Marxistas - Textos Diversos XV - Curso Básico (PSTU)


Crítica a John Holloway - Atalho:

227 - Já li e fichei em “os libertários”.


Curso Básico de Marxismo (PSTU):

228 - Quinze páginas. É da Secretaria Nacional. A bibliografia tem Moreno, Mandel…

229 - Coloca a revolução neolítica como a maior da história humana. Excedentes pequenos não eram/geravam problemas, mas, em algumas sociedades, um grande excedente passou a ser concentrado pelos chefes militares ou religiosos.

230 - Excedentes permitem, também, que se alimente prisioneiros de guerra (que antigamente seriam simplesmente mortos). Estes passam a trabalhar para os vencedores. Está criada a escravidão. E talvez a possibilidade de aumentar os excedentes para sustentar sacerdotes, soldados, funcionários, reis e senhores.

231 - Como passa a existir uma classe dominante/opressora/exploradora, o Estado torna-se possível. Seu destino é manter a desigualdade.

232 - Classes sociais: as diferentes aspirações dessas classes nascem dos diferentes lugares que elas ocupam no processo produtivo, na produção e distribuição de bens materiais. (Como alguém pode dizer que isso não existe?)

233 - Define a pequena-burguesia, um setor muito numeroso que abrange o dono de uma pequena oficina, de um armazém, o camponês e o pequeno-produtor rural. Vivem sob a tensão de se tornarem proletariado. Logo, defende que são “cooptáveis” para a hegemonia da classe operária.

234 - A base da concepção materialista da história significa dizer que a mesma é fundamentalmente a luta dos que trabalham/produzem contra os que se apropriam dessa produção sem trabalhar. Enfim, a luta de classes é o motor.

235 - Define a luta política como uma das formas assumidas pela luta de classes, forma esta que visa “apoderar-se do Estado”. (bem limitada e rígida essa definição, deve vir mais do leninismo que de Marx)

236 - Passa a explicar a mais-valia, o tempo em que o trabalhador trabalha de graça para o patrão. Como já li “O Capital” (livro 1)...

237 - Em Engels, o Estado existe para que as classes, e seus interesses antagônicos, não se destruam. Ou seja, existe para manter a ordem.

238 - O Estado age de várias maneiras para beneficiar a burguesia. Age como capitalista individual total muitas vezes, digamos. Quando investe em infraestrutura, por exemplo, está reduzindo os custos de produção.

239 - Alegando defender interesses universais, o Estado realiza uma “segunda expropriação” que é o monopólio da justiça e da violência, que, no fundo, visa repelir ameaças à propriedade e à ordem estruturada. Repressão ou mesmo conciliação. (a meu ver, o Estado tende a ir pela primeira via. O problema é quando a classe trabalhadora diz que cansou do sistema injusto e vai quebrar tudo, tirar privilégios, aí o Estado opta pela conciliação, alargando concessões)

240 - A ideologia da conciliação é outra arma frequentemente usada pelo Estado. (Basta ver como as demandas e queixas de todos os problemas sociais parecem ser questões de ineficiência do Estado e não reflexos das contradições do mundo do trabalho)

241 - O parlamento nasce na Inglaterra como forma de dar representação aos “pagadores de impostos”. Boa parte das liberdades democráticas só foi arrancada na luta. … durante a maior parte da sua história, todos os países capitalistas, inclusive os que hoje aparecem como democracias burguesas estáveis, tiveram regimes anti-democráticos. O direito ao voto era limitado por vários critérios: renda pessoal, pagamento de impostos, escolaridade, os direitos mais elementares eram negados às mulheres e em alguns países eram descriminadas raças. (...) só tem havido período mais longos de democracia burguesa nos países imperialistas e em períodos de prosperidade econômica. (Mesmo assim, bem imperfeita)

242 - E as reformas? PSTU diz isto aqui: Entendemos que quanto mais amplas forem as conquistas das massas no campo da obtenção de melhorias parciais (reformas) tanto melhores serão as condições dos trabalhadores e seus aliados para lutar por seus interesses estratégicos.

243 - … Porém, não defendem que é o acúmulo de reformas que trará a revolução. Esta será um resultado final da organização independente do proletariado (e seus aliados).

(continua...)

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