Marxistas - Textos Diversos II


Alvaro Bianchi - Lenin e a Filosofia, Notas Para Uma Leitura Metodológica:

16 - Lukács: a totalidade concreta é a categoria fundamental da realidade. Por isso, se há alguma ortodoxia no marxismo, essa deve ter a ver com a insistência no método. O texto critica a insuficiência dessa explicação de Lukács.

17 - (A meu ver, em várias partes, o texto faz uma série de afirmações/teses sem explicar quaisquer delas. Ademais, continuo custando a entender a importância concreta de certas considerações)

18 - Lênin não acreditava em verdades abstratas e universais. Achava que isso não era dialético. Polemizou com Rosa sobre a guerra. Não se podia ser contra a guerra por princípio, mas contra “esta” ou “aquela” guerra. E as guerras dos movimentos nacionais contra o imperialismo? Lênin via valor.

19 - Para o autor do texto, essa recusa de Lênin a fugir do concreto significava a impossibilidade de dogmatismo.

20 - O concreto em Lênin: “A situação, como um entroncamento histórico particular de múltiplas determinações, é concreta na medida em que se afirmando no tempo presente é a única que se encontra aberta à ação do partido e que pode, portanto, ser por ele transformada.” A análise da situação concreta torna-se, assim, pré-requisito para uma ação planejada.

21 - Lênin acreditava que, para haver revolução, não basta “os de baixo” não quererem mais viver como vivem. Os “de cima” também não devem poder mais governar como governam.

22 - Lênin e alguns dos seus dezesseis elementos da dialética: “... (2) toda a soma das variadas relações desta coisa com as outras; (3) o desenvolvimento desta coisa (respective [ou] do fenômeno), o seu próprio movimento, a sua própria vida; (4) as tendências (e diferentes aspectos) internamente contraditórias nesta coisa; (5) a coisa (o fenômeno etc.) como soma e unidade dos opostos; ...; (9) não só unidade dos opostos, mas transição de cada determinação, qualidade, traço, aspecto, propriedade, para cada outro; (10) processo infinito de descoberta de novos aspectos, relações etc.; ...; (13) repetição num estádio superior de certos traços, propriedades etc. de um inferior e (14) aparente regresso ao velho (negação da negação); ... (16) transição da quantidade pra a qualidade e vice-versa.”

23 - O Capital de Marx, e a dialética da sociedade burguesa que ele contém era, para Lenin, um modo de exposição exemplar justamente por analisar, a partir da relação mais simples – a troca de mercadorias – “todas as contradições (respective [ou] os germes de todas as contradições) da sociedade contemporânea” e, a seguir, mostrar “o desenvolvimento (tanto o crescimento como o movimento) destas contradições e desta sociedade, no S [somatório] das suas partes singulares, do seu começo até o seu fim.”

 

Amadeu Bordiga - Carta a Karl Korsch:

24 - Outubro de 1926. Primeiramente, diz a este que a revolução russa foi proletária, e não burguesa como Korsch afirmava.

25 - (Muitos assuntos da curta carta demandariam um contexto daqueles anos, o qual não tenho no nível da carta)

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