Libertários - Textos Diversos XXXIII (Paul Mattick)
Paul Mattick - Grupos de Comunistas de Conselho:
679 - Afirma que a eliminação do movimento operário independente ocorreu em todos os países do globo. O que existe agora é outro tipo de movimento operário. (acho que o texto é dos anos 50).
680 - (Muita história mal explicada no texto)
681 - Na história contemporânea dos Estados Unidos, todas as organizações operárias — à excepção dos IWW — se comportaram sempre como agentes do capitalismo e constituíram sempre um dos seus tantos mestres. O tradutor esclarece que a IWW sofreu repressão feroz em 1917 (se opôs a guerra) e, por isso, perdeu importância nos anos 20 pra frente.
682 - Os sindicalistas ocidentais criticavam a Rússia meramente por ser cruel ou sem “democracia”, nada falavam das relações de produção por lá. Um capitalismo de Estado.
683 - Não há contradição entre meio e fim, pois o fim do movimento operário nunca foi o socialismo, defende Mattick.
684 - Critica o “acumulação de capital” de Rosa, por este supostamente defender que a principal barreira do capitalismo é a estreiteza do mercado, ou seja, por colocar o problema mais na circulação que na produção.
685 - Os comunistas de conselhos, entusiastas dos sovietes, - as oposições de esquerda nos partidos - foram expulsos da II Internacional.
686 - Comunistas de conselhos para Paul Mattick: Esforçam-se constantemente por estimular iniciativas e acções autónomas dos operários. Desde que haja oportunidade, participam em qualquer actividade da população trabalhadora, não com um programa distinto do desta mas antes adoptando o dela e fazendo o possível por desenvolver a participação dos trabalhadores em todas as decisões.
Paul Mattick - Sobre Karl Korsch:
687 - Este é de 1960. Dirigiu o KPD em 24-25 e foi expulso em 26. Karl Korsch. Deixou a Alemanha em 33. Foi parar nos EUA em 36, onde atuou como professor.
688 - Korsch criticou, em 1923 (em “Marxismo e Filosofia”, obra que foi considerada “desvio”), o livro de Kautsky de 1922, que queria apresentar a concepção materialista da história como uma ciência independente da luta de classes. Seria transformar o marxismo numa ideologia, “sem pés no concreto” (interpreto). O Capital, por exemplo não é uma economia política, mas a "crítica da economia política" do ponto de vista do proletariado. Igualmente no que diz respeito a todos os outros aspectos do sistema de Marx, não se tratava de substituir a filosofia história ou sociologia, mas por uma crítica da teoria e da prática burguesas no seu conjunto. O marxismo não tem qualquer intenção de se tornar uma ciência "pura", mas pretende desmarcar o carácter de classe "impuro" e ideológico da ciência e da filosofia burguesas.
689 - Marxismo de Korsch, portanto: “Todas as suas proposições são específicas, históricas, concretas, inclusive as que têm aparência de universais”.
690 - Com efeito Marx e Engels, deixaram de considerar a sua posição materialista como filosofia e falavam do fim de toda a filosofia. (...) Mais exactamente a sua própria posição materialista era a expressão teórica de um processo revolucionário que se produzia realmente, que aboliria a ciência e a filosofia burguesas, abolindo as condições materiais e as relações sociais que encontram a sua expressão ideológica na ciência e na filosofia burguesas.
691 - Após a derrota internacional das tentativas revolucionárias do período 18-21: “o regime bolchevique da Rússia não podia subsistir senão fazendo concretamente o que ideologicamente era obrigado a rejeitar: desenvolver e expandir o modo de produção capitalista”.
692 - E quanto à Rússia foi com o grupo dito do centralismo democrático ("decismo"), sobretudo conhecido através de um dos seus fundadores, Sapronov, que Korsch estabeleceu ligações, pois este grupo sublinhava o carácter de classe da luta proletária contra o partido comunista russo. Este grupo deu-se contra de que a luta devia ser travada fora do partido entre os operários. Mas os "decistas" como outros grupos de oposição, iriam dentro em pouco tombar, vítimas do terror estalinista.
693 - Lenine não fez senão adaptar às condições russas, o que, silenciosamente sem dúvida, se havia apoderado desde há muito o movimento socialista, a saber: o reino da organização sobre os organizados, o controle da organização pela hierarquia dos dirigentes."
694 - A acumulação primitiva e a exploração do proletariado teve de ser feita por um partido marxista. Era uma exigência naquela Rússia atrasada e isolada. E como ficava então a ideologia? Ora, não é precisamente o papel das ideologias mascarar e justificar uma prática social inaceitável?
695 - Posição de Krosch sobre a URSS: “Enquanto as condições permitiram esperar uma revolução no ocidente - isto é durante o período dito "heróico" da revolução russa, a do comunismo de guerra e da guerra civil - o partido era preservado. Opor-se ao regime bolchevique em tais circunstâncias, era juntar-se à contra-revolução não só na Rússia como também no mundo inteiro.”
696 - (muitos trechos finais não me “apareceram” em “português”. Ou seja, “o que ele quis dizer?”).
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