Econ - Textos Variados XLIX
Economistas Propõem Renda Per Capita na Desigualdade:
256 - Economistas propõem método que calcula rendimento per capita da maior parte da população, o que reduz as distorções da iniquidade. Eu já tinha percebido a falha. O gráfico abaixo explica o motivo:
Eduardo Kamitani - A Crise do Capital na Visão de Ernest Mandel:
258 - Coloca que a capacidade de produção excedente só aparece quando o ciclo de expansão do investimento termina. É aí que dá pra ver se estavam nadando pelado, quando a maré baixa. Mandel reclama que geralmente só enfatizam esse lado conjuntural/cíclico da coisa. Como se uma crise tivesse apenas uma determinação. Afirma que a queda da taxa de lucro pelo aumento da composição orgânica (fator estrutural), por exemplo, está sempre aí.
259 - Os investimentos migram para a esfera improdutiva - valorização financeira ou “guerra”.
260 - Lembra que, para Marx, só há troca quando não há valor de uso para o vendedor de uma mercadoria, mas há nela valor de uso para o comprador. (Marx sabe que existe valor “subjetivo”, seus animais, só que é o valor-de-uso. Não há valor intrínseco. Faltou fazer os raciocínios de utilidade marginal, mas enfim, Marx não acha que as pessoas trocam coisas que têm o mesmo valor (de uso!) para elas. Sabe que são “valores-de-usos” diferentes. Só que a troca num sistema capitalista não se baseia em valor-de-uso, porque seria muito difícil comparar e porque ninguém é retardado. Usam o “valor de mercado” - cito essa expressão porque talvez fique mais fácil de entender).
261 - Riqueza e valor podem ser - e geralmente são - inversamente proporcionais: [...] “à crescente massa de riqueza material pode corresponder um decréscimo simultâneo da grandeza de valor. Esse movimento contraditório origina-se do duplo caráter do trabalho. Força produtiva é sempre, naturalmente, força produtiva de trabalho útil concreto, e determina, de fato, apenas o grau de eficácia de uma atividade produtiva adequada a um fim, num espaço de tempo dado. O trabalho útil torna-se, portanto, uma fonte mais rica ou mais pobre de produtos, em proporção direta ao aumento ou à queda de sua força produtiva” (MARX, 1983, p. 53).
262 - ...Não só o valor unitário de cada mercadoria, mas a própria massa de valor em muitos casos. Afinal, está aí a queda total do trabalho abstrato com as reduções de jornada até oito ou menos horas por dia e, mesmo assim - e talvez por isso -, aumento da riqueza. Na Alemanha se trabalha 1400 horas ano e na Grécia 2300.
263 - O que aumenta proporcionalmente é a massa de valores de uso fornecidas.
264 - Crise amplia a centralização e concentração. Capitais mais fortes compram os mais os mais fracos. Massa de lucro se expande. No mínimo ela. E às vezes isso gera eficiência suficiente - algumas demissões, por exemplo - para recompor superlucros também.
265 - O final tá cheio de coisa mal explicada sobre economia.
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