Econ - Evolução da Economia Baiana

 

Evolução da Economia Baiana:


310 - Resumão do nosso plantation:



311 - A pecuária, que se fixou no sertão baiano adquirindo grande expressão no final do século XVIII e princípios do século XIX, proporcionou as condições para a exportação de couros e solas.

312 - Detalhando o século XVIII: Para a Europa (Lisboa, Porto e Viana), a Bahia enviava açúcar, algodão, arroz, couro, sola, fumo, cacau, café, piaçava, madeiras de lei, etc. (...) Para a África (Moçambique, Angola e Guiné), a Bahia exportava fumo, aguardente de cana, rapé e zimbro, um pequeno búzio da costa sul da Bahia. Nessa via de comércio, incluíam-se as ilhas da Madeira, dos Açores e de São Tomé, para as quais a Bahia remetia feixes de açúcar, ferragens, tecidos grosseiros e tecidos europeus manufaturados. (...) Para o Rio Grande do Sul e portos do Prata, seguiam, de Salvador, artigos manufaturados vindos da Europa, açúcar, doce, sal e escravos africanos (Tavares, 1974, p.139)

313 - A partir de 1843, a descoberta de diamantes na região de Lençóis acrescenta um novo produto de exportação e surgem novas possibilidades com a produção do café e do fumo, essa destinada às casas exportadoras inglesas, francesas e alemãs. Na década de 1840, teve início o movimento pela industrialização da Bahia, começando pela indústria têxtil. Nas décadas de 1840, 1850 e 1860, são implantados, também, vários estabelecimentos de crédito na Bahia.

314 - Quedas nos preços do açúcar e do fumo prejudicaram a economia em boa parte da segunda métade do Século XIX a partir de 1873.

315 - De 1895 a 1925, os principais produtos de exportação da Bahia eram o açúcar, o café, o fumo, o cacau e o algodão. Cada um teve um período de liderança praticamente.

316 - Indústria têxtil baiana: não passavam de pequenas e médias oficinas artesanais.

317 - Até o início da década de 60, a economia da Bahia caracterizou-se pela produção de produtos de base predominantemente agrícola, como o cacau, sisal e fumo, dentre outros, voltados para a exportação. O cacau, que se tornou o principal produto de exportação da Bahia a partir de 1925, não foi capaz de desencadear a implantação de outras atividades econômicas que possibilitassem a diversificação da estrutura produtiva da Bahia.

318 - Entre 1970 e 1980, com financiamentos a juros subsidiados, isenção de impostos e incentivos fiscais com o aporte de consideráveis recursos públicos a fundo perdido oriundos dos organismos de fomento ao desenvolvimento do país, foram implantados os distritos industriais do interior e da RMS (o Centro Industrial de Aratu e o Complexo Petroquímico de Camaçari) e montado o parque produtor de bens intermediários concentrados nos segmentos da química/petroquímica e dos minerais não-metálicos.

319 - Na década de 90, começou a crescer na Bahia a indústria de papel e papelão, caracterizado por grandes empreendimentos produtores de celulose e papel no Extremo Sul do Estado com a entrada em operação da Bahia Sul Celulose e a implantação da Vera Cruz Celulose.

320 - Estrutura setorial do PIB baiano:



321 - A pauta de exportação também mudou bastante:



322 - O crescimento do PIB caiu de 9 para 2 após 1980. Pode-se dizer que o Brasil caiu junto, mas houve algumas oscilações particulares também:



323 - De 1996/ 1999, o PIB e o PIB per capita da Bahia deixou de crescer, isto é, estagnou.

324 - População ocupada por setor:



325 - Ocupação da força de trabalho:



326 - Na RMS é o seguinte:



327 - De 1992 a 1999, o décimo mais pobre da população baiana ficou ainda mais pobre. Em 1992, dividia 1,7% da renda apurada no Estado. Em 1999, passou a repartir menos ainda, 1,5%. (...) O décimo mais abastado da população elevou sua participação na renda de 46,7% para 47,1%, durante o mesmo período.

328 - Entre 1990 e 2000, o produto interno bruto do país registrou variação de 30,1%. Nesse mesmo período, a economia da Bahia cresceu apenas 26,6%.

329 - Números do IBGE 2000 pelo que entendi: Não bastassem os problemas de saneamento e educação, o IBGE revelou também que o rendimento médio mensal dos chefes de família na Bahia é de R$ 460, superior apenas a Alagoas (R$ 454), Maranhão (R$ 343) e Piauí (R$ 383).

330 - No mais, dá uma série de evoluções de indicadores sociais da Bahia abaixo inclusive do ritmo nacional.

331 - Exemplo menor: Ao contrário do que se poderia imaginar, a coleta de lixo em Salvador é péssima. Nas gestões dos prefeitos Fernando José e Lídice da Mata, o IBGE mostrava que a cidade ficava em último lugar entre as dez principais capitais brasileiras. Agora, continua se mantendo em último lugar. Até mesmo Fortaleza, Recife e Belém apresentam índices melhores.

332 - Menciona também o grau de miséria de alguns municípios: O município de Lajedão, a 882 km de Salvador, foi o que menos arrecadou impostos no último mês de dezembro. Somando-se os recursos oriundos do ICMS, ITV, IPVA e outros, foram arrecadados R$ 182,12.

333 - Planos: Havia a expectativa que não se realizou de que a indústria petroquímica viabilizaria no Estado da Bahia a implantação de indústrias menores locais a montante e a jusante. No entanto, essas indústrias a montante aconteceram em pequeno número e aquelas a jusante voltadas à produção de bens finais não foram implantadas fazendo com que os efeitos multiplicadores da indústria fossem menores do que o previsto. Essas indústrias de bens finais se instalaram sobretudo em São Paulo, principal mercado consumidor do Brasil.

334 - Não sei quem escreveu esse texto, mas há coisas até interessantes.

 

(...)


Comentários