Anarquistas - Textos Diversos XVII


Edgar Rodrigues - Uma Idéia Anarquista:

329 - Texto de 1975. Abstrato.

 

Edson Passetti - Percursos Anarquistas:

330 - É um cientista político. De 2004, o texto.

331 - Para muitos (inclusive Woodcock, afirma), o anarquismo parecia morto após 1936. Porém, identifica certo “revival” no fim do século XX. Menciona a presença maior de anarquistas em CCS e universidades e cita isto aqui: “No mesmo período ganha projeção a Soma, uma terapia anarquista e seu idealizador o escritor Roberto Freire, divulgando com seus livros as práticas anarquistas”. Também menciona o lançamento de editoras.

332 - O texto não faz a mínima questão de se comunicar. Linguagem empolada, não sei se para esconder falta de conteúdo ou, na boa hipótese, por tratar de conceitos que demandam uma leitura prévia. Enfim, acho que não valeu a pena.

 

Edson Passetti - Voto Obrigatório e a Ditadura da Maioria:

333 - “Os governantes esperam irrisórias alterações significativas, mantendo sua eficiente educação que faz jovens e adultos acreditarem que votam livremente, mesmo quando coagidos.

 

Emile Henry - Defesa de um Terrorista - BPI:

334 - Escreve para dar satisfação (não ao tribunal). Texto de 1894. Virou anarquista em 1891. Após sua conversão, eclodiu a greve dos mineiros. Os socialistas entraram para poder acalmar uma greve que começou com o seguinte nível de radicalidade: “Os escritórios e prédios da mina foram invadidos por uma multidão de gente cansada de sofrer sem protestar; revoltados, os operários estavam prestes a justiçar o odiado engenheiro quando os mais medrosos decidiram interferir”.

335 - Os socialistas travaram a ação direta e violenta - especialmente contra as máquinas - para assumir a organização da luta, arrecadando fundos para que resistissem à greve por semanas. Quando o dinheiro acabou, voltaram ao trabalho. Portanto, o autor os culpa pela derrota.

336 - Como não deu em nada, o que o autor resolveu fazer? Apresentar aos acionistas e burgueses outro tipo de luta e argumento, o da dinamite: “Ao mesmo tempo, desejava fazer com que os mineiros entendessem que só há um tipo de homem capaz de se preocupar sinceramente com os seus sofrimentos e dispostos a vingá-los: os anarquistas. “.

337 - Vítimas inocentes? Apenas burgueses habitavam os edifícios.

338 - A outra bomba foi uma resposta a “caça indiscriminada” aos anarquistas pelo governo francês após uma explosão num palácio. Aboliam o direito de reunião, apreendiam materiais, faziam flagrantes forjados etc. Um Ministro do Interior defendia abertamente implantar o terror entre os anarquistas. Guilhotinaram um anarquista que nunca havia matado alguém. O autor, revoltado, decidiu que era hora de caçar os caçadores. Bomba no café. Mas e a clientela? Afirma que é gente que (embora não sejam todos da burguesia) odeia o povo…

339 - “Não pouparemos as mulheres e crianças burguesas porque as mulheres e crianças daqueles que amamos também não foram poupadas.”

340 - (Eu entendo o sentimento dele, mas discordo das ações).

 

Emma Goldman - Anarquismo, O Que Realmente Significa:

341 – O anarquismo, para ela, vem para harmonizar os instintos individuais e sociais. Ambos essenciais.

342 – A ideia de que o anarquismo não segue a “lei natural” é engraçada, se for pensar bem. Então o Estado existe para que as pessoas possam seguir as ordens da natureza? O que naturalmente seguiriam... O Estado é indispensável à natureza? Estava escrito?

343 - “A desculpa mais absurda para a autoridade e a lei é que elas servem para diminuir o crime. À parte do fato que o Estado é em si mesmo o maior criminoso, rompendo toda lei escrita e natural, roubando na forma de impostos (...)”.

344 – Pobre natureza humana, que crimes horríveis cometeram em teu nome! Todo tonto, desde o rei até a polícia, desde a pessoa mais cabeça fechada até o ignorante sem visão da ciência, presume falar com autoridade da natureza humana. Quanto maior for o charlatão mental, mais definitiva será sua insistência na perversidade e debilidade da natureza humana. (...) Com a natureza humana enjaulada em um estreito espaço, chicoteada diariamente até a submissão, como podemos falar de suas potencialidades?

345 - O sufrágio universal deve a sua existência à ação direta. Se fosse não pelo espírito de rebelião, de desafio por parte dos pais revolucionários americanos, seus descendentes ainda estariam sob o abrigo do Rei. Se não fosse pela ação direta de um Juan Brown e seus camaradas, a América estaria comercializando a carne do homem negro.

 

Emma Goldman - O Indivíduo na Sociedade:

346 - Defende que, historicamente, a autoridade nunca serviu para impulsionar qualquer progresso. É o indivíduo, e não o governo, o responsável pelos inventos. E a sociedade? Uma abstração. Um amontoado de indivíduos, segundo ela.

347 - Sobre a pré-história: “A sociedade humana desta época não era um Estado mas sim uma associação voluntária onde cada um beneficiava da proteção de todos”.

348 - Segundo ela, “Kropotkin mostra que no reino animal como na sociedade humana, a cooperação - por oposição ás lutas internas - opera no sentido da sobrevivência e da evolução das espécies.”

349 - Faz uma acusação ao marxismo (espantalhizado, a meu ver), de que não daria nenhum valor a “ideia” em si mesma.

350 - De todas as teorias, a Anarquia é a única a proclamar que a sociedade deve estar ao serviço do homem e não o homem ao serviço da sociedade. O único fim legítimo da sociedade é o de acudir ás necessidades do indivíduo e de o ajudar a realizar os seus projetos.

 

Comentários