Dados e Fatos (Brasil) - Parte IV

 

Indicadores Sociais do Brasil 2008 (IBGE Acho):

54 - São 280 pgs. Não lerei. Até porque muita coisa já mudou. Passarei o olho no que parecer mais importante.

55 - Urbanização de 83%. Fecundidade foi pra 1,95 filho. Era 2,54 em 1997.

56 - O número de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade, segundo os dados da PNAD 2007, representava 25,4% do total da população, enquanto em 1997 esse percentual era de 30,8%, uma redução de 17,5% nos últimos 10 anos.

57 - Expectativa de vida de 72,7 anos.

58 - Mortalidade infantil caiu de 35 para 24.

59 - Analfabetismo de 10,5%. Analfabetismo funcional caiu de 32 para 21%.

60 - A Taxa de frequência líquida (adequação com a idade) escolar tem subido em todos os estratos de renda, mas ainda é desigual, bastante. Na base (quinto) 1 de 5 tem-se uma taxa de 28% de adequação no ensino médio. O número sobe gradativamente e atinge 77% no topo da pirâmide (quinto 5 de 5).

61 - Pelo menos eram 15% em 2007. “em 2007, o País ainda conta com 8,4% das crianças de 7 a 14 anos de idade que não sabem ler e escrever.”

62 - O número médio de pessoas por domicílio caiu de 3,8 para 3,4. Domicílios urbanos são 84,8%. Brasillll somava 56,4 milhões de domicílios em 2007.

63 - O percentual de domicílios urbanos com rendimento médio de até ½ salário mínimo per capita em 2007 apresentou uma queda em relação aos anos de 1997 e 2002, passando de 25,5%, em 1997, para 27,4%, em 2002, e caindo para 19,4%, em 2007.

64 - Observa-se para o conjunto do País que as faixas que compreendem os rendimentos entre ½ e 2 salários mínimos concentraram o maior percentual de domicílios, passando de 48,8%, em 1997, para 49,1%, em 2002, e 53,3%, em 2007.

65 - Os domicílios segundo a condição de ocupação encontravam-se assim distribuídos: 73,6% próprios, 19,1% alugados e 6,8% cedidos. São 87% casas e 13% apartamentos.

66 - Água, esgoto e lixo. Coisas básicas. “Em 2007, a média nacional era de 62,4% dos domicílios urbanos com atendimento simultâneo destes serviços.” Eram 55% em 1997.

67 - Nas Grandes Regiões, ao se considerar a faixa de menos de ½ salário mínimo, verifi ca-se que na Região Norte apenas 9,8% dos domicílios urbanos eram atendidos simultaneamente por estes serviços. No Nordeste e Centro-Oeste, as proporções também eram muito baixas (30,1% e 34,8%, respectivamente), enquanto no Sul e no Sudeste eram mais elevadas (47,3% e 71,2%, respectivamente). Nas faixas salariais mais altas (acima de 5 salários mínimos) os resultados são consideravelmente distintos: no Centro-Oeste, o percentual era de 33,5%, enquanto no Sudeste atingia a 90,9%.

68 - A luz realmente chegou a 99,8%. Internet a 23% dos domicílios em 2007. Era 12% em 2002. Máquina de lavar roupa foi de 36 para 44% (97 a 07).

69 - Em 2007, 20,5% dos domicílios brasileiros informaram possuir, ao mesmo tempo, iluminação elétrica, telefonia fixa, computador, geladeira, TV em cores e máquina de lavar. Quando a este conjunto se inclui acesso à Internet, este percentual cai para 17,6%.

70 - Os resultados da PNAD 2007 mostram que a consangüinidade é o eixo principal de união das pessoas que vivem juntas: 88,6% dos arranjos são de pessoas com parentesco. Destes, 48,9% são do tipo casal com filhos, cujo peso vem se reduzindo devido, principalmente, à queda da fecundidade. Em 1997, este tipo atingia 56,6%, enquanto a proporção do tipo constituído por casal sem filhos cresceu, passando de 12,9%, para 16,0%, em 2007.

71 - Mulher sem cônjuge com filho é 17,4% das famílias.

72 - Morando sozinho - de 8 para 11%. 40% destes são idosos.

73 - “O valor médio do rendimento familiar per capita em 2007 ficou em torno de R$ 624,00. Entretanto, metade das famílias viviam com valores que ficavam abaixo de R$ 380,00, correspondente ao valor do salário mínimo do ano de 2007.”

74 - Renda familiar per capta até meio salário mínimo: “Em 1997, esse percentual para o conjunto do País era de 31,6%. Em 2002, manteve-se no mesmo patamar, mas se reduziu bastante em 2007, para 23,5%”.

75 - Cerca de 5,2% das crianças chegam aos 10 anos, idade adequada à 4a série, sem saber ler e escrever, e 85,6% destas crianças estavam na escola. Aos 14, alguns aprendem, e o índice cai para 1,7%. Isso inviabiliza o argumento do “caso perdido”.

76 - Os jovens de 16 e 17 anos que só estudam são 54%. O resto trabalha de alguma forma ou não faz nada de nada (3,3%). Aos 18 e 19, o número muda para 25,8% e o “nada” para 5,7%. De 20 a 24 anos, a coisa vai para 10,1% e 5% (“nada”).

