Chartier - Compilação de trechos
1 - O conceito de representação cultural é baseado em Roger Chartier. Compreendemos as representações como uma presença que aponta para algo/alguém ausente, prevalecendo uma relação entre exposição e ocultamento. (...) O conceito deve ser considerado como o que permite ver uma “coisa ausente, o que supõe uma distinção radical entre aquilo que representa e aquilo que é representado” (Chartier, 1990, p.20). (...) . Sendo assim, o significado central do conceito de representação é de trazer para o presente o ausente vivido e, dessa forma, poder interpretá-lo. (...). Podemos compreender melhor essa formulação ao observarmos a noção de signo elaborada por Santaella (1985, p. 12), a qual aponta que este: “[...] é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir uma outra coisa diferente dele. Ora, o signo não é o objeto. Ele apenas está no lugar do objeto”.
2 - Portanto, a legitimação de uma identidade passa pela desqualificação de outra. A representação pressuporia uma separação entre imaginário e mundo material.
3 - As representações “são sempre determinadas pelos interesses de grupo que as forjam. Daí, para cada caso, o necessário relacionamento dos discursos proferidos com a posição de quem os utiliza” (Chartier, 1990, p.17).
4 - Diz inclusive que as representações podem ser confundidas com realidade. Inclusive... Chartier (1990) considera que as lutas de representações têm tanta importância quanto as lutas econômicas, como maneira de compreender os mecanismos pelos quais um grupo impõe, ou tenta impor, a sua concepção do mundo social, os valores que são os seus, e o seu domínio.
5 - Muito difícil entender o que ele quer dizer além disso que está aí e qual a importância prática que não captei do debate, se é que há algum.
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