Econ - Textos Variados XLIII


Crise - Leandro Roque (Mises) - A Recessão Nos EUA Acabou:

30 - Como funciona a divulgação do PIB trimestral dos EUA (expoente quatro): Primeiramente convém notar que a taxa de crescimento divulgada, de 3,5%, é um taxa anualizada, e não a taxa trimestral realmente obtida entre julho e setembro. Isso significa que a verdadeira taxa de crescimento ocorrida no período de julho a setembro (taxa trimestral) foi elevada ao expoente quatro (pois há quatro trimestres em um ano) para que assim tenhamos a taxa que teoricamente ocorreria no período de um ano.

31 - (Este texto é um clássico da análise errada miseniana. Em tese o crescimento era fake…)

32 - Critica o “keynesianismo” de Obama: Porque o governo americano, além de estar subsidiando as hipotecas, está dando também subsídios de 8 mil dólares para pessoas que forem comprar imóveis e que não tenham comprado nenhum nos últimos três anos. Detalhe: não importa que a pessoa já tenha um imóvel; se ela estiver há três anos sem ter comprado um, ela pode se qualificar para esse assistencialismo.

33 - Mão-de-obra, bens de capital e outros recursos que poderiam estar sendo utilizados em atividades mais produtivas, atividades que realmente criassem riqueza genuína, estão sendo desviados para atividades que nada mais são do que mero consumo de capital. Não se está produzindo nada que tenha sido genuinamente demandado pelos consumidores, não se está investindo em nada de longo prazo; está-se apenas desperdiçando capital em atividades de efeito temporário, atividades cuja única intenção é maquiar o PIB. (O capitalismo maquia PIB há no mínimo trinta anos então).

34 - Por fim, vale lembrar que, durante a Grande Depressão, o período entre 1934 e 1937 foi de crescimento consecutivo do PIB. A média de crescimento foi de 8,5% ao ano. Será que alguém crê que a Depressão acabou em 1934 só porque ali começou uma época de "crescimento"? (...) O fato é que após quatro anos de PIB crescendo a 8,5% ao ano, o desemprego estava em 15%. E disparou para 19% em 1938. (Pois bem, durante a gestão Obama foi caindo, sem cessar, de ano a ano).

35 - Os comentários ao texto são mais vexatórios ainda. O próprio Leandro comenta: Aluno aplicadíssimo - certamente o mais aplicado que já passou pela Casa Branca desde Lyndon Johnson -, Obama até agora vem seguindo a cartilha (pós) keynesiana à risca: imprimiu dinheiro sem medo, reduziu os juros a quase zero, gastou o que tinha e o que não tinha, aumentou o déficit orçamentário, estourou a dívida pública e transformou o governo em empresário, substituindo a "ineficiência" do setor privado pela onisciência governamental. (...) Sendo tão aplicado assim, qual o problema que os (pós) keynesianos teriam com ele? (...) Simples: a teoria keynesiana diz que suas intervenções econômicas trazem resultado já no curto prazo - isto é, crescimento econômico e queda do desemprego. Se Obama assumiu o governo em janeiro desse ano, 11 meses de keynesianismo em escala mastodôntica teoricamente já deveria ter surtido alguns resultados positivos. Mas houve algum? Não, pelo contrário. (...) O crescimento econômico ocorrido no terceiro trimestre, como já explicamos, é totalmente fictício e insustentável, tendendo a cair tão logo os estímulos sejam retirados. Já o desemprego... Ah, essa é a melhor parte. (...) Mas sejamos justos. Quem começou os pacotes de estímulo foi o próprio Bush. Obama simplesmente deu continuidade - numa apavorante reprise do que fez a dupla Hoover/Roosevelt, um disputando com o outro para ver quem era o mais intervencionista.

 

Crise - Não Chegou ao Fundo:

36 - Agora os erros da esquerda. Texto do GT da CLACSO. Parece que setembro de 2009 também. (...) a economia capitalista mundial se encontra longe de retomar o caminho do crescimento. (...) a maioria das estimativas indicam que se assistirá a um longo período depressivo, ou a uma recuperação muito lenta que no melhor dos casos permitirá alcançar, em mais alguns anos, os níveis de produção anteriores à crise e só em meados da década seguinte os níveis de emprego.

 

Crise - O Segredo do Milagre Económico da China:

37 - Afirma que o crescimento ininterrupto da China é pelos bancos não terem poder lá. Eliminação de incertezas. (Richard Wolff - economista marxista). O crédito não cessa.

38 - Porém…: Wolff pensa que o "milagre" da China é uma bolha que está prestes a estourar, com consequências catastróficas.

39 - Os EUA afundaram no que Rogers chama de "socialismo para os ricos". Big to fail.

 

Crise - Quando o Dólar Reanimar, o Mercado Quebrará:

40 - O título do texto (2009) fala por si.

41- O valor dos activos de risco subiu demasiado, demasiado cedo e demasiado rápido, comparado com os fundamentos macroeconómicos.

42 - Diz que os juros zero, sabe-se lá por quanto tempo, faz com que o mercado use esse dinheiro novo da economia para compra de ativos que rendem positivamente - tipo títulos de emergentes. Chama de “carry trade”. Parece o racional a ser feito, mas isso resolve a economia? Pergunta.

43 - Baseado em Roubini, diz que a alta dos juros no futuro colapsará todos os alvos do “carry trade” - ações, commodities, etc.

44 - Qualquer pessoa atenta ao mercado percebeu a correlação inversa entre as acções e o dólar. Quando o dólar esmorece, as acções disparam. Quando o dólar ganha força, as acções descem a pique. (É mesmo? Explique 2010 a 2020 então. Esses textos…)

 

Crise - União Européia, Dolar, BRIC:

45 - Olha a previsão para os próximos anos dos “desafios da UE” que o texto faz: Enfrentar a ruptura do sistema monetário fundado sobre o dólar e evitar deparar-se sem recursos diante da perspectiva de 1 EUR = 2 USD. (Realidade: 1 EUR chegou a valer quase 1 dólar em 2015. Na época do texto tava em 1,47 USD). Enfim, mais um texto que confunde flutuação com “novo normal”. Esse povo perde é tempo.

46 - Nem li o resto direito. Não vale a pena.

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