Marxistas - Textos Diversos XI (Che Guevara)
Charge Sacou:
151 - O capitalista só tem dinheiro porque vende (se apropria da) as mercadorias produzidas pelo trabalhador.
Che Guevara - Cuba Excepción Histórica o Vanguardia En La Lucha Contra El Colonialismo.:
152 - Che afirma que os imperialistas foram surpreendidos pelos jovens revolucionários. Não puderam reagir de imediato.
153 - Afirma que forças não-revolucionárias facilitaram, de alguma forma (até alguns latifundiários que ficaram neutros), o caminho revolucionário. Crê que isso não deva ser uma excepcionalidade da conjuntura cubana. Talvez seja exceção o fato de a classe burguesa se encontrar realmente desorientada em Cuba. Observou que houve quem visse o movimento com simpatia.
154 - Na maioria de Cuba, o campesinato se tinha proletarizado em virtude das exigências do grande cultivo capitalista semimecanizado. Isso ajudou a desenvolver consciência de classe, afirma Che.
155 - Deixa claro que seu primeiro exército revolucionário em Serra Maestra era composto de campesinos que queriam sobretudo a terra (espírito pequeno-burguês). O horizonte se encerrava aí. (Talvez Batista pudesse ter quebrado o ânimo destes com alguma reforma agrária/concessão, mas foi meio tapado)
156 - Afirma que os latifundiários, antes da revolução, não estavam tendo pudor em se aliar aos monopólios imperialistas.
157 - Diz que é comum a qualquer país da América Latina os salários cada vez mais baixos e desemprego. Não cita dados. Crê, porém, que isso leva à revolta.
158 - Alerta para o perigo de o imperialismo ter aprendido a lição com Cuba e que estará mais vigilante nos próximos anos para não ser pego de surpresa em nenhuma colônia ou país da América. Preparação militar e entrega de armas pelos EUA devem se tornar mais eficientes e frequentes.
159 - Observa que países que concentram sua população em grandes centros tornam mais difícil a eficiência da tática guerrilheira. Seria o lugar das maiorias parlamentares revolucionárias? Che crê que essa possibilidade é muito remota. Observa, porém, que cada situação pede um tipo de tática. A via eleitoral pode ter alguma utilidade. Focar só nisso é, porém, “imperdoável”.
160 - Observa que a burguesia nacional costuma temer mais a revolução popular que a concorrência imperialista, logo, não será aliada contra o imperialismo.
161 - Ademais, uma vez seja eleito um governo com programa de transformações, observa Che que as forças armadas certamente tentarão derrubar o novo governo.
162 - Países de população muito urbana dependerão de outros procedimentos para tomar armas. Será uma luta muito clandestina e de cooptação de grupos militares, pois estes possuem armas. Não dá pra tomar de assalto uma cidade grande. Ainda mais sem armas. O campo poderá, ainda assim, ser útil como foco central, sendo as cidades um apoio a essa luta (não entendi muito bem a explicação de guerra, mas ele afirma isso).
163 - Trata-se de uma aliança do exército inicialmente campesino, que cresce e toma as cidades, com a classe obreira.
164 - Diz que a revolução depende da “consciência da necessidade” e da “certeza da possibilidade”.
Che Guevara - Notas Para Estudio de La Ideología de La Revolución Cubana Con El Párrafo de Marx:
165 - Afirma que, assim como o caso da física newtoniana, Marx e Engels tiveram seus erros (cita seus julgamentos sobre Bolívar e suas passagens nacionalistas ou até racistas), como humanos que eram, mas servem como base necessária de algo que pode ser maior.
166 - Che coloca que lá no início das coisas a mentalidade era muito subjetivista. Ou seja, acreditava-se cegamente numa rápida e entusiasmada explosão popular e núcleos revolucionários espontâneos. (Por isso que começaram com derrota…). Ademais, o objetivo final da revolução seria a “honradez administrativa”.
167 - O exército rebelde começou a se tornar um catalisador.
168 - A tática se tornou a seguinte: “Entonces, ya se fueron estableciendo amplias relaciones con el campesinado: el Ejército Rebelde dictó sus códigos penales y civiles, comenzó a impartir justicia, a repartir alimentos y a cobrar impuestos en las zonas administradas.”
169 - Afirmou que os mercenários de Batista desistiriam assim que notassem a superioridade rebelde. Ao contrário destes, não estavam dispostos a dar suas vidas.
170 - Em todo este caminho, os revolucionários foram aprendendo sobre o campo (e artimanhas da serra) e perdendo a desconfiança nos camponeses. Agora, admiravam estes.
171 - A reforma agrária era a grande bandeira. Terra para todos.
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