Econ - Textos Variados X (Blog Conhecimento Econômico)
Blog Conhecimento Econômico - O fim da hegemonia norte-americana:
330 - Daí também pode se pegar emprestado o conceito de “armadilha da liquidez” de Keynes, onde em momentos de incerteza sobre o consumo e o retorno de ativos é muito melhor se resguardar na liquidez do sistema, esperando o melhor momento de efetuar transações. Isso ocasiona, obviamente, na mesmice do dólar como padrão global e dono do sistema capitalista mundial.
331 - … Vale lembrar também que a possibilidade de baixa no juros do FED ocasionados pela valorização do dólar também inunda o mercado de ativos norte-americanos de liquidez, esses que estão em posse do sistema financeiro também norte-americano. Logo, os imóveis sobem de preço, as ações das empresas norte-americanas sobem de preço, os negócios acontecem em maior velocidade, a tecnologia é fomentada com uma inundação de crédito de risco (startups, aceleradoras, investidores-anjos, capital semente, etc.). E imagine, tudo isso com baixa inflação! Mas assim pode ser criada uma bolha de ativos? Pode. Mas uma vez estourada uma bolha de ativos, os investidores do mundo inteiro correm para se proteger com o… dólar ! Toda esse status de “ou ganha ou ganha” é apelidado de “PRIVILÉGIO EXORBITANTE” por autores como Barry Eichengreen e outros.
332 - O mundo pode se unir e derrubar o dólar? Uma suposta nova ordem de negociação monetária com o petróleo faria a demanda por dólar e a sua consequente valorização despencarem. É tudo que a indústria norte-americana queria para repatriar suas empresas instaladas na periferia da produção mundial e a capacidade ociosa da indústria americana voltar a trabalhar buscando o pleno emprego. Mais uma vez eu repito, e pela terceira vez: o passivo externo líquido dos EUA some e o déficit em conta corrente também acaba. Os empregos industriais norte-americanos voltam, a competitividade de chão de fábrica volta, a agricultura super produtiva e com logística arrasadora começa a destruir a concorrência internacional, e por aí vai…
333 - Fala que o domínio dos EUA se dá, na verdade, pela confiança no seu PIB e domínio tecnológico.
334 - Não cita dados, mas me parece factível: China e Rússia juntas têm mais força militar que os EUA, no entanto os EUA junto com Israel, árabes aliados (tipo Arábia Saudita) e os europeus da OTAN tem mais força que o bloco oriental de novo. (...) A soma das reservas de ouro dos EUA e dos países da OTAN também são bem maiores que as reservas de Rússia, China, Irã e outros aliados juntos.
Blog Conhecimento Econômico - O mito do milagre chileno:
335 - Os gráficos abaixo também mostram outra realidade: o crescimento foi mais expressivo no período democrático do que no período repressivo de Pinochet.
336 - O Pib PPC PPP cresceu 0,6% ao ano na Era Pinochet e 4,3% ao ano nas décadas seguintes.
337 - O país não tem previdência pública, universidades públicas e o sistema de saúde pública é confuso e desorganizado (abaixo do SUS).
338 - Lado bom: Faltam direitos sociais, mas tem carga tributária baixa, dívida baixa, pouca vulnerabilidade externa, estabilidade econômica e financeira (coisa rara na América do Sul), inflação baixa, salário mínimo alto para os padrões do continente. (...) Grande parte do sucesso recente da economia do país se deu pelo deslocamento do comércio internacional do oceano Atlântico para o Pacífico, aliado, logicamente, aos acordos comerciais e da competitividade do Chile em setores específicos de alta aderência no comércio exterior. No caso: vinhos de alto valor agregado, pescados (salmão de cativeiro, por exemplo) e minérios (cobre). É um país de manufaturas sui generis, mas sem tanta sofisticação tecnológica assim.
339 - O país não é “totalmente neoliberal” (a Codelco, a estatal do cobre, aliás nunca foi privatizada).
340 - Para terminar, é bom lembrar do controle de capitais proposto por economistas chilenos pós Chicago Boys e pós Pinochet. Isso foi um grande trunfo da gestão econômica do país, onde se evitou a crise financeira do final dos anos 90 devido a fuga de capitais dos emergentes, que começou nos asiáticos (tigres e tigrinhos) e terminou arrasando os sulamericanos (sobretudo Argentina, Venezuela, Equador e em menor parte o Brasil também). Fez a lição de casa sem aderir completamente à cartilha do FMI, que recomendava na época abertura total da Conta Capital e liberalização financeira. Sinal de consciência crítica dos economistas de lá? Talvez… Pelo menos de alguns deles, ligados à social democracia. Caso para refletir.
Blog Conhecimento Econômico - O que a Grécia tem a nos ensinar sobre dívida, moratória e austeridade:
341 - Texto de 2015. Coloca que a austeridade lá vem falhando desde 2011 e que Tsipras mesmo assim continua com ela. É meio panfletário.
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