Anarquistas - Textos Diversos XXXIII e Makhno
La Banquise - A Internacional Situacionista:
625 - Texto de 1983. “O velho movimento operário, que desapareceu como rede social e foi substituído pelos órgãos de negociação, estendia-se a todos os aspectos da vida do proletariado. Hoje, os partidos e sindicatos são meros corretores, prestadores de serviços sociais e funcionam, em grande parte, como as administrações estatais.”
626 - Critica a IS: “Foi a relativa satisfação de "necessidades", realizada pelo capital nos últimos 150 anos (instrução, emprego, moradia), o que suscitou a passividade no comportamento. A concepção teórica do espetáculo como motor ou essência da sociedade é idealista.” O capitalismo tem mais a ver com o capital e sua divisão do trabalho que com o espetáculo, este é mais uma consequencia.
627 - Acusa a IS de ter apostado numa espécie de espetáculo contra o espetáculo, numa tentativa de manipular a mídia e a opinião pública mundial. Seria uma tática fadada, segundo o texto, a perder força rapidamente.
628 - (No mais, o (curto) texto tem algumas reflexões por demais abstratas a meu ver. Talvez eu já precisasse ter amplo conhecimento dos fatos a que ele faz referência)
Laurel Luddite - Isto é Anarco-Herbalismo:
629 - Galera do anarquismo verde. Propõe um novo sistema médico. Acho que não entendi bulhufas do debate. Fala bem das ervas medicinais e mal da indústria farmacêutica. Não entendi quais estudos comprovariam cada coisa.
630 - Parece pregar, ainda, que cada um cultive seus próprios remédios. Pergunto a mesma coisa. Como isso é mais eficaz?
Leon Tolstoi - A Violência das Leis:
631 - Se as leis representam, em Tolstoi, mera vontade dos que detêm o poder, como elas conseguem se impor? O povo não sabe disso? Quais os meios usados? Tolstoi responde: “pancadas, perda da liberdade e assassinato. Não há outro meio.“ A violência organizada, não a simples, adverte.
632 - Gostei da definição final: “As leis são regras feitas por pessoas que governam por meio da violência organizada, que, quando não acatadas, podem fazer com que aqueles que se recusam a obedece-las sofram pancadas, a perda da liberdade e até mesmo a morte”
Makhno - Anarquismo e Nossos Tempos:
633 - Texto de 1925. Defendia a união anarquista, com disciplina coletiva e direção concentrada. Certamente muito anarquista discordava dele. Se o nome é “partido” ou outro, não lhe importa muito, diz.
Makhno - Nossa Organização:
634 - Avalia a revolução na Ucrânia. “a ausência de uma grande organização específica, que contraponha suas forças vivas aos inimigos da revolução, tornou os anarquistas incapazes de assumir uma função organizativa.” Diz que essa grande organização central deve inclusive ajudar a realização do anarquismo depois da “guerra”, digamos assim. Dá poucos detalhes de como seria isso.
Makhno - Sobre a Defesa da Revolução:
635 - Chamava de “Plataforma da União Geral” sua proposta de juntar os anarquistas tudo, digamos. O texto é de 1927.
636 - Os bolcheviques sabotaram as forças autônomas da Ucrânia, organizadas em “regimentos e brigadas, coordenadas por um estado-maior operacional comum”. Para atingir esse objetivo, os bolcheviques não desdenharam nenhum meio, chegando à sabotagem direta do apoio que haviam se comprometido a fornecer sob a forma de munições e de obus; isso, no exato momento em que nós desenvolvíamos, sobre toda a nossa frente, uma grande ofensiva, cujo sucesso dependia sobretudo da potência de fogo de nossa artilharia e de nossas metralhadoras, e quando era grande nossa escassez de munições.
637 - Makhno diz que ou é assim ou nada. Não dá pra dispensar tal “estado-maior”.
Makhno - Sobre a Disciplina Revolucionária:
638 - Autodisciplina. Diz que faltou isso nos anarquistas russos durante a revolução. Uma parte denunciou a “degeneração”, digamos assim, e foi fuzilada. Outra tomou cargos neste governo repressivo. E outra se satisfez em ocupar as residências burguesas e viver no conforto.
639 - Isso permite contentar-se com belas frases e grandes pensamentos, omitindo-se no momento de agir.
.
Comentários
Postar um comentário