Econ - Textos Variados IV (Blog Conhecimento Econômico)
Blog Conhecimento Econômico - A evangelização neoliberal (privatizações):
201 - Não sabia que SEConstantino era filho de banqueiro. Fofocas da internet.
202 - Sem entrar no mérito das possíveis benesses que o período de privatizações trouxe ao Brasil (a qual alguns economistas consagrados, como Joseph Stiglitz, chama de “privataria”), vamos aqui enumerar alguns serviços estratégicos (ou estruturais, digamos assim) oferecidos pela iniciativa privada e se a qualidade é realmente boa… Sobre custo, a União Internacional de Telecomunicações diz que a tarifa brasileira, DESCONTADOS OS IMPOSTOS (importante colocar em caps lock e negrito), é a mais cara do mundo. (...) Sobre o preço praticado, o sindicato das teles brasileiras contesta o cálculo da União Internacional das Teles. Diz que usam como parâmetro o valor teto estipulado pela Anatel. Mas dizem que nos preços de fato praticados, ficam com o 4ª preço mais barato do mundo (segundo uma consultoria contratada por eles, muito pouco provável que seja imparcial como a UIT).
203 - Reclama ainda da qualidade do serviço, seja o preço barato ou caro.
204 - Critica ainda a burocracia e por vezes falta de cobertura dos planos privados de saúde, gerando inúmeras disputas judiciais.
205 - E as universidades particulares? Cadê os grandes feitos para o país? Sim, há casos muito específicos onde as particulares são destaques (o curso de economia e de administração da Insper por exemplo é muito renomado no Brasil inteiro, assim como o mestrado de economia da EPGE). Mas e no geral?
206 - Sobre os bancos, por exemplo, os públicos aqui do Brasil (Caixa, BNDES e Banco do Brasil) contratam funcionários por concurso público. Os privados contratam sabe-se lá por quais critérios (RH, indicações a dedo, networking…).
207 - Estatais: Muitas vezes a ausência da lucratividade se deu devido a sub-tarifas, que objetivavam uma maior amplitude do serviço.
208 - Quando você privatiza, você não privatiza somente a DESPESA, privatiza a RECEITA também. (...). A reportagem mal intencionada não deixa isso claro ao leitor.
209 - Em 2008, um estudo divulgado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), ligada à Universidade de São Paulo (USP), demonstrou que o investimento do Estado brasileiro em saúde, por pessoa, era similar ao de 15 anos atrás, ou seja, ao do início dos anos 90. Mesmo assim segue a cantilena descarada que a desestatização de outras empresas públicas aumentaria os recursos em saúde e educação.
http://www.nominuto.com/noticias/brasil/estudo-mostra-que-investimentos-em-saude-no-pais-sao-os-mesmos-de-15-anos-atras/13202/
Blog Conhecimento Econômico - A indústria e a sua importância:
210 - Vários setores ligados diretamente com o setor industrial migraram pro setor de serviços apenas por mudanças na forma de contabilizar as coisas. (...) Exemplo 1: a limpeza de uma indústria passa a ser terceirizada com outra empresa e vira “serviços”. (...) Exemplo 2: a logística integrada da produção de uma indústria automobilística ou uma indústria de bebidas passa a ser terceirizada com outras empresas, migradas ao setor de “serviços” também (visto que logística é serviço, porém, está prestando à indústria). (...) Exemplo 5: design de produtos, batalhas jurídicas, consultoria em gestão estratégica, consultoria em marketing e publicidade, etc. Tudo “serviço”, mas puxado por quem? Pela indústria de manufatura. (...) inseminação artificial é “serviços”, mas está ligada ao setor agropecuário. (...) pesquisa e desenvolvimento na área, como a atividade da Embrapa, contabiliza como “serviços” também (...). silagem (logística de grãos), adubação, pesquisas sobre fertilidade dos solos, consultorias econômicas sobre retorno dos investimentos, serviços de informações em meteorologia, etc. Tudo isso é “serviços”.
211 - Ademais, como já sei, o PIB industrial per capita da Austrália da vida é alto sim.
212 - O crescimento da escala industrial faz com que o fabricante possa conseguir maior fatia de mercado (‘market share’) cobrando preços mais baratos para suplantar a concorrência na base do volume de vendas (não na margem de lucro).
213 - A produtividade está na indústria: Uma vez que os preços dos produtos caem à medida que a escala aumenta, portanto, o crescimento industrial e da produção podem até acontecer, mas com os preços decrescentes fica impossível dessa forma avançar muito em relação a composição setorial do PIB. Teria que ser uma escala muito gigantesca ou um decréscimo de preço pequeno para avançar na composição do PIB.
214 - A produtividade da economia, do chão de fábrica e a tal PTF (produtividade total dos fa-tores) reside basicamente na força industrial (escala) e na modernidade das plantas industriais (uso intensivo de tecnologia).
215 - Exportação como motor do crescimento não pode vir do setor de serviços. São mais dificilmente exportáveis, digamos. Poucos serviços são.
216 - Lembra que, ademais, boa parte dos serviços só se efetivam a partir da produção de bons bens industriais. Forno industrial é um exemplo. Carros, aeronaves, ferrovias, vagões, caminhões, navios, trem-bala, etc ...
217 - Outras relações indústria-serviços: Serviços básicos são: eletricidade urbana, coleta de esgoto unificada, telefonia, internet, saúde pública (ou privada através dos planos), etc. Todos esses são serviços acelerados pela urbanização, que por sua vez é resultado da industrialização das cidades. … Lazer e arte: Já viu algum filme com o logotipo da Petrobras aparecendo no início?
218 - O setor financeiro existe em associação com a indústria.
Blog Conhecimento Econômico - A miséria do debate econômico:
219 - Nem todo mundo faz isso, mas o texto afirma: Politicamente a turma da gastança sempre defende ou passa pano para privilégios dos super salários do judiciário e a vinculação orçamentária desse poder, previdências gordas e créditos sem critério via BNDES. Critica também a tese furadíssima da austeridade expansionista de Alberto Alesina e já devidamente contrariada pelo ortodoxo Lawrence Summers.
220 - Gustavo Franco até hoje defende sua atuação no Banco Central com uma taxa SELIC exorbitante devido ao fiscal ineficiente do primeiro mandato FHC.
221 - No livro de Miriam Leitão “A Saga Brasileira” há uma excelente descrição das tentativas com-pletamente fracassadas de políticas puramente ortodoxas durante os anos do governo Figueiredo para conter a inflação e restaurar a poupança pública.
222 - Coloca que o Plano Real não foi plenamente ortodoxo. Longe disso. … a própria teoria da inflação inercial era uma ênfase a um componente heterodoxo de gatilho inflacionário, que era o vício da indexação e do float. Não tinha o menor fundamento teórico achar que somente o ajuste fiscal pelo lado da despesa e a subida do juro básico derrubaria a inflação.
223 - Os dados corretos dos “fiscalistas” e quando realmente houve “austeridade expansionista” (2003). A galera “dos gastos” ignora o argumento dos fiscalistas de ter ocorrido impulso fiscal no biênio 14 e 15, então fala como se somente a contração de 15 tivesse causado um tsunami de destruição do tecido econômico. Não é verdade. Houve uma imensa contração fiscal no primeiro mandato Lula.
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