Econ - Textos Variados LI
Ernest Mandel - O Capitalismo dos Monopólios:
305 - Importância dos bancos no processo de formação de cartéis, trustes/fusões e holdings: Têm interesse em evitar que os lucros desçam a zero, em virtude duma concorrência cortante. Intervêm pois para acelerar – e algumas vezes impor – a concentração e centralização industriais. (...) Desta forma, os bancos podem tomar iniciativas de formação de grades trustes.
306 - Onde a concorrência prossegue? No interior dos setores não monopolizados da economia, que continuam a ser numerosos. (...) Entre monopólios “nacionais” no mercado mundial, essencialmente pela via normal da “guerra de preços”. (...) Contudo, a concentração do capital pode avançar até ao ponto de, no mesmo mercado mundial, subsistirem apenas algumas firmas num ramo industrial, o que pode conduzir à criação de “cartéis internacionais” que entre si partilham esses merca.
307 - Coloca que a I Guerra tem muito a ver com as potências imperialistas jovens precisarem expandir seus mercados. São guerras conduzidas com fins de rapina, visando áreas de investimento de capitais, fontes de matérias-primas, mercado de escoamento privilegiados, e não guerras por um ideal político.
308 - Refere-se assim às consequências da crise de 1974/75: Do mesmo modo, a tese segundo a qual já não seriam os grupos capitalistas mais poderosos, mas os gestores, os burocratas, ou mesmo os tecnocratas e os sábios quem dirigiria a sociedade ocidental, não tem fundamento sem qualquer prova científica séria.
Esquerda, Direita e Liberalismo:
309 - Texto de 2005. Bem inútil. Eu ter salvado só mostra que quando eu tinha 19 anos achava que sabia muito menos do que realmente eu sabia. 1% de hoje talvez. Que em 2035 eu possa dizer o mesmo.
(...)
Fabiano e Esteves - Keynes e Kalecki, Convergências Sobre as Teorias:
335 - Aparentemente o texto é de 1995 e pode estar muito desatualizado quanto à crítica da economia, mas vamos lá.
336 - Estou achando tudo imensamente mal explicado. Talvez seja melhor ler Keynes. Metade do texto já e não entendi ainda qual a polêmica.
337 - Certo, tudo aqui a seguir é importante, mas qualquer investidor já sabe disso: Assim, pelo lado da demanda efetiva, à medida que se investe cresce o risco de o fazer acima do mercado, isto é, aumenta-se o risco de ficar com capacidade ociosa indesejada; e, pelo lado do financiamento, cresce o risco de se perder riqueza à medida que ou se desfaz de ativos líquidos próprios para efetuar o investimento, ou, então, se aumenta o endividamento da firma para a aquisição dos ativos fixos. Isto é obviamente o mesmo que dizer que se reduz a liquidez do portfólio.
338 - Keynes e Kalecki consideram que poupança não determina - ao menos sozinha - a taxa de investimento nem a de juros: a questão de se conseguir o financiamento, ou não, para o investimento se encontra na decisão dos bancos de abrir mão de liquidez. E afirma que Keynes reconheceu a anterioridade de Kalecki nesse raciocínio de que essa predisposição do setor bancário obviamente depende das expectativas destes em relação ao crescimento do mercado e quanto ao risco do empréstimo.
339 - … Daí, “há...uma estreita conexão entre o fenômeno do ciclo econômico e a resposta do sistema bancário ao aumento da demanda por dinheiro em circulação a uma taxa de juro que não seja proibitiva para a ampliação do investimento”(Kalecki 1983, p.41). Kalecki vai defender, assim, a estabilidade da taxa de juros.
340 - Um rodapé faz importante observação: Do ponto de vista do banco o empréstimo é a compra de um ativo menos líquido, o que eleva o risco à medida que mais do mesmo é adquirido.
341 - Ao que entendi, Kalecki - e depois Keynes - vê correlação positiva entre crescimento dos lucros e dos salários porque este último, pela sua maior propensão a gastar, diminui o hiato do produto em razão do aumento do consumo. Pode até ser, mas aí seria uma coisa bem limitada. A correlação seria também por “reduzir grau de monopólio”. Aí entendi menos ainda.
342 - Os neo-ricardianos vão chegar justamente onde pensei acima: Esta noção de longo prazo utilizada pelos neo-Ricardianos implica na exogenia da capacidade utilizada ou em uma taxa “normal” de capacidade no longo período. Nestes termos, o efeito positivo de um aumento salarial sobre o produto e o emprego conforme argumentado por Kalecki não seria possível, uma vez que, conforme esclarecido pelo mesmo, tal resultado é aplicado somente quando da existência de excesso de capacidade.
343 - A “solução” que o texto dá, a meu ver, não resolve nada. Coleção de curto-prazos? Pode ser um longo curto-prazo de hiato baixo do produto. E aí?
FAMOSAS Obras de Economia:
344 - Apenas dicas: Adam Smith; Alfred Marshall; Marie-Ésprit-Léon Walras; John Maynard Keynes; Michal Kaleck e Joseph Alois Schumpeter.
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