Marxistas - Textos Diversos XIX
Daniel Delfino - Um Comunista na Disneylândia:
269 - Texto de 2003. Foi submetido, pelo chefe, a uma leitura obrigatória, fora do horário de trabalho, de um livro de auto-ajuda empresarial sobre os sucessos da Disney. Por sinal, o que reflete bem o quanto essa ideologia da competição (Você S/A) representa o avanço do capital - e o tempo que ele exige - sob todas as demais esferas da vida.
270 - Resumidamente, coloca a Disney como a venda do produto ilusão e fantasia. Um lugar fora do mundo onde tudo é lindo e solidário (cita a solidariedade em filas para com os casais em lua de mel). As pessoas sabe que estão consumindo um engodo, mas sua cota de fantasia é uma espécie de anestésico para o mundo lá fora. (São reflexões de Delfino. O livro tá “nem aí” pra isso)
271 - Obviamente, todos devem estar comprometidos com a ideologia da empresa e serem os melhores atendentes do mundo em seus postos de trabalho.
David Harvey - Capítulo IV do Espaços de Esperança:
272 - Prolixo, reclama várias páginas da indiferenciação geográfica na análise do capitalismo. Quer que se use um materialismo histórico-geográfico. Não chega a aprofundar as consequencias práticas disso.
273 - Diz que Deleuze e Guattari estão entre os poucos que abordam a questão da territorialização e reterritorialização, porém, para fazer isso, rompem com vários postulados do marxismo. Harvey crê que isso não é necessário.
274 - Afirma que Bretton-Woods começou a cair em 1968, mas teve diversas etapas, especialmente em 79 e 85.
275 - Ou, como observa um conservador descontente como John Gray (1998), embora “a Utopia do livre mercado global não tenha cobrado um preço em vidas da maneira como fez o comunismo”, “com o passar do tempo ela pode vir a rivalizar com ele no sofrimento que inflige”. Harvey traz essa citação logo após falar como o capitalismo tem tornado “permanentemente redundantes” grandes segmentos da população mundial.
276 - Fala que a redução de recursos naturais e as produções desiguais do espaço em âmbito mundial podem ser usadas pelo movimento socialista para renascer. Propõe a síntese das diversas lutas mundiais anticapitalistas e ainda divergentes.
277 - (O texto traz milhares de pontos, mas não vi muito aprofundamento. Podia detalhar/desenvolver mais suas ideias. Talvez eu tenha ficado um pouco no escuro por ser um capítulo de livro, mas desconfio que nem seja isso).
Decreto Soviete Sobre a Terra:
278 - Propriedade dominal da terra é abolida sem nenhuma indenização. Vender, comprar, arrendar, hipotecar… Nada disso pode mais.
279 - Incluiu tudo. Prédios… Benfeitorias… Ademais, qualquer espécie de dano causado aos haveres confiscados que, a partir de agora, pertencem a todo o povo, é considerado crime grave, a ser punido pelos Tribunais Revolucionários.
280 - Os lesados por essa revolução das relações de propriedade possuem apenas o Direito ao recebimento de auxílio social durante o tempo indispensável à sua adaptação às novas condições de vida.
281 - Todos os recursos da terra : minérios, petróleo, carvão, sal etc., bem como florestas e águas que possuam importância estatal geral, passam para o uso exclusivo do Estado. Todos os pequenos rios, lagos, bosques etc. passam para o uso dos municípios, sob a condição de serem geridos pelos órgãos locais de auto-administração.
282 - Fazendas de alto nível de desenvolvimento não serão partilhadas, mas sim transformadas em fazendas-modelo.
283 - Estabelecimentos de criação de equídeos, pecuárias públicas e privadas de raças, bem como viveiros de aves etc. ficam confiscados, sendo transmitidos ao patrimônio público, passando a ser de uso exclusivo ou do Estado ou dos municípios, segundo seu tamanho e importância. A questão da indenização nesses casos fica sujeita à apreciação, realizada pela Assembléia Constituinte.
284 - Camponeses e cossacos simples, possuidores de pequenas terras, não serão confiscados. Estabelece expressamente.
285 - O direito de uso da terra é concedido a todo cidadão russo que queira cultivar a terra de modo familiar ou em cooperativa. Não é permitido o trabalho assalariado.
286 - No caso de incapacidade laboral, persistente em até 2 (dois) anos, de um membro qualquer da comunidade rural, fica esta obrigada, durante esse prazo, a prestar-lhe auxílio por meio de cultivo coletivo da terra, até à restauração de sua capacidade de trabalho.
287 - Quem ficar incapacitado ou muito velhinho perde direito de uso e ganha pensão previdenciária.
288 - (Tem mais detalhes. Peguei só os pontos principais)
Desconhecido - Capitalismo e Cooperativismo - BPI:
289 - Já li e já fichei em outra pasta, só que o título era um pouco diferente. Creio que em “os anarquistas” mesmo.
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