Econ - Fordismo, Toyotismo e Volvismo
Fordismo, Toyotismo e Volvismo:
345 - Texto meio antigo. 1992. Saiu numa revista de administração de empresas. Começa citando A nous la liberté. Filme de 1931 de René Clair. Parece bom. Embora o cara tenha spoilado.
346 - Metas. Organização e instruções claras e eficientes. Controlar e detalhar. Taylor.
347 - O problema é que isso gera um baixo grau de envolvimento e capacidade crítica.
348 - Coloca que Ford, mais do que a linha contínua de montagem, inovou com a simplicidade de montagem e intercambialidade das partes. Serve até para as máquinas, que passaram a estar em sequência lógica e fazer uma tarefa por vez. O trabalhador mal sabia que tarefa era a que o vizinho do lado executava. O operário nem tinha como ter perspectiva de carreira.
349 - Afirma que a falha de Ford - a centralização de todas as decisões -, nos anos 30, foi corrigida pela GM, que criou uma forma melhor de controlar companhias gigantescas, criando departamentos - marketing, finanças - e variedade de produtos de massa (cinco modelos de carro em vez de apenas o “Ford T”.
350 - Depois tudo entrou em crise. Mayo, Maslow e McGregor vão surgindo e criando o que seria o RH, a fim de sofisticar o método taylorista-fordista.
351 - Ministério da Indústria e Comércio do Japão concluiu pela necessidade de proteger o mercado interno e fundir as empresas locais. Havia relatório do engenheiro Toyoda previndo possibilidades de aprimorar o modelo fordista que ele visitou.
352 - Uma das mudanças foi que pequenos lotes de peças diferentes entre si se mostraram de fabrico mais barato que grandes lotes homogêneos. Adaptações se tornavam mais fáceis. Qualquer problema de qualidade era muito mais facilmente contornável.
353 - Tudo isso demandava operários motivados e bem treinados porém. Emprego vitalício, promoção por antiguidade e participação nos lucros se tornaram um clássico do modelo japonês.
354 - Qualquer operário podia parar a linha ao identificar um problema, o que era ruim no curto prazo, mas que no longo evitava “retrabalho”, como havia na Ford.
355 - Também houve uma mudança com os fornecedores que não entendi bem a diferença para o modelo fordista, mas o certo é que passaram a trabalhar no sistema de “Just In Time”, com redução dos estoques intermediários.
356 - Os especialistas em complexidade técnica não eram mais individuais de cada área, mas grupos sob liderança forte, integrando processo, produto e engenharia. Creio que para evitar ruídos de comunicação?
357 - Foram vinte anos para implementar todas essas mudanças, mas os resultados compensaram.
358 - Crítica:
359 - Coloca que o próximo rumo é o da auto-organização. Sistema projetado para aprender como o cérebro faz. Cada parte seria como um neurônio e suas múltiplas ligações. Os poucos sistemas centrais seriam inclusive independentes. Autonomia cada vez maior nas decisões. Fala-se em criar simultaneamente especialização e generalização. Fazer o todo em cada parte. Flexibilidade e capacidade de inovação sem que isso tenda ao caos.
360 - Na época, a Volvo era responsável por 15% do PNB sueco. Nível de ruído baixo e ergonomia são importantes para manter ambiente de trabalho saudável. Os operários não são mais, graças à informatização e automação, montadores de partes, mas sim construtores de veículos, que ficam prontos cada em duas horas (média do ciclo). Altíssimo índice de robôs.
361 - … O trabalho é organizado em grupos (nisso acho que imita o toyotismo pelo que entendi). Alta rotatividade (turnover), absenteísmo (falta de assiduidade no trabalho) e mão-de-obra estrangeira são marcas aqui. Os sindicatos fortes ajudaram a regular como seria o trabalho humano porém.
362 - Como funciona esse volvismo:
363 - Aqui lembrei parcialmente de Gustavo Fring em Better Call Saul:
364 - Treinamento também ganha outra importância:
365 - Sobre o futuro, alguns apontam que seria uma orquestra. Um maestro de trabalhadores individuais altamente especializados que precisam de leve coordenação. O texto, ao que entendi, crê que se parecerá mais com uma banda de jazz:
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FIM
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