Comparação de carga tributária e previsão de Schumpeter


Ótimos Dados BRASIL x EUA do Século XIX - Carga Tributária:

110 – Dados fundamentais para por fim à história de que os EUA se deram bem por terem um modelo estatal muito diferente do brasileiro.

111 - Monarquia ou não, a carga tributária no Brasil do século XIX não era muito maior que nos EUA. Antes da guerra do Paraguai, era de 7% do PIB, subindo para 14% durante a guerra e permanecendo alta nos anos seguintes, por causa das dívidas e compromissos que a guerra gerou. Em 1900, era de 10,5%, em linha com a da maioria dos países europeus (8% a 12%), em 1920, voltou a 7% e em 1930, 8,1%, em 1940, 12,5%. Em 1947 era 14%, em 1960, 17%. Só superou os 20% em 1967, com a ditadura militar e só ultrapassou os EUA por volta de 2001-2002, quando chegou a 33%, em consequência do boom da dívida interna a partir do Plano Real.

112 - “Quando se fala de carga tributária de 3% nos EUA, está se falando apenas dos impostos federais e esquece-se dos estaduais e locais. A carga tributária total dos EUA em 1890 era de 6,2% e em 1900 de 7,7%. Da década de 20 à de 50, a carga tributária dos EUA era superior à do Brasil: em 1923 era de 12%, em 1929, 14,4%, em 1930, 17,5%, em 1932, 33,9%, em 1936, 28,5% e continuou na faixa de 25% a 30% desde então. Dos anos 30 ao final do século XX, os EUA tiveram uma carga tributária maior que o Brasil.”

 

Schumpeter, Liberal, Prevendo o Fim do Capitalismo e Triunfo Socialista - Atalho:

113 - Trata-se de trecho do livro “capitalismo, socialismo e democracia”.

114 - Marx não estava “sozinho”: “Devemos mencionar ainda outro ponto antes de começar. A tese que nos esforçaremos por provar é que as realizações presentes e futuras do sistema capitalista são de tal natureza que repelem a idéia da sua derrocada sob os efeitos do colapso econômico, mas, também, que, por outro lado, o próprio êxito do capitalismo solapa as instituições sociais que o protegem e criam, inevitavelmente, as condições em que não lhe será possível sobreviver e que apontam claramente o socialismo como seu herdeiro legítimo. Nossas conclusões finais não diferem, por muito que possa diferir nossa argumentação, por conseguinte, daquelas a que chegam a maioria dos escritores socialistas e, em particular, todos os marxistas. Mas não é necessário ser socialista para aceitá-las. O prognóstico nada implica sobre a desejabilidade do curso dos acontecimentos que se predizem. Se um médico prediz que o paciente morrerá em breve, não quer isso dizer que ele deseje a sua morte. Pode-se odiar o socialismo, ou pelo menos submetê-lo ao crivo de uma crítica fria e, não obstante, prever o seu advento. Muitos conservadores previram e prevêem isso".

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