Marxistas - Textos Diversos XCVIII


Trotsky - Os Estados Unidos Após a Crise de 1929:

1633 - A crise de 1929-1933 e a evolução ulterior forneceram confirmação abundante do bem fundado desta apreciação. No país mais rico do mundo, a renda total dos trabalhadores da indústria e da agricultura foi literalmente amputada pela metade entre 1929 e 1932. De dois milhões, o número de desempregados elevou-se a 18 ou 20 milhões. A produção de aço foi reduzida a menos de 20% da sua capacidade. As exportações, que ultrapassavam os cinco bilhões de dólares, mal chegavam a 1,5 bilhão; as importações passaram de quatro bilhões e meio para cerca de um bilhão. Depois de 4.600 falências bancárias em três anos, todos os bancos do país fecharam seus guichês em março de 1933 no apogeu da crise financeira.

1634 - Roosevelt socorreu, com recursos estatais, empresas bancárias e comerciais, restringiu a concorrência e favoreceu o capitalismo de monopólios. O sistema de aposentadoria e o seguro-desemprego visam à desmobilização, coloca.

1635 - O resultado dessa recuperação puxada por investimentos estatais ainda era dúbio: O volume de produção dos objetos de consumo quase igualou em 1935 o nível de 1929, mas o volume dos materiais de construção foi inferior à metade daquele de 1929 e a indústria dos meios de produção ligeiramente superior somente de modo geral. O número de desempregados e socorridos ainda era altíssimo. A dívida federal cresceu 50% em três anos.

1636 - As greves dos últimos anos destacam-se como um poderoso impulso da solidariedade e da consciência de classe. englobando dezenas de milhares de operários pertencentes às diferentes indústrias e freqüentemente também de frações das camadas intermediárias da pequena burguesia que sustentaram a luta física dos operários grevistas contra os fura-greves de gangsters privados, da polícia e até mesmo da milícia. Os operários das indústria-chaves permaneciam desorganizados, porém. Afirmou.

 

Um Burguês Alienado... (Para Marx):

1640 - “A classe possuidora e a classe proletária apresentam a mesma alienação humana. No entanto, a primeira se encontra bem e fortalecida nesta alienação, ela reconhece a alienação como seu próprio poder e tem nela a aparência de uma existência humana. O proletariado sente-se aniquilado na alienação; ele vê nela sua própria impotência e a realidade de sua existência desumana”. (...) Marx dizia, numa frase polêmica, que o resultado da alienação é a propriedade privada. É necessário controlar conscientemente os meios de produção.

1641 - O homem será a medida de valor das coisas e não a mercadoria ou o dinheiro. Tipo a felicidade não se compra.

 

Uma Oposição Leal do Stalinismo - Trotsky:

1642 - Este texto era pra estar em “os libertários”.

1642 - Afirma que não há menor evidência da ficção stalinista de que o exército de Makhno colaborou com os brancos ou organizou progroms. Cita como fontes verídicas não-stalinistas: Sobreviventes do movimento makhnovista, como o companheiro de Makhno e ex-bolchevique Peter Arshinov, na História do Movimento Makhnovista, o historiador anarquista Voline, em A Revolução Desconhecida, e historiadores independentes que não simpatizam com a revolução e nem com o anarquismo, como o pesquisador de universidade de Standford Michael Palij, no livro O Anarquismo de Nestor Makhno.

1643 - “...o próprio Makhno executou instigadores de violência contra a população judaica, inclusive um famoso bandido chamado Grigorief (veja em História do Movimento Makhnovista, de Arshinov, p. 135-137).   (...) Em A Revolução Desconhecida (p. 698), Voline cita um historiador judeu M. Tcherikover, entrevistado em Paris, e que não era anarquista nem revolucionário: "É inegável que, de todos os exércitos, incluído o (chamado) Exército Vermelho, o makhnovista foi o que melhor se comportou com a população civil em geral e com a população judaica em particular...  Nada nos leva a crer nos progroms que dizem que Makhno teria organizado. Esta acusação é uma calúnia ou um erro. Nada disso ocorreu."

1644 - Comunistas de esquerda = (grosso modo) conselhos e assembleias vs. partidos e sindicatos. A auto-organização no lugar das eleições.

1645 - Muniz, ex-trotskista: "...os sindicatos... funcionam como agentes do capital entre os trabalhadores, adaptando o trabalho às exigências do capital... Os sindicatos, tendo uma vida burocrática e voltada para seus próprios fins, usam a classe operária como massa dócil para aumentar seu poder como instituição burguesa. Sindicatos e proletariado têm vidas cotidianas e motivações completamente diferentes. A 'tática' nos sindicatos, quaisquer que sejam as intenções, impede a auto-atividade dos proletários, destrói seu espírito combativo e bloqueia a via revolucionária.”   

1646 - Em março de 1921, com o massacre de Kronstadt, a revolução russa estava morta.

Comentários