Anarquistas - Textos Diversos XV

 

Contra a Democracia:

287 - Critica a origem nefasta da democracia, na Grécia. Após os seres humanos descobrirem a possibilidade de enriquecerem através do comércio, proclamando reis e comandantes de guerras e pilhagens e escravizando pessoas para trabalhar para poucos, os gregos tiveram novas bases materiais e ideias a elas correspondentes. Melhor explicando…

288 - Os comerciantes atenienses, por exemplo, trouxeram para a Grécia as experiências políticas dos comerciantes fenícios que se reuniam em assembléias e cujo funcionamento tinham observado em seus afazeres mercantis. No início do ano 700 A.C., já haviam ocorrido as guerras entre nobres e comerciantes. (...) A classe mercantil percebeu que a melhor maneira de favorecer seus negócios era estabelecer uma ordem que negasse o absolutismo dos reis aristocratas e proclamasse a "igualdade e capacidade" de todos os habitantes (pobres e ricos), fazendo abstração das abismais diferenças entre ambas as classes e formando uma comunidade política em que todos participem no governo da sociedade mercantil.

289 - Sólon: Este comerciante determinou que não era mais a origem familiar nobre mas a riqueza que determinava a que grupo social alguém pertencia. Além de decretar a igualdade perante a lei - já que sequer teve coragem de desapropriar os nobres, teve a seguinte astúcia: “Para fazer os pobres participarem dessa forma política, foi-lhes permitido participar em assembléias onde, por sua vez, elegiam os funcionários do Estado indicados pelos ricos”.

290 - Assim, para o texto, a democracia serve para tentar estabilizar a revolta que a separação da humanidade em exploradores e explorados causou. Trata-se de começar a tentar fazer com que os explorados aceitem sua sina e que o poder possa ser mais acessível - sai o sangue e entra a grana (também chamada, por vezes, de mérito).

291 - Defende que desde então, ou seja, desde o seu início, a democracia tem sido um engodo, uma comunidade falsa. Cidadania é transformar o proletário em mero indivíduo burguês que deve aceitar as regras do jogo feito para nada mudar, ou seja, votar e calar a boca.

 

Contra o Trabalho:

292 - Texto de 1997. Sem novidades.

 

Documentos Sobre Fascismo e Antifascismo no Brasil:

293 - Já fichei em “Dados…”.

 

Edgar Rodrigues - Documentos Sobre o Anarquismo:

294 - Uma coisa era a pátria. A outra o nacionalismo. “Já vimos, há poucos dias, que o amor, o apego com as raízes naturais, ao meio "em que se está bem" nada tem que ver com o nacionalismo, não se pode limitar por meio de fronteiras”.

295 - Comunidade sob a mesma lei? Esta é aplicada diferentemente para ricos e pobres. Todos sabem.

296 - Critica a “guerra de defesa da pátria”. Como saber que é de defesa? Quem inicia guerra sem dizer que é “pra defesa”? Não vê justificativa para engajamento.

297 - Assim vemos o deputado Guanabara, e com ele o Avante, indicando ao governo que a única via de salvação está em fazer uma legislação operária, concedendo reformas para afastar o proletariado das correntes revolucionárias e anarquistas porque enveredou.

298 - Catecismo anarquista: Que dirias de um indivíduo que pudesse apropriar-se da luz e do calor solar e o fizesse para vendê-los depois aos outros homens? - Que seria um infame! - Que dirias dos homens que se apropriam de toda a Terra e não permitam que os outros a cultivem?

299 - Propõe como tarefas de um núcleo libertário: “a) jornais, livros, folhetos; b) convocar reuniões públicas, privadas, conferências e atos de propaganda; c) fundar biblioteca de estudos sociais; d) organizar sindicatos desde que se possa levá-los ao método da ação direta.

300 - Crê que tem que haver secretário de correspondência; tesoureiro e bibliotecário.

301 - Agitadores “profissionais”: Todos os nossos propagandistas, estrangeiros ou brasileiros, operários ou não, têm profissão declarada e vivem exclusivamente do exercício dela. É falso que haja entre nós agitadores subsidiados por associações ou por quem quer que seja. Desafiamos provas em contrário. Os nossos inimigos da imprensa e do governo que citam nomes e apontem fatos.

302 - Alguns documentos têm teor declaradamente moralista, chegando a dizer que não adianta mudar a política se a moral se mantiver igual: “Vós haveis libertado da escravidão do nojento tabaco e do tóxico álcool? Já não jogais mais o vosso mísero salário e abandonastes os grupinhos corriqueiros dos cafés? (...) Lembrai-vos que um grande pensador disse: - "Só é digno da liberdade e da saúde, aquele que dia após dia conquista-a para si". Baralhos, corridas de cavalo, prostíbulo, loteria, sexualismo… Tudo expressamente condenado.

303 - Este mesmo documento a que me referi, o número oito, condena que nos alimentemos de irmãos “inferiores na escala evolutiva”, ou seja, levanta a bandeira do vegetarianismo ou veganismo, talvez. Pela linguagem é um documento antigo também, mas infelizmente poucos estão datados.

304 - Alguns documentos criticam as “crendices” do povo.

305 - As relações entre as comunas podem se organizar fora de todo poder central: - Pelos acordos decididos entre comunas; - Pela criação de federações regionais, nacionais ou mundiais de permuta, onde as comunas se forneçam de produtos que lhes faltem, dando em compensação o excesso de sua produção; - Pela organização dos serviços públicos regionais por meio de federações operárias.

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