Marxistas - Textos Diversos V

 

Antonio Negri - A Constituição do Comum:

49 - Inauguração de conferência, em 2005.

50 - Por que acha que vários conceitos “modernos” estão superados? Dá um exemplo: A soberania era um conceito que tinha seu próprio caráter absoluto. O Estado-Nação soberano era um Estado que se supunha uma independência quase absoluta, já que tinha a capacidade de fazer a guerra, de cunhar moeda de maneira independente ou de construir cultura de maneira isolada.

51 - Porém, diz que o que realmente caracteriza o mundo de hoje como “pós-moderno” é o fato de que todos os aspectos da vida estão integrados à lógica do capital. Não há mais um “refúgio”. (Não detalha).

52 - No fundo, o “comum” de que ele fala é simplesmente a autogestão que eliminaria qualquer barreira à capacidade humana de transformar o trabalho em algo criador e prazerosamente autônomo.

 

As Mentiras do Livro Negro do Comunismo:

53 - Já li e fichei em “dados…”, acho.

 

As Transformações no Mundo do Trabalho na Virada do Século XXI:

54 - São reflexões de um grupo de pesquisa de um doutorado em educação.

55 - No toyotismo, além do “just in time”, que quer o mínimo de estoque possível (ou seja, a produção é muito sensível à demanda), há outra grande marca: “Se na fábrica fordista aproximadamente 75% de um dado produto era produzido em seu interior, agora somente cerca de 25% é internamente produzido, horizontalizando o processo produtivo e transferindo a terceiros grande parte do que anteriormente era produzido dentro dela”. Portanto, como observou Antunes, há um enorme incremento do novo proletariado, do subproletariado fabril e de serviços, o que tem sido denominado mundialmente de trabalho precarizado. São os terceirizados, subcontratados, ‘part-time’, entre tantas outras formas assemelhadas.

56 - Afirma que o CQT - controle de qualidade total - é mais uma forma de controlar e cooptar os trabalhadores que propriamente uma preocupação com a qualidade do produto/serviço.

57 - Trabalho improdutivo; setor de serviços; proletariado rural; precariado e desempregados. Texto elenca, baseado em Ricardo Antunes, qual o sentido contemporâneo de “classe trabalhadora”. Necessário incluir essa galera e excluir os altos gestores.

58 - De 1960 a 1990, o Brasil assistiu a clara piora na, já ruim, distribuição de renda.

59 - Anos FHC: os assalariados com carteira cairam de 59,5% dos ocupados em 1989 para 44,7% no meio de 1999. Empregadores são 4,9% (99).

 

Augusto de Franco - Queda do Socialismo (1990):

60 - O autor na época era da Executiva Nacional e da Comissão Política do Diretório Nacional do PT e intencionava pensar o “socialismo petista”. Hoje é um conservador neoempreendedor de “redes”.

61 - Havia oito teses no último Congresso. Augusto destaca cinco. E apenas duas entram nas questões realmente operacionais/concretas.

62 - Tese (estratégia) da DS: um confronto de massas prolongado contra o Estado e o grande capital, uma 'guerra de movimento prolongada' onde a ocupação de posições está desde o início subordinada a esta estratégia de confrontação. Augusto critica que isso não rompe com a ideia leninista de “tomada de poder”. Ele quer algo mais gradual.

63 - A Vertente Socialista (VS) propõe construir um poder alternativo ainda dentro da sociedade capitalista. Enfim, disputar a hegemonia ideológica. Tal caminho estratégico implica construir novos organismos de controle e participação das massas para a disputa política - embriões de futuros órgãos de poder -, e, ao mesmo tempo, conquistar e constituir aparelhos de hegemonia da sociedade civil, captando ou formando os agentes capazes de fazer funcionários para a disputa ideológica.

64 - Augusto observa que não adianta conquistar o poder no plano institucional se não houver, ao lado disso, uma extensa rede de organismos extra-institucionais. Enfim, era fundamental, para ele, a conquista da sociedade civil. “Porque não se trata apenas, como pregou o leninismo, de criar um novo aparelho estatal para transformar a sociedade. Trata-se, também, de elaborar, difundir e realizar uma nova concepção de mundo das classes subalternas.”

65 - Como já estamos cansados de assistir neste século, uma ruptura deste tipo poderá ocorrer por diversos motivos conjunturais, que escapam ao controle do planejamento estratégico - guerra entre Estados, guerra civil, insurgência popular, comoção social -, sem necessariamente oferecer condições para a emergência de um novo poder e de uma nova hegemonia. A estratégia não pode, assim, tratar a ruptura como uma questão de princípio, nem como objetivo principal da luta revolucionária.

66 - Propõe, assim, uma rede articuladora de aparelhos de contra-hegemonia. O PT seria o “Estado-Maior” dessas múltiplas frentes de luta.

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