Direitistas - Textos Diversos XXVIII - Direita e Esquerda - Perspectivas Para a Liberdade (Rothbard)
Rothbard - Direita e Esquerda - Perspectivas Para
a Liberdade:
298 - Texto de 1965.
299 - O
mito sustentava que o crescimento das monarquias absolutas e do mercantilismo
no início da era moderna foi necessário para o desenvolvimento do capitalismo,
desde que estes serviram pra livrar os mercadores e o povo das restrições
locais do feudalismo. Isto não é de forma alguma a verdade, o rei e seu
Estado-Nação serviram sim como um Senhor super-feudal, re-impondo e
re-enforçando o feudalismo, o qual estava sendo desfeito através do pacífico
crescimento da economia de mercado. O rei superimpunha suas próprias restrições
e privilégios monopolísticos sobre aqueles do regime feudal. Os monarcas
absolutos personificavam a Velha Ordem de forma mais evidente e despótica do
que antes. O capitalismo, na verdade, floresceu mais cedo e mais ativamente
justo naquelas áreas onde o Estado central era fraco ou inexistente: as cidades
Italianas, as Ligas Hanseáticas, a confederação da Holanda do século XVII.
300 - Coloca que a sociedade do contrato acabou
vencendo a sociedade do status, graças às revoluções, como a inglesa, americana
e francesa.
301 - Elogia o liberal Lord Acton, o primeiro
“Trotsky”, ao pregar uma revolução permanente: ... “Liberalismo é essencialmente revolucionário”, Acton observou. “Fatos
devem se render a idéias. Pacificamente e pacientemente se possível.
Violentamente se não”.
302 - Critica a aliança do liberalismo com o
juspositivismo-utilitarismo e esquecimento das leis naturais e faz mais esta
crítica: A segunda grande influência
filosófica no declínio do liberalismo foi o evolucionismo, ou Darwinismo
Social, o qual deu o último golpe na derrubada do liberalismo como uma força
radical na sociedade. O Darwinista Social enxergava erroneamente a história e
sociedade como um pacífico mar de rosas de evolução social infinitamente lento
e gradual. Ignorando o fato primordial de que nenhuma casta dominante na
história nunca entregou seu poder voluntariamente e que, dessa forma, o
liberalismo teve que fazer seu caminho por meio de uma série de revoluções, os
Darwinistas Sociais esperavam animadamente e pacificamente os milhares de anos
de evolução infinitamente gradual que levariam ao suposto estágio inevitável de
individualismo. Afirma que Spencer foi o grande símbolo dessa pelegagem com
o passar dos tempos, já que era um libertário e, portanto, à esquerda, diz.
303 - Vê o socialismo como um movimento confuso e
híbrido porque tenta alcançar fins
Liberais pelo uso de meios Conservadores.
304 - Surpreendentemente,
a máxima Marxista, a “substituição do governo de homens pela administração de
coisas”, pode ser traçada diretamente desde os grandes liberais Franceses do
século XIX, que eram radicalistas do laissez-faire, Charles Comte (nenhuma
relação com Auguste Comte) e Charles Dunoyer. Como também pode ser traçado até
esses liberais, da mesma maneira, o conceito de “luta de classes”; exceto que
para Dunoyer e Comte as classes inerentemente antitéticas não eram capitalistas
versus trabalhadores, mas os produtores na sociedade (incluindo capitalistas
livres [*7], trabalhadores, pequenos camponeses, etc.) versus as classes
exploradoras que constituem o Estado ou são privilegiadas por ele. Saint-Simon
em algum ponto da sua conturbada e confusa vida chegou a ser próximo a Comte e
Dunoyer e foi deles de onde ele tirou sua análise de classe, confundindo tudo
no processo e convertendo capitalistas dentro do mercado, assim como senhores
feudais e outros privilegiados pelo Estado, em “exploradores”.
305 - Coloca que socialista fabianos, lassalianos
e até marxistas viraram conservadores e esqueceram as metas libertárias. Seria
uma migração para o estatismo.
306 - Schumpeter e Rothbard viam o imperialismo
crescente como uma regressão do capitalismo.
307 - Historiadores
têm reconhecido há muito tempo a afinidade, e o amálgama, do Socialismo de
Direita com o Conservadorismo na Itália e Alemanha, onde a fusão foi absorvida
primeiro pelo Bismarckismo e então o Fascismo e o Nacional Socialismo – o
último satisfazendo o programa Conservador de nacionalismo, imperialismo,
militarismo, teocracia, e um coletivismo direitista que preservou e ate
cimentou o poder das velhas classes privilegiadas.
308 - … Imperialismo e coletivismo produzindo
alianças estranhas: o Fabianismo, na virada do século, era um Socialismo tão
conservadorizado ao ponto de estar proximamente aliado com outras tendências
neo-Conservadoras na vida política Britânica. O apoio de partidos
socialistas à I Guerra foi a gota d’água: Foi
em reação a este colapso que Lênin rompeu com a Segunda Internacional para
restabelecer o Marxismo revolucionário como um “revival” do socialismo de
esquerda.
(continua ...)
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