Econ - Crítica a Friedrich Von Hayek e Ultraliberalismo
Crítica a Friedrich Von Hayek e Ultraliberalismo:
45 - Nem sabia desse passado dele: apaixona‑se pelas teses da Sociedade Fabiana, uma corrente reformista e socialista inglesa, criada Béatrice e Sidney Webb, e preconizando uma revolução espiritual. Paralelamente, é iniciado na filosofia de Ludwig Wittgenstein, principal «animador» do Círculo de Viena.
46 - Aulas com Mises: É o iniciador da crítica do planismo que, segundo ele, não pode constituir uma solução económica adequada devido à complexidade dos cálculos económicos e da falta de informação. Ainda sobre Mises: a Fundação Rockefeller e o National Bureau of Economic Research financiaram dois dos seus livros publicados em 1944.
47 - Coloca que sua única concessão era uma espécie de “renda mínima”. Não por razões de justiça social, que abomina, mas por razões pragmáticas. Reclama um rendimento mínimo «que seria apenas no interesse daqueles que se propõem ser protegidos contra as reacções de desespero dos necessitados».
48 - A ordem do mercado é espontânea e intervenções geram, no geral, desequilíbrios.
49 - O que importa pois principalmente, é a defesa do liberalismo económico. O liberalismo político é absorvido. E… Vale mais um regime não‑democrático que garanta a ordem espontânea do mercado do que uma democracia planificadora. (Acho que ele é explícito nisso e as porra. Não lembro).
50 - Próximo de Raymond Aron [6], que populariza as suas teses em França, considera‑se um «liberal intransigente» comprometido ao mesmo tempo contra o sovietismo e o fascismo.
51 - Criam encontros e organizações de divulgação do anticomunismo.
52 - O encontro de Milão não deu muito certo: Em 1955, o Congresso compromete‑se abertamente na via social-democrata; o sucesso do discurso inaugural de Hugh Gaitskell, líder trabalhista inglês, testemunha esta orientação. Para ele, o Welfare state é compatível com a democracia política, tese em perfeita contradição com as teorias austríacas de Mises. O quarto orador, Hayek, toma a palavra em nome dos ultraliberais e recorda que a propriedade é o único direito que vale a pena ser defendido, fazendo assim referência aos direitos sociais evocados por Hugh Gaitskell [9]. A conferência de Milão conclui‑se pela vitória ideológica dos «trabalhistas» e pela marginalização dos ultraliberais que se reorganizam nos think tanks, organizações encarregadas de converter as elites económicas à filosofia neoliberal.
53 - Esse era muito ouvido nos EUA da primeira metade do Século XX: De acordo com Walter Lippman, o colectivismo é a raiz comum dos totalitarismos fascista e comunista.
54 - O Colóquio Walter Lippman conduz a um projecto internacional de promoção do liberalismo. Lippman, Hayek e Röpke são encarregados de criar organizações nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na Suíça. 1938.
55 - Rodapé interessante: A Sociedade do Mont Pèlerin (1947) também foi financiada pelo William Volker Charities Trust. A organização instaurada por um rico grossista de Kansas City desempenhou um papel importante na construção de uma escola especificamente anti‑intervencionista; os créditos William Volker tornaram possíveis as transferências de Mises para a New York University Business School, de Hayek para o Committee on Social Thought da Universidade de Chicago e de Aaron Director para a Faculdade de Direito de Chicago. Dorval Brunelle, Hayek et Pinochet, Ultra libéralisme et terreur politique, conferência dada no dia 11 de Setembro de 2003.
56 - … Prega durante 25 anos no deserto, afirma o texto.
57 - O jovem professor Milton Friedman acompanha o grupo de economistas da universidade de Chicago (Frank Knight, George Stigler). Eles serão os principais artesãos da divulgação das teses hayekianas nos Estados Unidos.
58 - Entre 1957 e 1986, as fundações Relm e Earhart entregam 245.820 dólares à Sociedade do Mont‑Pèlerin.
59 - Em 1970, o IEA publica a tese quantitativa da moeda de Milton Friedman que constitui uma condenação radical da política monetária keynesiana. Friedman preconiza a redução dos défices do Estado a fim de controlar o aumento da massa monetária.
60 - Afirma que “Burke” e “Smith” se casam no thatcherismo.
61 - Finalizando sobre Hayek: Prova da sua hegemonia intelectual, recebe o prémio Nobel em 1974, depois vê-o atribuído a seis dos seus amigos ultraliberais: Milton Friedman (1976), George Stigler (1982), James Buchanan, Maurice Allais (1988), Ronald Coase (1991) e Gary Becker (1992).
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