Econ - Dani Rodrik - A Correlação Que Há Entre Desigualdade e Crescimento Econômico (e Gráfico de Cargas tributárias)
Crescimento Histórico da Carga Tributária de Países Ricos - 1900 a 2008:
446 - Gráfico. Por ele podemos perceber que a carga tributária da Suécia (junto com a França) só se desloca muito de UK (principalmente) e USA nos anos 70 se mantém perto de 50% desde então. Antes da II Guerra era tudo bem parecido, mas com algumas variações. UK era mais gastadora de todas. Talvez pelo papel grande nas duas Grandes Guerras. O gráfico claramente salta nelas. Por isso que a primeira metade do Século XX a Suécia passa gastando um tanto menos que os outros três.
447 - UK esteve sempre um tanto acima que os EUA. Em 2008 era meio que 36 a 26%, por exemplo, a carga.
448 - https://ourworldindata.org/taxation Aqui podemos ver mil gráficos e estatísticas comparativas entre países e suas taxações e cargas tributárias.
Dani Rodrik - A Correlação Que Há Entre Desigualdade e Crescimento Econômico:
449 - Texto do meio da década de 90. É com Alesina inclusive, por incrível que pareça. Concluíram que a desigualdade leva governos a adotarem políticas que retardam o crescimento.
450 - Mediram duas décadas e meia a partir de 1960 e viram que os países de maior desigualdade inicial (em terra e renda, que são as mais facilmente mensuráveis e verificáveis) foram os que desempenharam pior em termos de crescimento. Correlação negativa.
451 - Menciona uma literatura recente - Galor and Zeira (1993) - que sugere que a correlação entre crescimento e desigualdade é positiva nos baixos níveis de renda, mas negativa nos demais.
452 - Outro trabalho fala da importância da taxação visando “igualdade” estar vinculada à taxação de incentivo a investimentos. Não é toda e qualquer taxação redistributiva que funciona. Enfim, livros e artigos que dão vontade de ler.
453 - Acredita, sobre a redistribuição, que: Essas políticas atingiriam o máximo e maximizar o bem-estar, mesmo do ponto de vista de um governo que se preocupa apenas com os proprietários do capital.
454 - Embora tenhamos modelado aqui um instrumento político específico (um imposto sobre o rendimento do capital) e um canal particular através do qual este instrumento aumenta a renda do trabalho (gastos do governo em serviços produtivos), nossa estrutura se destina a capturar muito conjunto mais amplo de políticas redistributivas.
455 - Outras formas de redistribuição: Em uma economia aberta, as tarifas de importação redistribuem a receita do abundante fator de produção da economia ao seu escasso fator de produção [Stolper e Samuelson 1944]. … Em economias onde as relações de trabalho são organizadas ao longo de linhas corporativas (por exemplo, em alguns países da Europa Ocidental), diretas intervenção estatal na negociação coletiva pode alterar os termos do contrato (para salários, benefícios e similares) para a vantagem dos trabalhadores, deprimindo o retorno ao capital.
456 - Google tradutor e matemática combinados (não sei bem qual fator é culpado) não me permitiram entender a lógica das equações apresentadas e avaliar se elas explicam algo ou só idealizam.
457 - A tese central me parece ser tornar todos capitalistas em alguma medida para gerar eficiência na tributação: Para que o crescimento seja o mais alto possível, precisamos do eleitor mediano possuir tanto capital quanto possível e ter uma renda tão alta (em relação à média) possível. Quando um grande segmento do eleitorado é isolado da expansão e geração de renda. ativos da economia, é mais provável que esteja disposto a tributar a renda desses ativos e reduzir o crescimento. Observe que é praticamente impossível para a votação por maioria produzir a taxa máxima de crescimento da economia. O crescimento máximo é alcançado apenas se o eleitor mediano não possui qualquer dotação de trabalho, o que não é uma possibilidade realista.
458 - Sociedades mais desiguais geram pressão social por maior redistribuição, o que faz com que políticas de redistribuição, por suas distorções econômicas, acabem gerando menor crescimento.
459 - Em nosso modelo, nos concentramos na tributação do capital porque esta é a forma mais simples de formalizar a redistribuição política ativa. Mas, como enfatizado acima, a redistribuição pode ser alcançada por muitos outros meios: por um imposto de renda progressivo/sistema, por leis de salário mínimo, impondo comércio e capital restrições, e pela composição dos gastos do governo, apenas para citar alguns exemplos.
460 - Apresenta os critérios de análise da correlação e me parecem rigorosos, descartando, por exemplo, dados Gini de países em desenvolvimento em que esses dados são precários ou não muito confiáveis.
461 - Por que usar também o Gini de propriedade fundiária? Mas a desigualdade na propriedade da terra provavelmente está altamente correlacionada com desigualdade na distribuição de ativos acumulados também.
462 - O da renda e o da terra não mostraram muita diferença (na escolha de qual seria comparado): Os resultados indicam que a desigualdade de renda é negativa correlacionado com o crescimento subsequente.
463 - Finalmente, a coluna (8) indica que as democracias não crescem mais rápido ou mais lentamente do que ditaduras.
464 - Nossos resultados indicam que os países que experimentaram uma reforma agrária no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e, portanto, reduziram a desigualdade na propriedade da terra deveria ter tido um crescimento maior do que países sem reforma agrária. (“Their result shows that countries experiencing a land reform in the aftermath of World War II and reduce the inequality in land ownership should have had higher growth than countries with no land reform, as often mention in the economic literature for explaining the successful experience of several Asian countries such as Japan, South Korea, and Taiwan which had land reform”) Este argumento é freqüentemente mencionadona literatura sobre desenvolvimento econômico como uma explicação para a experiência de sucesso de vários países asiáticos, como o Japão, Coreia do Sul ou Taiwan, em comparação com o desempenho menos estelar da maioria dos países latino-americanos (ver, por exemplo, Ranis[1990] e Wade [1990, Capítulo 8]). Os países asiáticos tinham reforma agrária; Os países latino-americanos não.
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