Marxistas - Textos Diversos XVI - Curso Básico (PSTU)
244 - Lutar com as massas para educá-las, pois aprendem no cotidiano. Lênin em 1905: “Estas massas se educam através da prática, diante dos olhos de todos, à força de ensaios, de tatear, pondo-se à prova e pondo à prova os seus dirigentes... nada se poderá comparar jamais... a esta educação direta das massas e das classes no transcurso mesmo da luta revolucionária”
245 - Vimos nos pontos anteriores que um aspecto básico da concepção marxista do Estado é de que este não pode ser “ocupado” pelos trabalhadores para realizar a construção do socialismo, mas sim destruído e substituído por outro aparelho de Estado, que torne possível o exercício do poder pelos trabalhadores.
246 - A mobilização, na grande greve insurrecional inclui cooptar soldados para conseguir armamentos e se juntarem às milícias.
247 - Situação revolucionário (Lênin) é quando os “de baixo” não querem mais viver como antes e os “de cima” não podem continuar a governar como outrora. Porém, a situação precisa ser aproveitada. As massas têm que começar a organizar seus próprios poderes, gerando uma dualidade de poder que leva ao enfrentamento. Crises revolucionárias como esta ocorreram em diversos lugares e épocas desde a revolução russa: Alemanha em 1918-19, Hungria em 1919, Espanha em 1936-37, Chile em 1973, Portugal em 1974, Nicarágua em 1979, etc. Crê que as massas tendem a cair num canto de sereia. Assim, durante a crise revolucionária aparece com toda força a necessidade de um partido marxista-revolucionário que organize a vanguarda de classe e possa dirigir as massas
248 - Reivindicações minimas, sequer de direitos/liberdades democráticos, podem ter efeitos transicionais: “a consigna de paz (ou a de pão) na revolução russa (...) serviu para mobilizar as massas para a tomada do poder, porque o governo em crise não podia dar essas concessões”. (...) Nosso esforço deve centrar-se justamente em dar um caráter permanente às mobilizações das massas, porque só assim se elevarão à consciência superior de que devem tomar o poder por meio da revolução socialista.
249 - A tese deles sobre imperialismo/nacionalismo não tem base real alguma, que eu saiba: A presença do imperialismo se transforma em freio para o desenvolvimento capitalista destes países, de modo a que só seria possível desenvolver todas as suas forças produtivas com a liquidação da penetração imperialista e da exploração capitalista ao mesmo tempo. (Só se for o desenvolvimento relativo - e olhe lá, pois há indícios em contrário)
250 - (Citam estatísticas sem ligação com a afirmação anterior que pretendem provar… Enfim, há partes desastrosas neste irregular documento)
251 - (Supervalorizam claramente o papel do FMI. Nos países sem influência deste estão sendo aplicadas mais ou menos as mesmas políticas)
252 - O “Estado” proletário é bem diferente. O documento aconselha se guiar pela Comuna de Paris (salários de operários para funcionários, inclusive juízes, por exemplo). Ademais, a revogabilidade valia pra todo mundo. Os magistrados e os juízes eram eleitos e os eleitores podiam substituí-los em qualquer altura.
253 - Não sei o motivo, mas afirmam que Lenin compreendeu que, com o grande desenvolvimento da classe operária desde a Comuna de Paris, estes órgãos delegados, saídos em primeiro lugar das fábricas (mas, quando a luta se alargou, também dos soldados e dos camponeses), eram a forma em que iria funcionar o Estado operário.
254 - Afirma que o imperialismo permite que a burguesia possa cooptar setores da classe trabalhadora nos países imperialistas. Surge uma aristocracia operária que se torna a base social do oportunismo, defende.
255 - Afirma que a maioria dos trabalhadores só pode apoiar um partido revolucionário numa “situação revolucionária” (crise e tal…). Antes disso, não tem como. A ideologia burguesa (dominante) não deixa. Apenas podem aumentar influência e tal…
256 - Defendem o centralismo democrático.
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