalizadas. Porém, mesmo lá não sei.
221 - Trata superficialmente dos japoneses criando modelos em que há redes de conhecimento e enfatizando o “aprender a aprender”. Enfim, o texto é um grande “eu meio que já sei disso tudo, e daí?”. E tem nada de Stiglitz praticamente.
Economia Liberal Versus Socialista (Pela Direita):
222 - Paulo G. M. de Moura, cientista político. De um blog de direita.
223 - Menciona o socialismo de Alec Nove como o primeiro a tentar compatibilizar socialismo e mercado. Governantes e hierarquias permanecem aí. Seria a China? Não exatamente. Ele prevê também: pluralismo partidário, a realização de eleições periódicas, e a existência de um parlamento. O texto não dá maiores explicações porém.
224 - Bukharin previu o que chamou de fim da economia política. Do ponto de vista econômico, desapareceria a divisão social do trabalho e a desigualdade social característica da sociedade capitalista e, do ponto de vista político, desapareceria a clássica divisão entre governantes e governados, visto que todos seriam governantes. Sem interesses competitivos e conflitantes, extinguir-se-iam quaisquer direitos; a necessidade das leis, regras, e de mecanismos e de instituições que regulam a vida humana em sociedade, como o próprio Estado. Seria o fim da política. Governar resumir-se-ia a auto-administração das coisas. Na formulação de Bukharin: “A economia política é uma ciência da economia nacional não-organizada. Somente numa sociedade onde a produção tem um caráter anárquico é que as leis da vida social parecem ‘naturais’, ‘espontâneas’, independentes da vontade dos indivíduos e grupos, leis que agem com a cega necessidade da lei da gravidade.
225 - Nove e o problema da escassez na URSS: A competição, por sua vez, sob essas circunstâncias, causa distorções no sistema, geradas em função da burocratização do controle das informações sobre a gestão e distribuição desses recursos escassos, por parte de gestores do sistema, diretamente interessados no resultado da distribuição.
226 - Critica os economistas socialistas: tiveram que lidar com a realidade da dinâmica de mercado que, ao contrário do esperado por eles, não se enquadrou nos planos econômicos centralizados e comandados pelo Estado.
227 - A tradição marxista do planejamento econômico centralizado erra também ao referenciar-se predominantemente, senão exclusivamente, nos aspectos quantitativos, quando a lógica do mercado indica que produtos de melhor qualidade tendem a ter maior preço.
228 - O problema da divisão social do trabalho: Nem o próprio Marx, nem nenhuma das experiências do socialismo real, nem nenhum de seus críticos marxistas contemporâneos, conseguiu formular, descontadas proposições românticas e absolutamente irrealistas, qualquer alternativa transcendente à divisão social do trabalho tal como ocorreu na sociedade capitalista da época de “O Capital”, muito menos tal como essa se reorganiza e sofistica sob impacto da revolução tecnológica em curso.
229 - Não estou sabendo dessa iniciativa bem válida em tempos de app e que já pensei várias vezes: Economistas socialistas contemporâneos, ante a iminência da falência do socialismo real, chegaram ao absurdo de imaginarem a possibilidade de criação de uma espécie de simulação de um “modelo virtual e artificial de mercado” que, tal como um programa de computador, permitisse aos burocratas do planejamento central resolver o problema da impossibilidade do cálculo econômico que todos fazemos quando processamos nossas escolhas racionais ao buscarmos a satisfação de necessidades no mercado. Ludwig Von Mises destrói essas ilusão, passo a passo no livro “Socialism – An Economic and sociological analysis”.
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