'Antonio Negri - Marx Más Allá de Marx' e 'A Sociologia das Finanças e a Nova Geografia do Poder no Brasil'
Antonio Negri - Marx Más Allá de Marx (Livro):
72 - Introdução. Segundo Harry Cleaver, Negri daria mais importância à luta de classes na análise do capitalismo. En esto, Negri difiere de otros intérpretes de los Grundrisse, tales como E. Hobsbawm o Roman Rosdolsky, muchas de cuyas posiciones desafía en el transcurso de este libro.
73 - Resulta obvio que Negri ha armado una interpretación de las principales líneas argumentales de Marx utilizando su propio proceso selectivo. Cleaver está mais interessado na dinâmica de “libertação” que na de “dominação”. Podemos dejar a los Marxólogos el debate acerca de si Negri interpreta exactamente lo que Marx quería decir. (...) Si Marx no quiso decir lo que Negri dice, peor para Marx.
74 - Fala da esterilização do marxismo: La fascinación de los marxistas con los mecanismos capitalistas de despotismo fabril, de dominación cultural y de manipulación de las luchas de las clases trabajadoras, los ha cegado a la presencia de un sujeto verdaderamente antagónico. La clase capitalista es el único sujeto que reconocen. Cuando observan la lucha de la clase trabajadora, suelen considerarla como una derivación del propio desarrollo capitalista. La auténtica dinámica del desarrollo capitalista es ubicada invariablemente entre las contradicciones " internas" que surgen entre los capitalistas en cuanto competidores.
75 - Coloca que a lógica dialética está na luta do capital para neutralizar a luta dos trabalhadores, sendo a destes, porém, portadora de uma lógica “não-dialética” (Marx que teria dito) tendo em vista o objetivo de acabar com o antagonismo. Não quer uma unidade de contrários.
76 - As leis do movimento são mais as leis do confronto e que geram um vetor resultante advindo das forças de vetores contrários.
77 - Es la continua presión de la clase trabajadora sobre el capital la que acentúa las contradicciones y crea las crisis. Cada vez que el capital responde a las demandas de los trabajadores expandiendo el capital fijo y reorganizando el proceso laboral, la clase trabajadora se recompone políticamente en un nuevo ciclo de lucha.
78 - Negri crê que os Grundrisse não permitem que se fale em período de transição. O capital deve ser eliminado. Negri ve como uno de los dos aspectos fundamentales de la lucha de la clase trabajadora a la lucha contra el trabajo.
79 - O livro inteiro deixei para ler ano que vem. Será um fichamento autônomo.
(...)
Homero e Rafael (Resenha) - Antonio Negri, Marx Além de Marx:
168 - Em 24 de agosto de 1857 o banco estadunidense Ohio Life Insurance and Trust Company decretou falência provocando pânico no mercado financeiro. Outras instituições se viram arrastadas no turbilhão, o que culminou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Longe de se restringir à Wall Street, o desequilíbrio acarretado pelo fluxo excessivo de metais preciosos provenientes da corrida do ouro no oeste, pelo crédito desmedido e pelas transações especulativas afetou as principais capitais europeias.
169 - Não vamos apregoar que cada um de nós possa, num texto, ler o que quiser; não obstante, muitas vezes, porque buscamos algo, podemos simplesmente deixar de lado outras coisas que lá estão mas que nós como que não queremos ver, ou porque não nos interessam, ou porque não se coadunam com nossas preconcepções – um pouco como sabemos que os chineses, cujas ideias cosmológicas não excluíam mudanças celestes, séculos antes de Galileu registraram o aparecimento de novas estrelas e manchas solares que eram “invisíveis” aos ocidentais presos ao geocentrismo.
170 - Afirma que Negri recoloca a luta de classes como motor (em vez do desenvolvimento das forças produtivas): Assim, por exemplo, num seminal trabalho sobre Keynes escrito em 1967, o filósofo busca demonstrar como a forma do Estado capitalista gestada ao longo da década de 30 tinha como causa primeira não a crise de 29, mas o medo disseminado na burguesia internacional de que a crise conduzisse a um novo 1917.
171 - Contexto do operaísmo italiano dos anos 70: conjunto de grandes e violentas manifestações, movimentos de autorredução de tarifas de serviços básicos, ocupações em universidades, ação de rádios livres, etc.
172 - Não estamos diante de um trabalho de hermenêutica marxiana que tudo concederia para, desinteressadamente, mais aproximar-se da “verdade” do texto. Definitivamente, não. Como acontecia ao Marx dos Grundrisse, o que move Negri a ler e estudar essa obra é um ímpeto alegre que jamais renega, antes se nutre, daquilo que é fundamental num comunista: o ódio de classe, a determinação de sabotar o inimigo, descobrir a comunidade que passa ao largo, subversivamente, da sociedade capitalista e que não objetiva senão a transformação social desde sua raiz.
173 - Menciona que há várias nuances de teoria do valor de inspiração marxista e que Marx possuía no mínimo oito textos diferentes sobre o assunto.
174 - Não curti muito a resenha. Dá a impressão de que o livro não traz novidade alguma pra mim. Tomara que eu esteja errado, pois pretendo lê-lo.
(...)
A Sociologia das Finanças e a Nova Geografia do Poder no Brasil:
80 - Já na abordagem da economia financeira, o ponto de vista é o do acionista, o qual, por definição, está sendo enganado pelos administradores profissionais, cujo interesse fundamental seria o de ganhar status e se enriquecer em detrimento da maximização do retorno do capital investido pelos acionistas.
81 - Na década de 80 (antes), dizia-se que a governança corporativa dava muito poder aos acionistas e levavam as corporações dos EUA a visarem o curto prazo, com fartas distribuições de lucros e dividendos, em vez de focar nos interesses estratégicos, como fazia as alemãs e japonesas. Depois, mudaram a visão sobre isso. A boa governança passou a ser vista como trunfo, que fazia os administradores levarem a empresa para onde realmente importa.
82 - E, ainda mais recentemente, salta aos olhos a hipertrofia do setor de empresas financeiras e bancos voltados para o segmento do crédito popular, que alavanca o consumo de indivíduos (e famílias?) de renda relativamente baixa, ainda que a taxas de juros inacreditavelmente altas, dificilmente toleráveis para outros grupos sociais. Nesse sentido, escutemos as palavras de Mario Werneck, diretor da Fininvest, uma das maiores financeiras paulistas especializadas no crédito popular, referindo-se às decisões de tomada de empréstimo de seus clientes: “Eles não pensam como nós” (Gazeta Mercantil, 2001).
83 - Coloca que aqui no Brasil foi o próprio PT, chegando ao poder, que legitimou o discurso e a propaganda da boa governança, firmando esse acordo com o mercado de capitais. Não detalhou muito.
84 - Muitíssima coisa mal explicada nesse texto.
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