Citações e Passado da Direita - Parte I
A Melhor
Coletânea de CITAÇÕES TOSCAS da DIREITA!”
(e Escravidão):
1 - Tem também, no meio, vários trechos
sobre racismo e escravidão pra jogar por terra as teses de um bando de
“revisionista” aí ou sei lá o quê.
2 - Citações infensáveis de José Bonifácio… Mário Pinto Serva… Herbert
Lecy… General Sylvio Frota… George Fitzhugh… William Leck (desejando morte dos
“fracos”).
3 - Alexis de Tocqueville e suas declarações racistas - supremacia da
raça européia - e imperialistas sobre a necessidade desegradável de se
apropriar de mulheres e crianças de árabes na Argélia.
4 - Adolphe Thiers querendo um clero todo-poderoso por ensinar o homem
a sofrer e não a gozar. Também, mais à frente no texto, será encontrada a
célebre frase do mesmo Thiers sobre a necessidade de continuar a miseria, pois
só assim é possível aos ricos exercerem seu lindo espírito filantrópico.
5 - Thomas Robert Bugeaud,
marechal francês, autor de vários massacres na Argélia e feito duque d'Isly por
seus serviços na África:
Queixa a Adolphe
Thiers, presidente do Conselho, contra a educação do povo:
"A nação só
pode viver graças a um trabalho duríssimo que não deixe aos homens campos nem
oficinas, e nem tempo livre ou força para o estudo".
Anti-intelectualismo
em último grau:
"Mandem-me
os ideólogos à África, onde eu permaneço, para matá-los. Seria isso prestar um
bom serviço ao país".
6 - Roberto Campos e seu racismo: "São três as raízes da nossa cultura: a cultura ibérica, que é a cultura
do privilégio; a cultura africana, que é a cultura da magia; e a cultura
indígena, que é a cultura da indolência. Com esses ingredientes, o
desenvolvimento econômico é uma parada..."
7 - Contrastando com a norma de
aplicar de 100 a 300 açoites por pequenos crimes no Rio de Janeiro, não raro
seguidos de vários meses de trabalho forçado em grilhões, vem do Sul dos
Estados Unidos o seguinte relatório de crimes e castigos de escravos em
Richmond, Virgínia, em 1825: “Furto de três dólares, 20 açoites; três
cobertores, 15; quatro dólares, 25; vestido de algodão, 15 açoites; par de
botas, 39; leito de penas, 10.
8 - Pesquisas recentes confirmam
que, de 1810 a 1821, pouquíssimos brancos, e na verdade também poucos
não-escravos, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro. Leila Algranti
estudou 5.078 casos que caíram na jurisdição do intendente, de junho de 1810 a
maio de 1821. (...) Numa época em que quase a metade da população do Rio era
composta de escravos e não havia restrições ao tráfico transatlântico de
escravos, não admira que 80% de todos os julgados fossem escravos e que 95%
deles tivessem nascido na África. Outros 19% do total eram ex-escravos
(”forros”, denominação às vezes dada informalmente a negros não-escravos,
livres por nascimento ou alforria, mas nunca a brancos). Somente cerca de 1%
era de indivíduos livres que nunca tinham sido escravos (60 dos 4.776 casos em
que se pôde verificar a condição do acusado).
9 - Com a eliminação dos
capitães-do-mato na década de 1820, o controle da população escrava urbana
passou a ser compartilhado cada vez mais pelos senhores e o Estado. A tarefa
direta da punição disciplinar foi outra área em que se deu essa colaboração no
interesse mútuo de subjugar a população escrava. Na década de 1820, as
autoridades policiais continuaram a aplicar o açoite corretivo a pedido dos
senhores de escravos, cobrando uma taxa mínima de 160 réis por centena de
golpes, mais 40 réis por dia para cobrir os custos de subsistência, sem fazer
perguntas sobre o suposto delito. Uma relíquia da era escravista, que ainda
deve chocar o leitor moderno, é o livro em que se escriturou a receita
proveniente do pagamento desse serviço no ano de 1826. Naquele ano, um total de
1.786 escravos, entre os quais 262 mulheres, foram açoitados no Calabouço a
pedido de seus senhores, o que dá uma média de quase cinco por dia. A maioria
recebeu 200 açoites, enquanto alguns receberam 50 e outros, 400. Nesse ritmo,
os funcionários da prisão passavam várias horas por dia açoitando escravos.
10 - Célebre um caso de 1836 em que um juiz de paz se negou a intervir
no poder discricionário de um senhor espancar “excessivamente” seu escravo. Dá
pra imaginar quão branda era nossa escravidão.
