Marxistas - Textos Diversos XXVII - Em Defesa do Marxismo e da IV Internacional
Em Defesa do Marxismo e da IV Internacional:
380 - Eduardo Almeida Neto, da Direção Nacional do PSTU.
381 - O MES, corrente do PSOL, que recentemente rompeu com a Conlutas apóia o governo Chávez. Um dos motivos centrais para essa ruptura foi exatamente o fato de esses setores querem o atrelamento da Conlutas a Chávez.
382 - … Para tal corrente, a luta socialista na Venezuela ainda não é possível, pois, sem bloco soviético para protegê-la, deve passar, antes, pela etapa “antiimperialista”... Ou seja, o caminho é “mais longo do que se pensava” e o importante mesmo seria não parar de avançar (se estagnar, retrocederá)
383 - Robaína, dirigente do MES, critica a idéia de que o programa da revolução brasileira é necessariamente diretamente socialista.
384 - Eduardo faz a seguinte crítica: “Essa é exatamente a postura do stalinismo e da social-democracia: separar o “programa mínimo” (que está na consciência das massas), deixando o “programa máximo” (as reivindicações socialistas) para declarações nos dias de festa, para algum dia indefinido.”
385 - Tática: “Essas reivindicações devem ser associadas, na mobilização, a outras palavras-de-ordem transitórias que se choquem com a dominação capitalista. Por exemplo, numa luta por reajustes salariais, devemos questionar a política econômica do governo, fazer agitação política pela ruptura com o imperialismo e contra a exploração capitalista”.
386 - O MES afirma que, sem Chávez, não haveria o processo de ascenso das massas venezuelanas. Ele é tudo menos um freio deste, logo, deveria ser apoiado. Haveria um “governo em disputa” na Venezuela.
387 - Eduardo afirma que a última vez que dirigentes foram empurrados a expropriar a burguesia foi no fim da segunda guerra. Leste Europeu, China… Chegando a Vietnã e Cuba por último. Desde então isso parou de ocorrer e dificilmente ocorrerá novamente. Nicarágua… Angola… Nenhum o fez. E olha que eram levantes populares, não uma “burguesia bolivariana”, aponta. O próprio MES é obrigado a admitir: “o uso desse aparato para enriquecer uma casta que tem feito grandes negócios com base na corrupção e como comissionados pela burguesia”. (...) porém, é preciso construir por dentro porque não há alternativa por fora. Enfim, “como o chavismo tem peso de massas, sejamos chavistas”.
388 - Eduardo defende que é preciso saber estar em minoria quando um governo burguês ainda tem apoio de massas. Essa foi mais uma das lições dos bolcheviques, em 1917, diante do governo provisório. (...) Quando governos nacionalistas burgueses e de frente popular levam o movimento para derrotas inevitáveis, arrastam junto os setores da esquerda que capitulam a ele. O que sobrou da fortíssima esquerda peronista? Nada. O que sobrou do PCB após a capitulação ao governo de João Goulart? Quase nada.
389 - … Logo, é preciso organizar uma terceira força, dos trabalhadores. Caso essa alternativa não se organize, quem vai ganhar com o desgaste inevitável do chavismo será a oposição de direita.
390 - Acusa o MES de falsificar a história ao dizer que a unidade com os mencheviques antes de 1912 é parte do “modelo leninista”. Isso seria a pré-história do partido leninista. Foi aí que Lênin teria aprendido lições e reformulado sua ideia de partido realmente revolucionário. Chama o PSOL de reformista, pois os revolucionários são minoria numa frente reformista.
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