77 - Considerando o grupo de 16 a 24 anos de idade (um contingente de 30,6 milhões), faixa etária que pode trabalhar legalmente, a taxa de atividade é de 67,1%, o que corresponde a 20,5 milhões de jovens. É importante esclarecer que, destes, 17,3 milhões estavam efetivamente ocupados e 3,2 milhões estavam procurando emprego, o que representa 11% deste grupo.

78 - … 70,1% desses jovens, no Brasil, trabalhavam 40 horas ou mais por semana.

79 - 5 a 15 anos. “As crianças trabalhadoras representam cerca de 6,6% da população de 5 a 15 anos de idade, que soma 37,9 milhões.” Os números têm caído bastante, é verdade. A atividade agrícola é quem suga metade e mais um pouco desses 2,5 milhões.

80 - O índice de envelhecimento (razão entre o grupo das pessoas de 60 anos ou mais e as menores de 15 anos de idade) da Rússia se destaca dos demais países BRICS. É 1,1 lá! Brasil é 0,3. China é 0,5.

81 - A LOAS melhorou muito a situação financeira dos idosos. Especialmente no NE.

82 - O convívio dos idosos com filhos ou parentes tem sido destacado como uma situação saudável e positiva para o seu bem-estar. No Brasil, 45% dos idosos viviam com seus filhos na condição de chefe do domicílio, sendo que nas Regiões Norte e Nordeste estes percentuais ficaram em 50%.

83 - Os idosos brasileiros com 65 anos ou mais de idade que continuam trabalhando eram 22,5% em 2007, sendo que 74,7% destes são aposentados.

84 - Os dados disponíveis mostram que em 1872, data do primeiro recenseamento nacional, a população de cor preta e parda alcançava 58% do total. Naquela época do Brasil Império, pela primeira e única vez foi incluída a distinção por condição civil da população recenseada. Assim, pode-se saber que enquanto mais da metade dos pretos encontravam-se na condição de escravos, quase 9 de cada 10 pardos foram identificados como livres.

85 - O incentivo à imigração europeia fez o número cair para 47% em 1890 e 36% em 1940. (Não sei se é o único fator não… Quem quer ser considerado preto numa sociedade racista ?)

86 - O mesmo talvez sirva para os indígenas. “De 1,3 milhão em 1890, o Censo Demográfico 1991 apenas contabiliza menos de 300 mil. Contudo, o crescimento destes povos é retomado no Censo Demográfico 2000, onde se verifica que sua população aumenta para mais de 700 mil, ou 0,4% da população total”.

87 - A distribuição destes grupos entre os 10% mais pobres e entre o 1% mais rico mostra que enquanto entre os mais pobres, em 2007, os brancos apenas alcançam pouco mais de 25% do total, entre os que estão na classe mais favorecida, eles representam mais de 86%. Por sua vez, os pretos e pardos são quase 74% entre os mais pobres e só correspondem a pouco mais de 12% entre os mais ricos.

88 - A análise da maternidade por grupos de idade revelou que a proporção das adolescentes de 15 a 17 anos de idade com filhos, em 2007, era, para o conjunto do País, cerca de 6,3%, mantendo-se nos mesmos patamares de 1997.

89 - As mulheres das áreas urbanas costumam apresentar um ano de escolaridade a mais que os homens, em média.

90 - Quanto ao percentual de pessoas na categoria de “dirigente”, costuma ser igualitário nos estados onde é baixo esse nível (tipo Sergipe, 2,5% para ambos) e razoavelmente desigual em estados com muito “cacique” (DF tem 9,6% para homens e 7,7% para mulheres). No MS é feião. 8,2 a 4,6%. Talvez pela propriedade da terra, geralmente masculina.


Retratos da Desigualdade de Raça e Genero - IPEA

118 - São basicamente os dados do PNAD 2007, que já logo acima, mas com foco nessa questão. Vou passar o olho para ver se algo mais tem que ser anotado.

119 - Ao longo dos últimos 15 anos, observa-se a manutenção da tendência de aumento na proporção de famílias chefiadas por mulheres, que passou de 22,3%, em 1993, para 33%, em 2007.

120 - 33,2% dos brancos possuem planos de saúde privados, enquanto apenas 14,7% dos negros estão na mesma situação.

121 - Previdência: Em 2007, de acordo com a PNAD, 76,1% da população idosa recebia algum benefício.

122 - Os dados de taxa de participação revelam, ainda, uma característica perversa: apesar de entrarem mais cedo no mercado de trabalho, os negros do sexo masculino também estão sobre-representados entre os mais velhos que permanecem ocupados. Isto é, os negros trabalham durante mais tempo ao longo da vida.

123 - Há uma série de dados que comprovam a discriminação racial e de gênero nos mais diversos aspectos imagináveis. Para desbaratinar qualquer “não é bem assim”.

124 - Esgotamento sanitário. 18% dos domicílios ainda não possuem. 8% não têm geladeira.

125 - Na questão da renda vem: homem branco; mulher branca; homem negro e mulher negra.

126 - “Já quando se examinam os indicadores referentes aos afazeres domésticos, saltam aos olhos as discrepâncias entre homens e mulheres. Enquanto, em 2007, 89,9% das mulheres com 16 anos ou mais anos de idade afirmavam cuidar de afazeres domésticos, somente 50,7% dos homens o faziam(...) Em 2007, enquanto as mulheres com 16 anos ou mais dedicavam, em média, 27,2 horas por semana a essas atividades, os homens responderam dedicar 10,6 horas, quase três vezes menos.”

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