Econ - Textos Variados XIII

 

David Deccache - O Brasil flerta com um terraplanismo econômico:

465 - Milton Friedman já admitiu que “a economia tornou-se cada vez mais um ramo misterioso da matemática em vez de lidar com problemas econômicos reais”. Robert Solow foi além: “Hoje, se você pergunta a um economista das correntes de pensamento dominante uma questão sobre quase todos os aspectos da vida econômica, a resposta será: suponha que modelemos essa situação e vejamos o que acontece… a corrente dominante da economia moderna consiste em pouco mais que exemplos deste processo”. Continuando apenas com ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, Paul Romer escreveu em 2016 que a falta de espírito científico dos economistas fez com que um macroeconomista médio de hoje saiba menos que seu equivalente de trinta anos atrás.

466 - Traz o paradigma das revoluções científicas de Kuhn para argumentar que a economia não vai evoluir necessariamente pela adição de novas verdades às anteriores.

467 - Ademais, em 2015, diante das taxas de lucro em queda, decorrência de salários que cresciam acima da produtividade (dada uma economia cada vez mais reprimarizada) houve forte pressão dos capitalistas para que o governo alterasse o regime de política econômica, não no sentido de sofisticação da estrutura produtiva, mas sim no esmagamento do custo da força de trabalho. Não se esperava nada de diferente de uma burguesia de raízes escravocratas, subordinada ao imperialismo e de caráter altamente espoliativo.

 

Economia Mainstream - Dicas de Livros de Introdução à Economia e Afins:

469 - Livros que eu mais estou pensando em comprar para começar: Introdução - 1) Samuelson & Nordhaus - Economia; 2) Krugman & Wells - Introdução à Economia. Macroeconomia - 3) Blanchard - Macroeconomia; 4) Mankiw - Macroeconomia; 5) Equipe de Professores da FEA-USP – Manual de Macroeconomia (se achar pdf); Crescimento Econômico - 6) Jones – Introdução à Teoria do Crescimento Econômico; Economia Internacional - 7) Krugman, Obstfeld & Mellitz – Economia Internacional; Economia Monetária - 8) Carvalho et al. – Economia Monetária e Financeira; Economia do Setor Público - 9) Giambiagi & Além – Finanças Públicas; Estatística - 10) Estatística - Hoffman – Estatística para Economistas; Econometria - 11) Gujarati – Econometria Básica ou Wooldridge – Introdução à Econometria; Economia Financeira - 12) Assaf Neto – Matemática Financeira; Economia Brasileira · 13) Giambiagi et al. - Economia Brasileira Contemporânea; Diversos - 14) Acemoglu & Robinson – Por que as Nações Fracassam; 15) Levitt & Dubner – Freakonomics; 16) Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado; 17) História do Pensamento Econômico do Hunt.

470 - Calculei que isso tudo aí mais alguns livros que já tenho na pasta de Livros 2020 me daria 10.500 páginas de leitura mais ou menos. Lendo 30 páginas por dia em 2021 daria pra ler tudo, com 15 dias de férias. Em 2022 eu poderia ler os clássicos heterodoxos (Marx, Direita Louca e aquela lista de livros “Paulo Galeiros”. Uns quatro meses para cada resolve). Aí 2023 montaria um plano de leitura mais solto - esquerdismo e literatura rs.

471 - … tem que ler Keynes, Marx, Schumpeter etc.

 

(...)


Ex-Repúblicas Soviéticas, Países Bálticos são Hoje Celeiro de Startup:

504 - A palavra de ordem por lá são as empresas de tecnologia, sonho de consumo dos jovens e foco das políticas públicas nos últimos dez anos. (...) “Nossos jovens só querem trabalhar num unicórnio (empresa avaliada em pelo menos US$ 1 bilhão) ou fundar a próxima startup de sucesso”, afirma Toomas Hendrik Ilves, que foi presidente da Estônia entre 2006 e 2016, um dos responsáveis pela guinada tecnológica da região. Com 1,3 milhão de habitantes, o país de Ilves (...) a Estônia já possui 650 startups em atividade – uma para cada 2 mil pessoas. Quatro empresas já foram alçadas ao status de unicórnio. A mais conhecida delas é a TransferWise, avaliada em US$ 3,5 bilhões e com investidores como o fundo americano Andreessen Horowitz, que já investiu no Facebook e na brasileira Loft. Criada por um ex-funcionário do Skype, a empresa é um banco digital que opera um imbricado sistema de transferências internacionais – aqui no Brasil, já movimentou mais de R$ 6 bilhões entre fronteiras.

505 - Após amargarem uma forte crise econômica em 2009, com queda de cerca de 15% em seu Produto Interno Bruto (PIB), o trio de nações resolveu abandonar seu modelo econômico baseado no agronegócio para apostar massivamente no setor de serviços – com destaque para a área de tecnologia. O principal desafio era deixar de ser uma região exportadora de talentos para passar a reter sua mão de obra e, se possível, atrair novas do exterior.

506 - O dinheiro público foi para a educação, que passou a ser gratuita até a universidade. Hoje, o gasto médio por aluno na região alcança R$ 30 mil por ano (US$ 7 mil ao ano), ante os R$ 10 mil aportados no Brasil em 2019, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Outro pilar foi um projeto radical de desburocratização do Estado. Aos poucos, os governos locais foram reduzindo impostos e a burocracia para abertura de empresas. (...) “Hoje é possível abrir uma empresa em menos de uma semana por aqui”, diz Mantas Katinas, diretor-geral do Invest Lithuania. (...) Na Estônia, o prazo de abertura de uma empresa é ainda menor: pode chegar a 15 minutos.

507 - Legislação para atrair fintechs. “Hoje, temos 170 fintechs e já somos o segundo destino da Europa para empresas desse nicho, atrás apenas da Inglaterra”.

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