11 - As condições de moradia dos escravos também eram quase sempre
precárias: “Walsh conheceu uma família de
seis pessoas em Botafogo que tinha cinqüenta escravos. Todas as 56 pessoas
viviam na mesma propriedade. A única maneira de um senhor abrigar tanta gente
era fazer os escravos dormirem em esteiras pelo chão da entrada, da cozinha e
de construções externas. Walsh relata que para se manterem aquecidos, os
escravos se enrodilhavam aos pés das escadas “como cães”. Essas práticas
contribuíam indiscutivelmente para a má saúde, quando tinham de dormir em áreas
infestadas por ratos e insetos que transmitiam moléstias fatais, ou em lugares
úmidos que aumentavam a suscetibilidade a doenças respiratórias.”
12 - “Alguns senhores que
despejavam lixo nas ruas e praças também não tinham escrúpulos em jogar fora
seus escravos agonizantes, em “um estado de perfeita nudez”. Quando visitou a
cidade em 1814, Schillibeer ficou horrorizado ao ver “tantos escravos mortos
nas ruas”. Quando pediu uma explicação, disseram-lhe “que quando doentes e
considerados sem recuperação, eles eram rejeitados por seus senhores, para
evitar despesas de um funeral, e jogados porta afora, quando suas vidas
miseráveis eram logo levadas a um miserável fim. Quando qualquer desses
cadáveres é encontrado (o que ocorre constantemente), um soldado é posto sobre
ele com uma caixa, e o corpo não é removido do local até quando uma quantia
suficiente seja deixada pelos passantes para custear as despesas decorrentes do
enterro”. Quando morriam os filhos dos escravos, uma prática comum era
abandoná-los à noite diante da porta de uma igreja para que fossem enterrados,
enquanto outros eram deixados na roda dos expostos. “
13 - A subnutrição era outra constante. Dietas claramente inadequadas
para o trabalho pesado. Alguns pratos eram farinha coberta de suco de laranja.
14 - Inglaterra. 1864. E uma publicação para a classe média escrevia
isto aqui: “Do garoto ou do homem pobre
inglês espera-se que ele se lembre sempre da condição na qual Deus o colocou,
exatamente como do negro espera-se que se lembre sempre da pele que Deus lhe
deu. Em ambos os casos a relação é a que subsiste entre um superior e um
inferior perpétuo, entre um chefe e um dependente: por maior que possa ser,
gentileza ou bondade nenhuma pode alterar essa relação".
15 - Theodore Roosevelt: "É
possível suprimir os sentimentos que agora animam uma grande parte do nosso
povo, prendendo dez dos seus chefes, colocando-os [...] contra uma parede e
fuzilando-os". Mais na frente há também uma frase do mesmo defendendo
o extermínio indígena.
16 - Secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, sobre vitoria de
Allende em 70: "Não vejo por que
razão havíamos de cruzar os braços, sem agir, ao vermos um país tornar-se
comunista devido à irresponsabilidade do seu povo".
17 - Stuart Mill criticando o falso igualitarismo americano. Não por
ser falso, mas por ser “igualitário”: "As
instituições americanas gravaram fortemente no espírito americano que qualquer
homem (de pele branca) é tão bom quanto qualquer outro; e sente-se que este
falso credo está intimamente ligado com alguns pontos mais desfavoráveis do
caráter americano. Não será um pequeno malefício se a constituição de qualquer
país sancionar este credo, visto que acreditar nele, de modo tácito ou
expresso, é quase tão prejudicial quanto qualquer efeito que muitas formas de
governo possam produzir".
18 - “Pedro de Araújo Lima, marquês de Olinda, 1867. O conselheiro de D. Pedro II expõe seu projeto para que a escravidão desapareça do Brasil ... naturalmente:
[Olinda] Defendia
a abolição do cativeiro "para todos os escravos indistintamente, e para
todos ao mesmo tempo". Mas logo perguntava: "E quando será isto
possível?" Para responder assim: "quando o número de escravos se
achar tão reduzido em conseqüência das alforrias, e do curso natural das mortes,
que se possa executar este ato sem maior abalo na agricultura e sem maior
estremecimento nos senhores".
19 - O trecho acima é sensacional por mostrar como se operam as coisas
na cabeça dos dominantes. Quando sua ideologias abre a brecha pra concordar com
necessidade de uma mudança (a abolição), esta tem que se dar de um modo que não
cause prejuízo a ninguém - ou seja, do pior modo possível para os dominados. È
quase a história do mundo e dos nossos tempos isso.
... (continua)
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